quarta-feira, 23 de novembro de 2011

JERUSALÉM


INTRODUÇÃO

Jerusalém é uma cidade antiga na nação moderna de Israel. Ela é considerada sagrada por pessoas de muitas crenças, inclusive cristãos, judeus e muçulmanos. Conseqüentemente, a cidade é disputada a milhares de anos.
A HISTÓRIA CONQUISTA E PERíODO DE ASSENTAMENTO
Quando soube que Gideão havia feito um acordo com o exército judeu de Josué (Josué 9), Adoni-zedek, rei de Jerusalém, se juntou com os reis de Hebrom, Jarmuth, Lachish e Eglon e atacaram Gideão. Em resposta ao ataque, Josué dirigiu seu exército e não só venceu como também matou os cinco monarcas de Makkedah. Aparentemente a tribo de Judá tomou posse da cidade e a incendiou depois da vitória (Juizes 1:8). No entanto, os Jebuseus ficaram com o controle da cidade até a época de David.
A cidade também servia como uma espécie de fronteira separando as áreas herdadas pelas tribos de Judá e Benjamin.
O PRIMEIRO PERíODO DO TEMPLO

Salomão transformou Jerusalém em uma cidade muito importante. Uma de suas maiores realizações foi o primeiro templo. Levou sete anos para ser construído de abril/maio 966 (1 Reis 6:1) a outubro/novembro 959 (1 Reis 6:38).
A cidade foi completamente destruída pela Babilônia em 588BC. O fogo engoliu o templo e o palácio poderoso de Salomão; os muros da cidade foram destruídos. Os tesouros do templo foram levados e os residentes de Jerusalém expulsos.
O SEGUNDO PERíODO DO TEMPLO
Em 538 BC, após a queda da Babilônia, Ciro, rei da Pérsia, permitiu que alguns judeus retornassem a Jerusalém (2 Crônicas 36:22-23; Esdras 1:1-4; compare Isaias 44:28; 45:1). Um número pequeno de judeus retornou com Sheshbazzar, um príncipe de Judá (Esdras 1:8-11) e Zorababel (Esdras 2;2). Em 515 BC, abriram-se as portas de um novo templo, e novamente houve a Páscoa em Jerusalem (6:15-18).
Esdras veio a Jerusalém no sétimo ano de Ataxérxes (Esdras 7:7) provavelmente por volta do ano de 458 BC. Novamente, um pequeno número de judeus sentiu a necessidade de enfrentar a dura jornada de volta a Jerusalém.
Por volta de 445 BC, Neemias ouviu falar sobre as dificuldades enfrentadas pelos judeus que retornaram a Jerusalém (Neemias 1:3-4), ele largou seu trabalho de copeiro do rei e foi a Jerusalém. Com a sua liderança e exemplo, o povo reconstruiu os muros de da cidade em 52 dias (Neemias 1:3-4).
O PERíODO ROMANO
No ano de 40 AC, com a ajuda dos Parthians, os Antigonus atacaram e tomaram posse de Jerusalém forçando assim o seu governador, Herodes, a fugir durante a noite. Ele foi a Roma, aonde o senado Romano o fez "rei dos judeus" ( compare Mateus 2:1). Este foi o começo do abominável governo de Herodes, que reinou em Jerusalém por 33 anos.
Herodes transformou um forte velho da cidade numa estrutura muito maior e o chamou de Antonia em homenagem à Marco Antonio, governador Romano. Ele reconstruiu o templo em 20 BC, mas não ficou pronto até 64 AC , apenas seis anos antes de Titus destruí-lo (veja João 2:20). A história de Jerusalem continua até os dias de hoje, porém desde a época de Jesus sua história tem sido marcada com lutas constantes pelo seu controle. Nesta cidade, mais do que em qualquer outra, vemos os resultados de conflitos religiosos contínuos.

JEREMIAS

JEREMIAS

Deus chamou uma pessoa comum para uma tarefa extraordinária. Jeremias é mais conhecido pelo seu papel de profeta. Ele avisou o reino do sul de Judá sobre o seu destino pendente. Ele amava o povo de Deus e odiava vê-los recusando a misericórdia de Deus. No entanto, o povo de Judá evitava Jeremias e maltratava o mensageiro de Deus. Eles não gostavam dele interferindo em suas vidas. Eles continuavam ignorando seus avisos até que a Babilônia finalmente os destruiu e os mantiveram cativos. Nós lembramos de Jeremias como o "profeta chorão" - alguém que sofria quando o povo de desobedecia a Deus.
