domingo, 15 de abril de 2012

Previsão do futuro



TEXTO Marcos 13, 1-13





INTRODUÇÃO

1. Jesus fala sobre o futuro, seu retorno e permanecermos vigilantes

2. Todo o capítulo 13 de Marcos é deicado a ensinar- mos a viver enquanto esperamos a volta de Cristo.



PROPOSIÇÃO

Previsão do futuro



Sentença Interrogativa

Você se entreressa por saber o que vai acontecer no futuro? Gostaria de que te fosse antecipado?



Sentença de Transição   Não devemos nos deichar levar por afirmações confusas ou interpretações especulativas sobre o que acontecera naquele dia. 13, 5-6 



                                 



I.PRIMEIRO SUBTÍTULO [1º SubtítuHagnos  "já que não sabemos o que o dia nos trará,mas somente que a hora para servir-te  esta sempre presente,que despertemos para as reinvidicações e instantes da tua santa vontade, não esperando para amanhã,mas cedendo hoje."

     1.Primeira subdivisão

        Discussão

     2.Segunda subdivisão

        Discussão



Sentença de Transição

[Uma frase de ligação entre a Proposição e o 2º Subtítulo]



II.SEGUNDO SUBTÍTULO [2º Subtítulo]

     1.Primeira subdivisão

        Discussão

     2.Segunda subdivisão

        Discussão



Sentença de Transição

[Uma frase de ligação entre a Proposição e o 3º Subtítulo]



III.TERCEIRO SUBTÍTULO [3º Subtítulo]

     1.Primeira subdivisão

        Discussão

     2.Segunda subdivisão

        Discussão



Sentença de Transição

[Uma frase de ligação entre a Proposição e a Conclusão]



CONCLUSÃO

1. [Pode ser um Resumo do 1º Subtítulo]

2. [Pode ser um Resumo do 2º Subtítulo]

3. [Pode ser um Resumo do 3º Subtítulo]





ü  2-  Não  devemos  ter medo de falar aos outros a respeito de Jesus Cristo, a despeito do que podem responder ou fazer 13.9-10.                                                                          Hagnos “ será preciso muitas agonias antes que o homem possa ser elevado. E é somente a graça de Deus que o torna “capaz” de ser elevado.

ü  3- devemos nos manter firmes na fé e não nos surpreender com as perseguições 13.13.

ü  4 - Devemos estar moralmente prontos a ser obedientes aos mandamentos na palavra de Deus.



Ø    Este capítulo não foi escrito para promover discussões sobre cronogramas proféticos, mas para nos estimular a uma vida justa diante de Deus, em um mundo onde Ele é amplamente ignorado.

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Pr Elmar Magalhães Santos - Igreja Batista Kairós

TALMUD


A palavra Talmud significa "estudar", "aprender". O Talmud é uma literatura em hebraico e aramaico, que cobre os significados e as interpretações das porções legais do Velho Testamento, assim como dizeres sábios de fontes rabínicas. Ele se estende sobre um período de tempo de um pouco depois de Esdras, por volta de 400 A.C. até aproximadamente 500 A.C.
A ORIGEM E O DESENVOLVIMENTO DA LEI ORAL
Os judeus tradicionais acreditam que uma Segunda lei foi dada a Moisés adicionando a primeira; essa segunda foi dada oralmente e passada de geração em geração de forma oral. O Talmud em si fala a uma origem primitiva, e Pirke Aboth 1:1 relata que é atribuída a Moisés. Outros estudiosos não concordam com essa origem da lei oral e insistem que teve o seu começo e desenvolvimento depois de Esdras. Por exemplo, antes do exílio dos israelitas a Babilônia, não há menção feita pelos profetas sobre um lapso da lei oral. No entanto, as mensagens dos profetas estão cheias de avisos para que eles não abandonassem a revelação escrita dada a Moisés.
Nesse período depois de Esdras ("um escriba hábil na lei de Moisés" Esdras 7:6), mestre sucedia a mestre nas sinagogas e escolas, e o seu entendimento do Velho Testamento era apreciado e memorizado. Através dos séculos, muitas estratégias de memorização foram aplicadas para aprender e lembrar da crescente massa de opiniões e interpretações. Mas, eventualmente, nem mesmo a melhor memória poderia reter todo o material disponível. Finalmente, foi necessário compilar um resumo de todos os ensinamentos essenciais de gerações precedentes e também fazer de uma maneira para que gerações futuras tivessem acesso ao tesouro imenso de pensamento, sentimento religioso e sabedoria de orientação e inspiração. Essa compilação é conhecida como Talmud, uma reposição da lei oral. O povo judeu o considera em segundo lugar depois das escrituras. O Talmud é um pedaço de literatura reorganizado como o máximo da criação nacional e religiosa, e continua ter uma influência profunda sobre o desenvolvimento da visão mundial judaica.
RAZÕES PARA UMA LEI ORAL
Com o fim dos profetas depois do retorno do exílio na babilônia e com o crescimento contínuo da complexidade da vida em Israel e seus relacionamentos com o mundo de fora, apareceu uma necessidade de explicar melhor as leis do Pentateuco (os primeiros cinco livros no Velho Testamento). A primeira intenção, era que a lei oral ajudasse as pessoas a obedecerem a Palavra de Deus.
A lei oral contida no Talmud tinha duas funções. Primeiro, provia uma interpretação da Lei escrita - explicando o que ela significava. De acordo com os rabinos, isso era necessário já que a lei oral possibilitava que as pessoas realmente vivessem a lei escrita. O segundo aspecto da lei oral é que ela modifica e procura adaptar a lei escrita para caber em novas circunstâncias e condições. A lei oral deve fazer a lei escrita um documento usável e atual de geração a geração. Sem a lei oral a lei escrita se tornaria desatualizada. No entanto, a lei oral é necessária para saber o que não fazer e também para enfatizar o que é a boa devoção e lealdade judaica.
É verdade que toda geração tem que encarar novas condições sociais, políticas e econômicas, que faz ser necessária uma aplicação diferente da Palavra de Deus. Mas a Palavra de Deus em si não pode ser mudada para acomodar um desejo pessoal ou para interpretar novos problemas em épocas diferentes.