Ao invés de ficar ressentido com a maneira que o povo de Judá o tratou, Jeremias lamentou o destino de Judá. Jeremias escreveu o livro de Jeremias e Lamentações no Velho Testamento.
OS ANTECEDENTES DE JEREMIAS
Ele era o profeta para Judá antes de sua queda em 586 BC. Jeremias nasceu no vilarejo de Anathoth. O nome de seu pai era Hilkiah, e ele pertencia à tribo de Benjamin. O seu chamado veio no décimo terceiro ano do Rei Josias (640-609 BC). Jeremias nasceu mais por volta do ano de 657 BC, durante o reinado do terrível rei Manassés. Nessa época o grande Asurbanipal, que havia sacudido o mundo quando saqueou a cidade antiga de Tebes em 663BC, comandava um império mundial de Assíria.
Deus informou a Jeremias que ele havia o consagrado e apontado antes mesmo dele nascer (Jeremias 1:4-5). A primeira reação de Jeremias foi se encolher com um sentimento de medo e insuficiência:"Ah! Senhor Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança!" (1:6). Deus não permitiria que Jeremias arrumasse um pretexto. Ele foi assegurado que lhe seria dado palavras para falar e orientação para seu caminho (1:7). Foi prometido a ele proteção (1:18) e livramento (1:8) apesar da oposição (1:19). Deus tocou sua boca como sinal de inspiração divina de suas palavras e deu um sinal com um galho de uma amendoeira significando que o Senhor esta observando. O terceiro sinal foi uma panela ao fogo que se inclinava para o norte, retratando a fonte e a fúria de um desastre iminente. Assim, o tom do ministério da vida de Jeremias seria: julgamento, desastre, perigo, derrota, morte iminente para a nação. Que trabalho! Nós podemos não ganhar um concurso de popularidade por tentar abrir os olhos das pessoas para as verdades de Deus. Porém, temos que permanecer fiéis apesar disso. Apesar de no geral a mensagem de Deus para o mundo ser amor e salvação, e não condenação, ele leva o pecado a sério - especialmente entre seu povo. Ao falarmos sobre as verdades de Deus, temos que tomar cuidado para não encobrir o pecado. Ás vezes temos que fazer o papel de Jeremias, independente da recepção não muito calorosa.
MINISTÉRIO PREMATURO
As mensagens que Jeremias deu nos primeiros cinco anos de ministério pode ter sido instrumento no grande avivamento de 622 BC. Durante o reinado do Rei Josias, Jeremias falou sem medo de perseguição que mais tarde viria a contecer no seu ministério.
Pouco tempo depois de Jeremias começar o seu ministério, muitos eventos aconteceram e mudaram o mundo. Ashurbanipal morreu, e o império Assírio entrou em declínio rapidamente. Nabopolassar começou seu reinado, que duraria vinte e um anos na Babilônia, liderando uma expansão que só terminaria quando seu filho Nabucodonosor, veio a conquistar o mundo que conhecemos. Conforme chegavam as notícias do mundo, Jeremias se virava mais em direção a Jerusalém. Nabopolassar sentia-se pronto para atacar o território da Assíria em 616 BC, mas ele foi cauteloso, pois Psamtik (Psammeti-chus) do Egito parecia pronto em ajudar a Assíria.

Calendários Antigos e Modernos

  Calendário é uma ferramenta de controle do tempo. Sua importância vem de longa data. Eles ajudam os agricultores a saberem quando chega a próxima estação. Também auxiliam a lembrar da ocorrência dos fatos. No passado, por exemplo, havia várias maneiras de decidir o início de um ano. Diferentes maneiras de decidir quão longo ele seria; diferentes modos de organizar os dias em semanas e meses. Houve muitas mudanças nos calendários antes de tomarem a forma que conhecemos hoje.

DIAS, HORAS, MINUTOS
É fácil saber quando um dia acabou - a escuridão se segue à luz do dia e um outro dia se faz. Assim, os primeiros povos devem ter controlado o tempo simplesmente marcando a passagem dos dias.
Até onde sabemos, os primeiros a dividirem um dia em horas e minutos foram os sumérios, que viveram no Oriente Médio. E também usaram o termo "dia" para se referir ao período da luz do dia, assim como nós.
Os povos antigos mediam a passagem do tempo durante o dia usando um mostrador de sol. Uma história na Bíblia conta como o Rei Acaz usava o movimento da luz do sol sobre degraus para medir o tempo (II Reis 20:9; Isaías 38:8). Naturalmente, mostradores de sol não ofereciam uma maneira exata de medir o tempo como os relógios o fazem.
Diferentes povos antigamente fizeram escolhas diferentes sobre o início de um dia. Uma maneira pela qual Deus mostra que nos ama e quer cuidar de nós é nos dando um mundo organizado para vivermos.
A INFLUÊNCIA DA ASTRONOMIA
Os povos antigos não sabiam como o sistema solar funcionava, mas eram bons observadores das mudanças que aconteciam na natureza e usaram suas observações para desenvolver seus calendários.
Observaram que um dia era o tempo em que a terra faz um giro completo uma vez, passando por um ciclo de luz e um ciclo de escuridão.
Concluíram que um mês é um período baseado no tempo que a lua circunda completamente a terra, cerca de 29 dias e meio, levando-se em conta a sua forma.
Perceberam que um ano é o tempo que a terra leva para dar a volta completa ao redor do sol, o que leva cerca de 365 dias. Observavam as mudanças das estações, o que era muito importante para saberem quando fazer suas plantações.
Para entender porque as estações acontecem, devemos lembrar que a terra gira em torno de seu eixo imaginário que se inclina em relação ao sol, fazendo com que a distância da terra ao sol seja diferente e imprima características climáticas distintas em cada posição.
O CALENDÁRIO JUDEU
Dos povos antigos, talvez nenhum foi mais interessado no seu calendário do que os judeus, que o usavam para controlar seus inúmeros dias santos.
Um fato interessante é que contam os anos desde o tempo em que Deus criou o mundo. Assim o ano 1 judeu aconteceu 3.760 anos antes do ano1 do nosso calendário atual, conhecido como calendário romano.
MESES E SEUS NOMES
O calendário judeu tem doze meses, como o romano. Mas há diferenças entre eles. Os meses não se chamam Janeiro, Fevereiro, etc.. Eles têm nomes adaptados do antigo calendário babilônico e são maiores do que os meses do calendário romano.
A Bíblia contém nome de sete meses que os judeus usam até hoje, que são: 1. Kislev (Neemias 1:1; Zacarias 7:1) 2. Tebeth (Ester 2:16) 3. Shebat (Zacarias 1:7) 4. Adar (Ester 3:7; Ester 8:12) 5. Nisan (Neemias 2:1; Ester 3:7) 6. Sivan (Ester 8:9) 7. Elul (Neemias 6:15)
A Bíblia também menciona quatro nomes antigos que não estão mais em uso e que se relacionavam com agricultura ou plantas:
1. Abib (Êxodo 13:4) 2. Ziv (1 Reis 6:1, 37) 3. Ethanim (1 Reis 8:2) 4. Bul (1 Reis 6:38) Os meses judeus começam com a "lua nova", noite em que no ciclo lunar a lua não está visível no céu. Considerando que a lua nova ocorre a cada 29,5 dias, o ano tinha 354 dias. Não se sabe como os judeus fizeram para ajustar os 11 dias restantes. Mais tarde adicionaram um mês extra (chamado Veadar) sete vezes num período de 19 anos para que seus meses pudessem acompanhar os anos.
Muito importante de se ressaltar é que os meses tinham significados religiosos que marcavam importantes eventos em sua história. Consideravam sagrado o início de cada mês. Para eles, "a lua se levantará para a nação deles e o sol para o Messias" (Malaquias 4;2).
Assim como a lua reflete a luz do sol, era esperado que Israel refletisse a luz do Messias para o mundo. Essa é uma idéia que se aplica aos cristãos também. Podemos nos considerar "luas" que refletem a luz de Jesus para todos ao nosso redor.
Durante o período de 400 anos entre o fim do Velho Testamento e o início do Novo Testamento, alguns líderes tentaram fazer com que Israel mudasse seu calendário, que passou a ter doze meses de trinta dias cada, o último com cinco dias extras adicionados. Esse calendário era mais preciso, embora o antigo ainda continue a ser aceito por eles.