ÚLTIMOS DIAS


VISÃO GERAL
A Escritura usa a expressão "últimos dias" para descrever o período final da existência da terra. No Velho Testamento, os profetas retrataram os últimos dias como o tempo no qual o Messias chegaria (veja Isaías 2:2; Miquéias 4:1). Os escritores do Novo Testamento de fato se viam como testemunhas que estavam assistindo o desdobramento dos últimos dias. Pedro, por exemplo, explica no seu famoso discurso de Pentecostes que o derramamento de Espírito Santo enchia as palavras de Joel (Joel 2:28): "Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões; e também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito". Semelhantemente, o autor da carta aos Hebreus declara, "Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo" (Hebreus 1:1-2).
OS ÚLTIMOS DIAS NA ESCRITURA
A Escritura ensina que o último dia - o dia do julgamento - concluirá o final dos tempos. No Velho Testamento, esse momento mencionado como "o Dia do Senhor". Geralmente é descrito como um dia horroroso de ira contra os que não se arrependeram. No entanto, para os fiéis será um dia de salvação e vingança. Jeremias e Isaías, por exemplo, previram que durante o Dia do Senhor, Deus faria guerra contra todas as nações más e estabeleceria o seu governo na cidade eterna de Sião (Isaías 4:2; 11:10; Jeremias 50:3-32; veja também Joel 2:1-3; 3:9-16; Amós 5:18-20; 9:11; Sofonias 1:7-18). Deus absolverá ou punirá as pessoas baseando-se em suas condutas. Aqueles fiéis à aliança prosperarão, porém os desleais perecerão. O profeta Habacuque, identifica o justo como sendo uma pessoa fiel (Habacuque 2:4).
Os escritores do Novo Testamento aceitaram essas idéias, no entanto as interpretaram na luz da obra e palavras de Jesus. Eles acreditavam que Deus apontou Cristo para ser julgador dos vivos e dos mortos (Atos 10:42; 17:31). Por essa razão, tanto os que crêem quanto os que não crêem tem que comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba bênçãos ou condenação, de acordo com o que eles fizeram com suas vidas (2 Coríntios 5:10; veja também Romanos 14:10). Paulo e João dizem que as pessoas serão julgadas de acordo com suas obras, se elas foram agradáveis a Deus ou não (2 Coríntios 5:10; Apocalipse 20:12). Esse ensinamento não contradiz, no entanto, a noção de graça. É verdade que ninguém chegou ao padrão perfeito de Deus. Todos pecaram e merecem ser castigados (Romanos 3:23). A nossa culpa é inegável, mas podemos escapar da ira do último julgamento. Os nossos meios de resgate são a morte e a ressurreição de Cristo, pois o ato de Jesus leva a absolvição e a vida para todas as pessoas (Romanos 5:18). Aqueles que confiam no Senhor não são condenados (João 3:16-18) e podem entrar no Dia do Julgamento confiantes (1 João 4:17), pois seus nomes estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro (Apocalipse 21:27). Aqueles que rejeitarem a Cristo não tem tal recurso. Eles tem que encarar o Dia do Julgamento sem um advogado e serão condenados (Apocalipse 20:11-12).
O SIGNIFICADO DOS ÚLTIMOS DIAS
Os últimos dias são o prelúdio do julgamento final dos que não crêem e a preparação para o amanhecer da glória eterna para os que crêem. Para os fiéis seguidores de Cristo esses são dias de alegria e benção enquanto a igreja espera a redenção. Também são dias de julgamento e aflição para a igreja de Cristo. Mas Deus nos deu a segurança de seu Espírito nos nossos corações e uma amostra do banquete completo, um sinal que promete pagament integral (Romanos 8:23; 2 Coríntios 1:22; 5:5; Efésios 1:14). A realização de que estamos nos últimos dias deve promover uma mudança dramática na qualidade e intensidade em que vivemos as nossas vidas aqui e agora (veja 2 Pedro 3:11-14). Enquanto isso, temos que nos confortar nas palavras de Paulo que dizem que o sofrimento desses últimos dias não são dignos de serem comparados com a glória que nos será revelada (Romanos 8:18).

TEMPLO


VISÃO GERAL

O templo é um lugar de adoração. Para os judeus o templo era um lugar para a adoração e para fazer sacrifícios a Deus, a que eles chamavam de Jeová. Em templos pagãos as pessoas adoravam outros deuses e deusas ou ídolos. Algumas das práticas de adoração nesses templos pagãos eram parecidos com os dos judeus, tais como orar, queimar incenso e dar ofertas e sacrifícios. Mas, algumas adorações dos templos pagãos incluíam sacrifício humano e prostituição, que eram considerados pecado pelos judeus.
Quando os judeus estavam viajando para a terra prometida depois de serem libertados do Egito, eles foram instruídos por Deus a construir um templo móvel que se chamava tabernáculo, para que eles tivessem um lugar para adorar quando eles montassem o acampamento. Mais tarde, Salomão construiu um templo mais permanente para adorar a Deus. O povo via o tabernáculo e os templos como o lugar onde o Espírito de Deus morava. O templo foi destruído e reconstruído várias vezes ao longo da história. Quando Jesus veio, ele ensinou que o "templo de Deus" era mais que um prédio. Os nossos corpos são templos de Deus (1Co 6.19,20) porque ele vive dentro de nós através da nossa fé em Jesus Cristo.

O SIGNIFICADO DO TEMPLO NO VELHO TESTAMENTO
O templo em Jerusalém funcionava como o ponto focal da vida hebraica. Apesar de JeroboãoI ter tentado tirar atenção de Jerusalém estabelecendo santuários em Betel e Dã (1 Reis 12:26-30), Jerusalém nunca perdeu o seu significado. Tanto Ezequias como Josias (reis do sul) tentaram estender a sua reforma para dentro da área das tribos do norte (2 Crônicas 30:1-12; 34:6-7), e Jerusalém era um centro de peregrinação para aquelas áreas mesmo depois de sua destruição (Jeremias 41:5). Os profetas previram o seu destino como o ponto focal de adoração universal (Isaías 2:1-4) O templo era o lugar onde Deus morava entre o seu povo. A presença de Deus simbolizava na glória Shekiná e na coluna de nuvem, era associada com a tenda do encontro (Êxodo 33:9-11), com o tabernáculo (40:34-38) e finalmente com o templo (1 Reis 8:10-11). O paradoxo é que apesar de Deus ser irrestrito, o templo era considerado como o lugar onde Deus viveria pra sempre (8:13, 27). Deus escolheu Sião, como ele escolheu Davi (Salmos 68:15-18), então o templo era visto como a casa de Deus (27:4).

O SIGNIFICADO DO TEMPLO NO NOVO TESTAMENTO

CRISTO E O TEMPLO
Cristo mostrou respeito e zêlo pelo templo quando expulsou aqueles que faziam daquele lugar um local de comércio. (Mateus 21:12-13; João 2:13-16). Jesus chorou sobre Jerusalém ao se aproximar dela no episódio da entrada triunfal. Do local de onde ele montou no jumentinho, o Monte das Oliveiras até à porta hoje conhecida como "Portão Dourado"que fica no lado oriental da cidade, Jesus foi aclamado como Rei. Ele foi até o templo onde pregou à multidão como relatam os evangelhos. A visão profética de Ezequiel no capítulo 43, nos revela o quão significativa a Entrada Triunfal foi e o quão importante o templo era para Jesus, a própria Glória de Deus manifesta naquele local. Ele ensinava lá freqüentemente, mas ele se descrevia como sendo "maior que o templo" (Mateus 12:6). Quando ele foi rejeitado como Messias, apesar de seus milagres, ele previu a destruição inevitável do templo (21:9-15; 24:1-2) como de fato foi destruído pelos romanos em 78 D.C. Cumpriu-se a profecia de Daniel 9:25-26.

O TEMPLO NO APOCALIPSE DE JOÃO

Em Apocalipse, não há um templo físico, apesar de ele continuar usando a imagem de Jerusalém e do Monte Sião (Apocalipse 3:12; 14:1; 21:2; 10, 22). Ele oferece três idéias relacionadas. Primeiro o conceito da igreja feita de mártiris, o qual os seus membros fiéis são templos de Deus (3:12, 14:1). Esse templo aumenta gradativamente conforme cresce o número de mártiris (6:11). Outro aspecto é o templo como o lugar de julgamento (11:19; 14:15; 15:5-16:1). Finalmente, qualquer templo na era moderna é desnecessário, "Nela não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro" (21:22). O estado final será Deus morando com o seu povo - o templo eterno e espiritual.
VINHO
Esta bebida é feita de suco de uva fermentado.
ORIGEM
Noé foi um dos primeiros a produzir vinho (Gênesis 9:21), presumidamente nas encostas do Monte Ararate. Porém, a produção de vinho não era confinada a esta área, pois o Egito e mais tarde a Grécia, adquiriram um apreço pela bebida. De fato, a produção de vinho existiu no período pré-histórico da Mesopotâmia e foi trazido ao Egito antes de 3000 A.C.
Tanto no Egito como na Mesopotâmia achavam que a vinha era protegida por uma deusa. De acordo com a tradição judaica, a vinha foi salva do dilúvio por Noé.
O VINHO NO VELHO TESTAMENTO
A evidência sugere que o vinho no Velho Testamento não era misturado com água e era muito apreciado quando bebido com moderação.]