REFERÊNCIAS A DIAS ESPECIAIS
Os antigos judeus não se referiam às datas como fazemos hoje (por exemplo, 21 de agosto). Em vez disso, se queriam se referir a um dia especial contariam quando o evento relevante aconteceu , tal como o ano em que determinado rei começou a reinar. Essa é forma que freqüentemente encontramos no Velho Testamento. Os escritores do Novo testamento mantiveram essa prática. Algumas vezes também relacionavam os dias a algum evento do mundo romano (Lucas 1:5; João 12:1; Atos 18:12).
Somente mais tarde, quando a reforma do calendário de Júlio César começou a ser amplamente aceita, começaram a se referir aos dias de uma maneira mais universal.
FESTAS JUDAICAS
Deus é o inventor da celebração e da adoração. Logo não é motivo de surpresa que desejasse que seu povo aproveitasse as festas. De fato, os judeus celebravam sete festas e festivais cada ano. Esses feriados são marcas espirituais importantes no calendário dos judeus.
1. Páscoa e a Festa dos Pães Asmos. A Páscoa ocorre no 14º de Nisan e a Festa dos Pães Asmos ocorre durante a semana seguinte. O propóstio da combinação dessas festas é relembrar o livramento dos antigos hebreus do Egito (Êxodo 12:15).
2. Pentecostes (Festa das Semanas). Ocorre 50 dias após a Páscoa. É um tempo de alegria que originalmente marcou a colheita do trigo em Israel (Levítico 23:15-17).
3. Rosh Hashanah (Ano Novo Judaico). Ocorre no primeiro dia do mês Tishri. De acordo com os rabinos, este foi o dia em que Deus criou o mundo (mas a Bíblia não confirma isto).
4. Yom Kippur (Dia de Expiação). O décimo dia do mês Tishri não é para celebração, mas é solene e santo. A Bíblia dá regras complexas sobre o que os judeus poderiam fazer nesse dia (Levítico 16).
5. Succoth (Festa dos Tabernáculos). Dura uma semana, indo do 15º ao 22º dia de Tishri. É o tempo dos judeus se lembrarem do cuidado de Deus para com seu povo durante os quarenta anos no deserto (Levítico 23:39-43). Originalmente, também celebravam a colheita do outono.
6. Hanukkah (Festa da Dedicação). Esta celebração também dura uma semana, começando no 25º dia do mês Kislev. Não é mencionada no Velho Testamento porque celebra um evento ocorrido depois que o Velho Testamento foi escrito. Cerca de 150 anos antes de Cristo, os judeus conduzidos por Judas Macabeus foram vitoriosos sobre os sírios liderados por Antioco Epifânio. Hanukkah lembra aquela vitória.
7. Purim. No 14º e 15º dias do mês Adar, os judeus celebram o festival que se reporta ao livro de Ester. Lá lemos como Deus livrou os judeus da destruição quando Mordecai e Ester frustraram o plano de Hamã (Ester 9).
Esse conjunto de festas não deve ser o mesmo que celebramos, mas têm os mesmos propósitos dos nossos feriados religiosos - permitir às pessoas interromperem suas rotinas e lembrarem-se de Deus. Assim como festejamos a Páscoa, o Natal e outros dias especiais, renovamos nossa fé no Senhor de todos os tempos, passado, presente e futuro.
Assim como um relógio marca a passagem de minutos e horas, um calendário marca a passagem de unidades maiores de tempo - dias, semanas, meses, anos e mesmo séculos. Um calendário tem várias funções. Naturalmente é importante para manter controle dos eventos na história. Também regula as atividades humanas diárias tais como negócios, governo, agricultura e práticas religiosas. O calendário que usamos representa uma interação entre um conhecimento crescente do sistema solar e a tradição histórica e religiosa. Para os cristãos, o calendário pode nos lembrar da necessidade de "contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio" (Salmo 90:12).