 Juízes 9:13 apresenta o vinho como "que alegra a Deus e aos homens".

Salmos 104:15 retrata o vinha de uma forma parecida: "o vinho que alegra o seu coração" (Ester 1:10; Eclesiastes 10:19). O uso temperado do vinho era uma parte normal e aceitável da vida (Gênesis 14:18; Juízes 19:19). Sacerdotes levitas de serviço no templo (Leviticos 10:8-9), Nazireus (Números 6:3) e os recabitas (Jeremias 35:1-6) eram proibidos de beber vinho.

O vinho tinha muitas utilidades no mundo do Velho Testamento.
A "oferta de bebida" era vinho (Êxodo 29:40; Leviticos 23:13) e o adorador regularmente trazia vinho quando oferecia sacrifícios (1 Samuel 1:24).
Um suprimento de vinho era estocado no templo para fins sacrificiais (1 Crônicas 9:29).
Algumas vezes o vinho era usado para ajudar o fraco e o doente (2 Samuel 16:2; Provérbios 31:6).
A bebida forte do Velho Testamento parece ter um parentesco próximo com o vinho da Mesopotâmia.
Este mesmo vinho, que continha muito açúcar, provavelmente também tinha um alto teor alcoólico.
Isaías condenava o uso do vinho em excesso (Isaías 28:1-8). Muitas admoestações são dadas nas escrituras quanto a beber vinho em excesso (Provérbios 20:1; 21:17).

O VINHO NO NOVO TESTAMENTO
O vinho no Novo Testamento era uma bebida fermentada que era misturada com uma quantidade grande de água. Também era misturado com fel (Mateus 27:34) e mirra (Marcos 15:23). Há fortes evidências que sugerem que o vinho usado na ceia do Senhor era uma mistura de água e vinho, provavelmente numa porcentagem de 3 pra 1 de acordo com os ditames do Mishna. A frase "fruto da videira" (Mateus 26:27-29) é freqüentemente interpretada como suco fresco de uva. No entanto, suco fresco de uva seria impossível de achar.
O Novo Testamento, assim como o Velho Testamento, argumenta vigorosamente contra o uso nada comedido do vinho. A admoestação bíblica é que não fique bêbado com vinho (Efésios 5:18; 1 Pedro 4:3). Os líderes da igreja tinham que moderar o uso do vinho (1 Timóteo 3:3; 3:8); os gregos dizem que eles não devem ser viciados no vinho "Alcolatras", Por isso se você bebe, faca-o com moderação se se beber não dirija.