Pr Elmar Magalhães Santos

JESUS, Os ensinamentos


Jesus foi o maior professor que já viveu. No entanto ele era muito mais que isso. Como Filho de Deus, os seus ensinamentos eram a verdade. Sua missão era instruir aos outros como conhecer a Deus. Sua mensagem principal era que Deus queria nos amar e nos conhecer. Ele ensinava enquanto andava com os seus seguidores. Ele ensinou de um barco, de um monte, de uma casa e do templo. Ele ensinava em sermões, mas ele preferia usar uma história ou uma parábola.
Muitas pessoas têm perguntas sobre o que que Jesus falou sobre vários tópicos. O que que ele ensinou sobre Deus? O que ele pensava de si próprio? O que que ele queria dizer quando ele falou do reino? Qual era o significado de sua morte? O que que ele falou do Espírito Santo? Como ele descreveu os seres humanos e suas necessidades? E a igreja cristã? Ele ensinou alguma coisa sobre o fim do mundo? Quais eram as principais características de seus ensinamentos morais?
OS ENSINAMENTOS SOBRE DEUS
Qualquer um que chega aos ensinamentos de Jesus depois de ter lido o Velho Testamento, percebe de cara que os ensinamentos sobre Deus são paralelos. Jesus ensinou que Deus é o Criador que se preocupa com a sua criação e cuida dela desde as menores criaturas como o pardal (Mateus 10:29). Não a um suporte nos ensinamentos de Jesus para a visão que diz que Deus não se importa com o mundo que ele criou. Jesus nos lembra que ele é um Deus de detalhes - intimamente preocupado com a nossa vida.
Um dos títulos mais característicos que Jesus usou para Deus foi Pai. Isso não era novidade, pois essa idéia ocorre no Velho Testamento, aonde Deus é visto como o Pai de seu povo. Esse tipo de paternidade era nacional ao invés de pessoal. No período entre o Velho Testamento e o Novo Testamento, os judeus consideravam Deus tão santo que ele foi removido do contato imediato com os compromissos humanos. Na verdade, eles acreditavam que tinha que haver um mediador entre Deus e o povo. Essa noção exaltada de Deus contradizia a idéia de Deus como um Pai pessoal e amoroso. É por causa disso que os ensinamentos de Jesus quanto à paternidade pessoal é tão única. Há alguma evidência nos ensinamentos judaicos dizendo para orar a Deus como "Nosso Pai". No entanto, o que distingui Jesus de seus contemporâneos é que a paternidade de Deus era o centro de seus ensinamentos.
A relação pai e filho é particularmente vívida no evangelho de João, aonde Jesus como o Filho é visto como tendo uma comunhão íntima com o Deus Pai. Isso aparece fortemente na oração de Jesus em João 17 e nas afirmações freqüentes que o Pai tinha mandado o Filho e que o Filho estava cumprindo a vontade do Pai. È esse forte relacionamento entre Deus e Jesus em termos de Pai e Filho que fez Jesus ensinar as pessoas a se aproximarem de Deus da mesma maneira.
ENSINAMENTOS SOBRE Sí PRÓPRIO
O que Jesus falou de sí próprio é de muita importância, pois foi isso que a igreja primitiva veio a ensinar sobre ele. Jesus usou alguns títulos para se descrever ou os aceitava quando os outros os usavam.
FILHO DO HOMEM
O título mais usado é Filho do Homem. Algumas vezes ele relacionava isso diretamente na sua ministração pública, como por exemplo quando ele disse que o Filho do Homem era o Senhor do sábado (Marcos 2:28), ou que o Filho do Homem tinha o poder de perdoar os pecados (2:10). Às vezes os dizeres lidavam com o seu sofrimento, como quando Jesus falou que o Filho do Homem tinha que sofrer várias coisas (8:31; note que Mateus 16:21 usa "ele" ao invés de "Filho do Homem"). Em outros trechos a referência é para uma aparição futura, como quando ele disse ao sumo sacerdote que ele veria o Filho do Homem assentado a destra de Deus vindo sobre as nuvens do céu (Marcos 14:62). O que que Jesus quis dizer com o título, e porque que ele usou? A razão mais provável é porque ele queria evitar o termo Messias, que já carregava muitas implicações políticas.
MESSIAS
O termo "Messias" ou "Cristo", não pertencem estritamente aos ensinamentos de Jesus, já que ele mesmo nunca usou. No entanto, ele aceitou esse título quando foi usado por Pedro.