SEPULTAMENTO, COSTUMES


A Bíblia fala com freqüência sobre maneiras pelas quais várias culturas enterravam seus mortos, o que revela as diferentes visões sobre a morte e a vida futura. Os antigos egípcios achavam que a vida diária simplesmente continuava após a morte e preparavam seus túmulos com itens práticos e necessários como comida. Os antigos hebreus tinham uma idéia mais espiritual da morte, acreditando que o espírito da pessoa morta iria viver com os fantasmas das gerações anteriores.
SEPULTURAS E TÚMULOS
Entre os hebreus, a pessoa era enterrada onde estava sua família (Gênesis 15:15; I Reis 13:22). A caverna de Macpela em Efrom foi um exemplo de túmulo familiar, negociado por Abraão quando Sara morreu (Gênesis 23). Quando Abraão morreu, Isaque e Ismael colocaram seu corpo no mesmo túmulo (25:9). Lá Jacó enterrou seus pais, Isaque e Rebeca, e também Léa (49:31). José, filho de Jacó, fez seus parentes prometerem que seus restos mortais seriam preservados até que pudessem ser levados para sua terra natal e enterrados junto de sua família (50:25). Samuel foi enterrado em sua casa em Ramá, como uma referência clara a uma área de túmulo familiar (I Samuel 25:1). Joabe foi enterrado em sua própria casa no deserto (I Reis 2:34). O Rei Manassés foi enterrado no jardim do seu palácio (II Reis 21:18) e Josué em sua propriedade particular em Timnate-Sera (Josué 24:30). Os reis tomavam o cuidado de manter sua memória viva através do enterro em cemitérios especiais, frequentemente na cidade de Davi. O Rei Josias determinou antecipadamente o local de seu sepultamento num jazigo (II Reis 23:30). Os corpos eram enterrados em túmulos, isto é, cavernas naturais ou sepulcros feitos na rocha, tal como o que pertencia a José de Arimatéia onde foi posto o corpo de Jesus (Mateus 27: 59,60). Eram também enterrados em sepulturas rasas cobertas com pilhas de pedras que marcavam os túmulos e evitavam que fossem destruídos por animais.
Outros eram marcados por monumentos construídos por amor (Gênesis 35:20) ou honra (II Reis 23:17); pedras eram também amontoadas em lugares de sepultamentos indignos, como no caso de Acã (Josué 7:26) e Absalão (II Samuel 18:17). Os túmulos eram decorados, algumas vezes pintados de branco, de acordo com o prescrito na lei de Moisés. Jesus falou desses "sepulcros caiados" numa referência aos fariseus (Mateus 23:27).
TRATAMENTO DO CADÁVER
Quando Deus assegura a Jacó que a "mão de José fechará teus olhos" (Gênesis 46:4), provavelmente estava fazendo uma referência ao costume de que um parente próximo fechava os olhos do que morreu. Esses parentes também deviam literalmente abraçá-lo e beijá-lo. O corpo era lavado e vestido com as roupas do falecido. Brincos e outros adereços encontrados nas tumbas escavadas são evidência de que eram enterrados completamente vestidos. Soldados eram enterrados totalmente uniformizados, com escudos cobrindo ou protegendo seus corpos armados, a espada debaixo de suas cabeças (Ezequiel 32:27).
Embora os costumes e procedimentos não tenham mudado muito dos tempos do Velho para o Novo Testamento, encontramos neste alguns detalhes adicionais. Por exemplo, em Atos 9:37 menciona-se que os corpos eram lavados, ungidos e envoltos em tecidos de linho com especiarias (Marcos 16:1; João 19:40). Depois as extremidades eram fortemente atadas e a cabeça coberta com uma peça de linho separada (João 11:44).
Depois da preparação, o corpo era carregado num esquife, sem caixão, e colocado num buraco feito na parede de uma câmara escavada na rocha ou diretamente numa cova rasa cavada no chão. O ataúde e o caixão não entravam na cova com o cadáver. As especiarias eram usadas como perfume e para evitar a decomposição rápida do corpo (Marcos 16:1).
Como lemos nos Evangelhos sobre o sepultamento de Jesus, alguns túmulos tinham um selo na entrada, que podia ser uma porta de madeira com dobradiça ou uma pedra lisa moldada de tal forma que podia ser rolada. Esse selo requeria muito esforço para ser reaberto (Marcos 15:46; 16:3-4). Nos tempos do Novo Testamento, os judeus economizavam dinheiro em sepultamentos colocando os ossos secos de seus ancestrais em caixas. Os romanos usavam cofres para guardar as cinzas de um corpo depois de sua cremação.
Embalsamar os corpos não era usual em Israel. Quando Jacó e José foram embalsamados no Egito, foi uma exceção. De acordo com Heródoto, historiador grego, os egípcios começavam as técnicas de embalsamamento retirando o cérebro através das narinas, peça por peça, usando um gancho curvo e longo. Depois a cavidade do cérebro era lavada com uma mistura de resinas e especiarias. O cadáver era limpo e os órgãos colocados em quatro jarras. O corpo era mergulhado numa solução por um período de 40 a 80 dias, dependendo do custo do funeral. Quando pronto para o enterro, era embrulhado da cabeça aos pés em tiras de linho fino e posto num caixão. As jarras colocadas no túmulo junto com o corpo simbolizavam a ressurreição da personalidade depois de sua morte.
A cremação do corpo de Saul e de seus filhos (I Samuel 31:12-13) também foi uma exceção à prática normal. Tácito, historiador romano, escreveu que a piedade dos judeus requeriam o sepultamento em vez da cremação de corpos mortos. Sob a lei mosaica tal ato era feito somente como castigo ou julgamento (Levítico 21:9; Josué 7;25).
Também de acordo com a lei de Moisés, uma pessoa ficava cerimonialmente impura se tocasse num cadáver ou estivesse de luto. Não era permitido a um sacerdote fazer luto e não deveria se contaminar se aproximando de uma pessoa morta, mesmo se fossem seu pai ou sua mãe. Ele não deveria profanar o santuário do seu Deus ausentando-se dele para ir ao funeral de um parente, porque era considerado santo pela unção do óleo do seu Deus (Levítico 21:10-12)

O VALOR DO TRABALHO


O ponto de vista positivo da bíblia quanto ao trabalho está enraizado em seus ensinamentos sobre Deus. Diferentemente de outras escritas religiosas, que falam sobre a criação como sendo algo inferior a dignidade do Ser Supremo, as escrituras descrevem Deus como um trabalhador. Como um trabalhador manual, ele fez o universo como "obra de seus dedos" (Salmos 8:3). Ele trabalhou com a sua matéria prima assim como um oleiro trabalha com a argila (Isaías 45:9). O Todo Poderoso teve até o seu dia de descanso (Gênesis 2:2-3) e teve a satisfação de ver o trabalho feito no final dos sete dias (1:31). Essa descrição vívida da bíblia de um Deus trabalhador chega ao seu clímax com a encarnação de Jesus. O "trabalho" que foi dado para Jesus fazer (João 4:34) foi, logicamente, a tarefa única da redenção. No sentido usual da palavra, ele também era um trabalhador. Seus contemporâneos o conheciam como "um carpinteiro" (Marcos 6:3). Nos tempos do Novo Testamento a carpintaria era um trabalho pesado. Então o Jesus que entrou no templo e virou mesas tirando os homens e os animais dali (João 2:14-16), não era um homem fraquinho e sim um trabalhador cujas mãos já tinham sido calejadas pelos anos de trabalho com o machado, o serrote e o martelo. O trabalho físico duro não estava abaixo da dignidade do Filho de Deus. O trabalho não chegou ao mundo como um resultado direto do pecado (apesar de o pecado ter estragado as condições do trabalho, Gênesis 3:17-19). O trabalho havia sido planejado por Deus desde o começo (Salmos 104:19-23). Com essa enfaze na dignidade e a normalidade do trabalho, não é de se surpreender que as Escrituras condenam fortemente a preguiça. "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos, e sê sábio;" (Provérbios 6:6, RSV).
TRABALHANDO PARA CRISTO
Deus é um Deus trabalhador que se agrada quando o seu povo trabalha duro e conscientemente. Essa convicção está no coração dos ensinamentos bíblicos sobre atitudes cristãs para com trabalhos seculares. E, naturalmente, o Novo Testamento estende a mesma ênfase positiva para cobrir todos os trabalhos cristãos, remunerados ou não. O mundo é o campo de colheita de Deus, disse Jesus, esperando que os ceifeiros cristãos entrem e evangelizem (Mateus 9:37-38). Paulo usou a mesma ilustração agricultora e ainda complementou (1 Coríntios 3:6-15). Todos os cristãos deveriam se enxergar como "cooperadores de Deus" (3:9).

VIDA FAMILIAR E RELACIONAMENTOS


Deus fez algo maravilhoso quando criou as famílias. Embora as famílias tenham mudado desde os tempos bíblicos, sempre funcionaram da mesma forma básica. As famílias devem ser lugares de encorajamento e amor. Abrigos nas tempestades da vida. Deus ama tanto as famílias que criou uma família para o Seu próprio Filho - Jesus Cristo. Ele valoriza o papel da família e criou-a para ser o centro do crescimento e desenvolvimento. Cada membro tem um determinado papel. Os filhos aprendem a cuidar de si mesmos e de outros na família. Os pais ensinam suas famílias a conhecerem a Deus e a andar com Ele. Deus inventou a família milhares de anos atrás e ainda hoje é uma de suas criações favoritas.
A FAMíLIA NA BíBLIA
Nos tempos bíblicos, a família se compunha de um ajuntamento. Incluía não só pais e filhos, com outros parentes, mas também empregados, viajantes, estrangeiros e qualquer outra pessoa que estivesse na casa. O chefe da família protegia a todos. A família de Jacó, por exemplo, abrangia três gerações (Gênesis 46:8-26). Biblicamente, o termo "família" se confunde com "casa". De fato, "fundar uma casa" pode se referir a organizar uma habitação separada, bem como estabelecer uma família. Em sentido amplo, "casa" pode se referir a uma nação inteira ("casa" de Israel). Os chefes das famílias voltando do seu exílio na Babilônia controlavam algumas vezes centenas de familiares. (Esdras 8:1-14). A família era uma pequena parte de um clã ou tribo. Nos tempos nômades, as responsabilidades e vassalagens se concentravam no grupo familiar maior enquanto ele se mudava de lugar para lugar. Aqueles que pertenciam ao clã sabiam que tinham que trabalhar pelos interesses comuns e ter responsabilidade por todo o grupo. Cada um protegia o outro e tomava providências para outros membros da família em tempos de necessidade.
Com as vidas dos isrealitas estabelecidas, famílias (no sentido mais amplo da palavra) começaram a viver em pequenas cidades circundadas por campos de trigo, cevada e linho, com áreas de pastagens para ovelhas e cabras. Um grupo familiar misto, interdependente, tal como os danitas, de Zorá e de Estaol (Juízes 18:11) compunha cada grupo de cidades. As pessoas tinham que compartilhar a carga de trabalho e cooperar para que a família inteira sobrevivesse a condições adversas.
Como o trabalho artesanal e o comércio se desenvolveram junto com atividades mais sedentárias, os filhos aprenderam as habilidades de seus pais e continuaram os negócios da família. Consequentemente, toda a cidade tinha que seguir um determinado ofício (I Crônicas 4:14; Neemias 11:35). Especializando-se am alguns negócios, entretanto, as pessoas se tornaram menos autosuficientes, dependendo mais deos agricultores para a alimentação e de outras cidades que se especializaram na produção de roupa e cerâmica (I Crônicas 4:21-23).
GRUPOS FAMILIARES MENORES
Com o crescimento das cidades, grupos que se relacionavam viviam juntos em áreas específicas. Neemias (Neemias 11:4-8) e o escritor de Crônicas (I Crônicas 9:3-9) registraram que muitos membros das tribos de Benjamim e Judá viveram em Jerusalém. Os grupos familiares começaram a se fragmentar em grupos menores que se mudaram para as cidades. O grupo familiar ficou ainda menor à proporção que os limites da família mais ampla se estreitava. A família típica era formada de marido, mulher e seus filhos. Como as casas eram pequenas, todos moravam numa só casa.
Durante o período dos reis, Amom e Absalão, filhos do Rei Davi, estabeleceram suas próprias casas separadas (II Samuel 13:7-8, II Samuel 20). Naquele tempo, havia poucos escravos na sociedade hebraica, mas eles também eram considerados membros da família. Como os limites mais amplos da família se diluíram, o chefe da família perdeu um pouco de sua autoridade. Como resultado, a sociedade ficava formada de modo que o rei era soberano e todas as pessoas lhe eram sujeitas.