Ele também não negou ser o Messias quando respondeu ao sumo sacerdote que perguntou se ele era o Messias. No evangelho de João, André diz a Pedro que havia achado o Messias (João 1:41); a mulher em Samaria também conversa com Jesus e ele revela que ele é o Messias (4:25-26). Havia uma expectativa comum entre os judeus que o libertador viria para derrubar os seus inimigos políticos, os romanos. Havia várias idéias sobre a sua origem (um líder militar ou um guerreiro celestial) e seus métodos.
FILHO DE DEUS
O título "Filho de Deus" ocorre principalmente no evangelho de João. Tanto Marcos como João consideravam Jesus assim (compare Marcos 1:1 e João 20:30-31). Há algumas passagens aonde o Messias é ligado ao Filho de Deus e que Jesus não rejeita nenhum dos títulos (compare a Mateus 16:16). Mas nos ensinamentos de Jesus, uma passagem faz ficar muito clara a relação especial que Jesus tinha com Deus como Filho (Mateus 11:27; veja também Lucas 10:22). Muitas passagens parecidas no evangelho de João, no entanto, são mais explicitas. O Filho é inquestionavelmente pré-existente - já vivia antes do tempo começar. Jesus sabe que ele veio do Pai e retornaria ao Pai. Jesus se considerava divino - ele era inteiramente Deus. No entanto, João retrata Jesus mais claramente também na sua natureza terrena - ele também era inteiramente humano. Jesus não explicou em nenhuma parte de seus ensinamentos como que Deus poderia se tornar homem, mas ele assumiu isso como um fato. Como Filho de Deus, ele ensinou com a autoridade de Deus.
ENSINAMENTOS SOBRE O REINO DE DEUS
Ninguém pode ler os evangelhos sinópticos sem notar que o "reino de Deus" (ou dos céus) aparece freqüentemente. Muitas das parábolas de Jesus são especificamente chamadas de parábolas do reino. O conceito de Jesus sobre o reino era uma idéia básica do evangelho cristão. A idéia principal é o reinado de Deus sobre as pessoas ao invés de um reino físico que pertence a Deus. Em outras palavras, a ênfase está no reinado ativo de Deus como Rei. O reino de Deus consiste do relacionamento entre os membros e o Rei. Também significa que o reino não será expresso em termos institucionais.
O REINADO PRESENTE
Em Lucas 17:20-21 fica claro que o reino era um tema de interesse comum, aonde os fariseus perguntaram a Jesus quando viria. Eles estavam esperando que o Messias estabelecesse um derrubamento político dos romanos. Sua resposta, que estava "entre eles", é claramente uma idéia presente. Espíritos imundos também foram exorcizados como evidência que o reinado havia chegado (Mateus 12:28; Lucas 11:20). Além disso, Jesus menciona que o reino havia sido vigorosamente avançado (Mateus 11:12), mas não por métodos revolucionários. Ainda, alguma coisa dinâmica já estava acontecendo. Essa idéia de poder dinâmico é um dos traços mais característicos do reino. Jesus falou em amarrar os homens fortes e armados (Lucas 11:21-22), o que mostra que no seu ministério ele esperava dar uma demonstração poderosa contra as forças das trevas.
É evidente que o reino que Jesus proclamava, presente ou futuro, era um reino aonde Deus era supremo. O reino era parte de seu ministério, onde Deus estava trazendo a libertação espiritual para o seu povo. Além disso, os ensinamentos de Jesus sobre o reino é uma parte da mensagem total. Nenhuma parte dessa mensagem pode ser separada de qualquer outra parte sem que o resto seja distorcido.
O REINO FUTURO
As parábolas têm os ensinamentos mais claros no aspecto futuro do reino (Mateus 13). Jesus falou do uso futuro da imagem retirada da literatura judaica. Ele relaciona nuvens, glória e anjos com a vinda do Filho do Homem (Marcos 13:26-27). Mateus fala de um som de trombeta, outro traço familiar (Mateus 24:31). Vários traços das parábolas do reino nos dá a mais clara idéia da natureza do reino. A condição de membro do reino não é considerada universal. Os membros do reino são aqueles que escutam e entendem a palavra do reino (Mateus 13:23). Apesar de todas as nossas diferenças raciais, culturais e de gênero só existem dois tipos de pessoas no mundo: as que são salvas e as que não são. Cada pessoa responde individualmente a oferta de salvação oferecida por Jesus para que seja parte do reino.