SALVAÇÃO, O PLANO DE


INTRODUÇÃO
A salvação é o plano de Deus de dar uma chance para as pessoas escaparem do pecado e da morte. A bíblia revela este plano. Deus enviou o seu filho, Jesus Cristo, ao mundo para morrer em nosso lugar. É por isso que chamamos de salvação - fazendo isso, Deus nos livrou do castigo e da morte que merecemos. A salvação é um dos temas principais tanto no Velho como no Novo Testamento.
A SALVAÇÃO NO VELHO TESTAMENTO
A SALVAÇÃO NA HISTÓRIA
O conceito que Israel tem de salvação foi enraizada em Êxodo - quando Deus libertou o seu povo do Egito e os guiou à terra prometida. Em Êxodo, Israel testemunhou a salvação do Senhor em primeira mão. Poetas e profetas freqüentemente falavam da salvação de Deus em relação à experiência em Êxodo. Outros eventos históricos ajudaram a moldar o entendimento de Israel sobre salvação.
A SALVAÇÃO ENFOCA AS NOSSAS NECESSIDADES
A bíblia diz que toda pessoa que já viveu é um pecador (Romanos 3:23). O pecado é resultado da desobediência aos comandos de Deus, por exemplo, mentir, enganar, roubar e invejar outra pessoa. O pecado nos separa de Deus já que Deus é santo e o pecado e a santidade não podem coexistir. A bíblia nos diz que o salário do pecado é a morte para todos (6:23).
Quando os Israelitas clamaram a Deus, eles esperavam e acreditavam que Deus os salvaria (Salmos 35:9; 65:5). Isso foi um ato de fé e abriu espaço para o ensinamento do Novo Testamento de aceitar a obra de Cristo na cruz pela fé (Efésios 2:8-9). Nós nunca merecemos o favor de Deus, a salvação é o seu presente para nós.
A SALVAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO
JESUS CRISTO E A SALVAÇÃO
O Novo Testamento nos ensina que Jesus Cristo é a fonte para a salvação (2 Timóteo 2:10; Hebreus 5:9). Como Filho de Deus, Jesus viveu uma vida sem pecado e perfeita. No entanto, Deus permitiu que Cristo pagasse pelos nossos pecados. Nós merecíamos a sentença de morte pelos nossos pecados, mas Jesus pagou o preço. Ele se tornou o nosso substituto. A bíblia diz que Jesus morreu na cruz para pagar o preço pelos nossos pecados (Romanos 5:8). Ele tinha que ser castigado para que nós pudéssemos ter paz com Deus.
O papel de Jesus na salvação é de "mediador" - o que nos representa diante de Deus (Hebreus 2:10; 7:25). A bíblia nos ensina que a salvação não é alcançada por esforço humano. É obra de Deus (1 Tessalonicenses 5:9) e é oferecida como presente para nós pela sua graça (Efésios 2:8-9). Desde o começo, a salvação era o plano incrível de Deus. Esse plano é mostrado nas escrituras (2 Timóteo 3:15) e é compartilhado por aqueles que contam da graça de Deus (Efésios 1:13).
A SALVAÇÃO NA BíBLIA
A bíblia usa muitos outros termos para nos dar uma mostra do que significa a salvação. A bíblia fala de se tornar vivo em Cristo. Jesus descreve isso como sendo "nascido de novo" (João 3:3). A justificação é um termo complicado que nos descreve diante de Deus inocentemente. A palavra redenção nos diz como fomos resgatados: Jesus nos redimiu. Ele comprou a nossa liberdade com a sua própria morte. A palavra reconciliação descreve a mudança do nosso relacionamento com Deus - agora somos reconciliados com ele. A palavra propiciação amarra o sistema do Velho Testamento de sacrifício animal com a descrição do Novo Testamento da morte de Jesus como uma maneira de se livrar da ira de Deus. Cada um desses termos (e outros) compartilha algo em comum com o conceito bíblico de salvação. Elas são como peças de um quebra cabeça que se unem para mostrar a pessoa e a obra de Jesus Cristo, o Salvador.