Há uma ênfase na parábola sobre o crescimento da semente de mostarda, aonde um pequeno começo cresce para se tornar uma grande coisa.
OS ENSINAMENTOS SOBRE A SUA PRÓPRIA MORTE
O anunciamento do reino deve ser ligado à abordagem de Jesus a sua própria morte. Será que Jesus via a sua morte como uma parte chave de sua missão? Alguns acreditam que ele terminou a vida desiludido com algum tipo de desejo de morte. No entanto, sua morte não foi um desvio de sua missão. Isso era inteiramente a sua missão.
Jesus sabia que os detalhes de sua vida eram a realização das escrituras (compare a Mateus 26:24; 56; Marcos 9:12; Lucas 18:31; 24:25-27, 44-45). O sofrimento de Jesus é o assunto da profecia do Velho Testamento. Ele conhecia as previsões do Velho Testamento e reconhecia que elas só poderiam se realizar através de seu próprio sofrimento.
Evidentemente que Jesus via a sua morte como um sacrifício. Na última ceia, o cálice é ligado ao sangue da nova aliança, que é conhecida como sendo para a "remissão dos pecados" (Mateus 26:26-28). Nenhuma explicação é dada sobre a maneira em que a morte que estava próxima, simbolizada pelo pão partido e pelo vinho servido, traria o perdão dos pecados. Mas a igreja primitiva entendeu que Cristo morreu pelos nossos pecados (compare a 1 Coríntios 15:3). A idéia da nova aliança é paralela a Velha aliança, que de acordo com Êxodo 24, foi selada com o sangue de um sacrifício. Jesus tinha isso em mente quando ele falou da nova aliança. Também era parecido com a idéia expressada em Jeremias 31, que se refere a uma aliança escrita no coração ao invés de numa pedra. Na oração de Jesus em João 17, ao encarar a cruz, ele declara que ele terminou a obra que o Pai deu a ele (17:4). Isso é reenforçado quando ele fala, já na cruz "está consumado", que só João menciona (19:30). Esse senso de missão cumprida da um ar de triunfo para o que de outra maneira, poderia ser visto como um desastre. Jesus não foi assassinado. Ele deu a sua vida como um sacrifício pelos nossos pecados. Apesar dos homens terem colocado ele numa cruz superficialmente, o amor dele por todo o povo de Deus é o que o manteu ali até o fim.
OS ENSINAMENTOS SOBRE O ESPíRITO SANTO
Em vários dos eventos principais na vida de Jesus, os escritores dos evangelhos notam a atividade do Espírito Santo. Por exemplo, o nascimento virgem, o batismo de Jesus e a sua tentação mencionam o Espírito. A maioria dos ensinamentos vem dos evangelhos de João. Quando Jesus começou a pregar o seu ministério em Nazaré, de acordo com Lucas, ele leu o depoimento em Isaías 61:1-2 sobre o Espírito de Deus e aplicou a ele. Ele viu o Espírito marcando o começo de seu ministério. Ele foi acusado de expulsar demônios como Belzebu, príncipe dos demônios. No entanto, ele estava realmente expulsando espíritos imundos pelo Espírito de Deus (Mateus 12:28). Ele era, além disso, sensível a seriedade de blasfemar contra o Espírito, que ele implica que os seus acusadores estavam perigando fazer. Criticar o seu ministério era criticar o mover do Espírito.
Enquanto avisava os seus discípulos que eles encontrariam com a oposição, Jesus os assegurou que o Espírito os apoiaria quando eles fossem forçados a encontrar com reis e governadores (Mateus 10:19-20; Marcos 13:11). De fato, ele falou que o Espírito continuaria a falar através deles muito tempo depois que Jesus tivesse retornado ao céu. Lucas registra a promessa de Jesus que Deus daria o Espírito Santo para aqueles que pedissem (Lucas 11:13), como um pai dá bons presentes para os seus filhos. Nós geralmente pedimos a Deus por paz, propósito ou proteção. No entanto, Deus considera o Espírito Santo o melhor presente que ele pode dar a seus filhos. Em uma outra ocasião, Jesus reconheceu que Davi havia escrito o Salmo 110 (Marcos 12:36) com a influência do Espírito. Como resultado desse e de outros exemplos, sabemos que a bíblia não é um livro comum escrito por homens. De fato, o Espírito Santo inspirou as escrituras.
SALVAÇÃO
O evangelho de João nos dá um desenvolvimento mais detalhado de o que Jesus ensinou sobre o Espírito. Os ensinamentos do Espírito são geralmente ligados aos ensinamentos de Jesus sobre dar a vida eterna a aqueles que acreditassem nele e o recebessem. Quando ele falou com Nicodemos sobre o novo nascimento e a vida eterna, Jesus também falou do Espírito (João 3:3-8, 15-16). Quando ele falou da água da vida para a mulher samaritana, ele também falou do Espírito (4:14, 23-24). Por toda a escritura, Jesus declara a várias pessoas que ele poderia lhes dar a vida eterna se eles acreditassem nele. Ele prometeu a água da vida, o pão da vida e a luz da vida, mas eles só receberiam a vida eterna quando viesse o Espírito depois de sua ressurreição.
Jesus disse "É o Espírito que dá a vida eterna" (João 6:63). Quando o Espírito se tornasse disponível, eles poderiam ter vida. Uma vez que Jesus havia sido glorificado através de sua ressurreição, o Espírito de Jesus glorificado estaria disponível a todos aqueles que cressem.
A SEGUNDA VINDA
Ele falou para os discípulos que o Filho do Homem viria com os seus anjos na glória de seu Pai (Mateus 16:27). Ele descreve o Filho do Homem vindo em nuvens com poder e glória (Marcos 13:26). Jesus descreve vários sinais que precederia a sua segunda vinda. Ele falou de guerras, conflitos, terremotos, fome e distúrbios nos céus. O evangelho seria primeiramente pregado a todas as nações. Ao mesmo tempo falsos "Cristos" surgiriam. Jesus deu vários detalhes de seu retorno para encorajar os seus discípulos a encararem a perseguição. Os discípulos teriam que vigiar, pois a vinda aconteceria inesperadamente como um ladrão na noite. Jesus disse que nem ele mesmo sabia quando isso aconteceria (Marcos 13:32).
RESSURREIÇÃO
Um outro tema importante afetando o futuro é enfatizado nos ensinamentos de Cristo sobre a ressurreição. Os saduceus não acreditavam na ressurreição do corpo. Eles tentaram enganar Jesus com uma pergunta sobre uma mulher que havia se casado sete vezes. Eles queriam saber esposa de qual dos sete maridos ela seria depois da ressurreição (Marcos 12:18-27). Jesus apontou que não haveria casamento quando os mortos ressurgissem. A idéia dos saduceus sobre a ressurreição estava claramente errada. Os ensinamentos de Jesus seriam como os anjos. Não há dúvida sobre a ressurreição dos mortos, apesar de não nos ser dada informações específicas sobre o corpo resurreto.
JULGAMENTO
Jesus contou uma história sobre um homem rico e um homem pobre que morreram (Lucas 16:19-31). Na vida após a morte, o homem rico gritava no tormento, enquanto o homem pobre curtia o estado de benção. A distinção entre os dois homens nos dá uma dica do julgamento, apesar de não nos ser falado como essa distinção é feita. Em outros lugares de seus ensinamentos, Jesus disse que o requisito vital é a fé. A conversa entre Jesus e o ladrão que estava morrendo na cruz ao seu lado, sugere que o ladrão arrependido foi salvo (Lucas 23:42-43).
O tema de recompensa e punição é visto em muitas passagens. Em Mateus 16:27, Jesus diz que o Filho do Homem recompensará todos de acordo com o que ele(a) fez. Aqueles que são inúteis serão punidos nas trevas (25:30). Mais adiante, Jesus fala de um dia de julgamento, no qual homens e mulheres prestarão contas até mesmo de suas palavras descuidadas (12:36-37). Entre todas as afirmações solenes de Jesus estão aquelas aonde ele fala do inferno. Seus ensinamentos sobre punição eterna para injustos (Mateus 25:41,46) são o oposto para a vida eterna prometida para os justos. Ele disse que seus discípulos teriam um lugar preparado para eles no céu (João 14:2), e ele também falou de um Livro da Vida aonde o nome de todos aqueles que crêem está escrito (Lucas 10:20).Pr Elmar Magalhães santos