ÚLTIMAS SETE FRASES DE JESUS


Essas são as últimas palavras relatadas que Jesus falou da cruz. Essas sete sentenças (citadas abaixo da versão King James da bíblia) podem ser encontradas nos quatro evangelhos, apesar de não aparecer todas as frases em um só evangelho. As duas primeiras e a sétima só são encontradas no livro de Lucas; a terceira, a quinta e a sexta somente no livro de João; e a quarta tanto no livro de Mateus como no livro de Marcos. Diz a tradição que elas foram ditas na ordem que estão aqui, mas nós não sabemos por certo qual é realmente a ordem verdadeira. Também não sabemos se Jesus falou outras coisas da cruz ou se as sete sentenças são um resumo de um discurso mais longo. Porém, considerando a dor que ele sentia, não seria nenhuma surpresa se Jesus falou somente isso.
1. "Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem." (Lucas 23:34).
Essa é a única frase das sete que é questionada pelos estudiosos; Muitos dos melhores manuscritos gregos não a contém. Mesmo que haja alguma dúvida, certamente cabe no que conhecemos de Jesus e seu amor. Alguns versículos antes, Jesus se mostra mais preocupado com os outros do que com si próprio (Lucas 19:41; 22:50-51; 23:28). Jesus viveu os seus próprios ensinamentos e orava por aqueles que estavam torturando-o (6:27-28). Certamente que os soldados e os líderes judaicos não eram totalmente ignorantes de seus atos naquele momento (veja Atos 3:17), mas eles sabiam com certeza a real importância do que eles estavam fazendo. Para os cristãos, é sempre mais importante se lembrar de pedir a Deus que perdoe os seus inimigos do que dar motivos do porque aquela pessoa precisa ser perdoada. No final, o perdão não demanda uma razão; é a graça.
2. "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso." (Lucas 23:43).
Lucas não relata esse depoimento para nos dar uma teologia complicada sobre a vida após a morte, mas para nos mostrar como o Senhor responde à fé do ser humano. Um criminoso se junta à multidão que estava zombando e só consegue o silêncio de Jesus (Lucas 23:40), mas o outro reconhece não só a inocência de Jesus, mas que a cruz era só um prelúdio de se reino (23:40-42). Jesus prometeu a esse homem que ele estaria com ele no paraíso. Aqui é novamente a graça, pedida e recebida.
3. "Mulher, eis aí o teu filho. Eis aí tua mãe." (João 19:26-27)
João mostra Jesus totalmente no controle da situação durante a crucificação. Aqui ele calmamente cuida se sua mãe ao invés de focar no seu sofrimento. Maria também estava sofrendo enquanto a "espada" transpassou a sua alma (Lucas 2:35). Jesus agora muito mais como o seu Senhor do que como seu filho, se lembra de seu relacionamento natural e espiritual com Maria. Não sabemos o porque que os irmãos de Jesus não estavam ali para cuidar de Maria, ou porque que João foi escolhido para fazê-lo, mas talvez tenha sido porque ele estava ali na Golgotha e Jesus sabia que ele era confiável.
4. "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mateus 27:46; Marcos 15:34).
Já haviam se passado horas desde a primeira frase, e de repente Jesus gritou as primeiras palavras do Salmo 22:1. Marcos as relatou na língua nativa de Jesus, aramaico, enquanto Mateus as mudou para o hebraico. O significado do clamor é explicado como sendo uma expressão do sentimento humano, um depoimento de desaponto por Deus não ter o libertado, uma expressão de separação de Deus porque ele carregava o pecado de toda humanidade, ou como uma citação do salmo inteiro que termina triunfantemente. Apesar de o significado completo desse clamor ser um mistério somente conhecido por Jesus e se Pai, é provável que, porque o salmo é um clamor a Deus por vingança, Jesus esta pedindo por isso. Ele clama a Deus para mostrar que ele é verdadeiramente o escolhido de Deus. A petição é respondida: Deus ressuscitou seu Filho dos mortos três dias depois.
5. "Tenho sede." (João 19:28).
No começo da crucificação, ofereceram a Jesus um vinho com uma substância para que ele agüentasse a dor da crucificação. Ele recusou (Mateus 27:34; Marcos 15:23). Agora, severamente desidratado, Jesus aceita o vinagre dos soldados (João 19:29), que aguçaria os seus sentidos para o clamor final. Ele precisava daquilo, pois já fazia seis horas que ele estava pendurado ali. Talvez este seja o ponto na vida de Jesus aonde vemos mais claro a sua humanidade. João viu esse ato como um cumprimento do Salmo 22:15 (e talvez 69:21).
6. "Está consumado" (João 19:30).
João termina o relato da crucificação com este depoimento simples (uma única palavra no grego). Essa sentença naturalmente revela o alívio e a satisfação de Jesus de ter acabado a dor e a agonia, que a morte o livraria, mas João dá a palavra uma definição mais profunda. De acordo com João, Jesus estava no controle de toda crucificação. Jesus disse que ninguém poderia tirar a sua vida - que ele daria por escolha própria (João 10:18; 19:10-11). Sabendo que ele tinha cumprido totalmente a vontade do Pai, ele voluntariamente deu sua vida. O que estava consumado ali não era simplesmente a sua morte, nem a sua vida, nem a obra de redenção, mas a razão de ele estar aqui nesse mundo. O último ato de obediência foi realizado. Jesus declara a sua vida "terminada" e se retira do palco até a sua ressurreição que começa um novo ato.
7. "Pai nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lucas 23:46).
Lucas tem uma imagem diferente de João e dos outros escritores do evangelho sobre o fim. Mateus e Marcos terminam dizendo somente que ele deu um "grande brado". João termina com a obra consumada. Lucas termina dizendo que o grande brado foi uma citação do Salmo 31:5. A citação começa com "Pai", a palavra Aba, que é mais parecido com a nossa palavra "Papai" do que "Pai". O relacionamento de Jesus com Deus não é quebrado até o fim. Ele se entrega nas mãos do mesmo Pai que ele serviu em vida.

FILÍSTIA, FILISTEUS


A Filístia era um pequeno país no sudoeste da Palestina. Ela se localizava na costa do Mar Mediterrâneo. Os filisteus eram pessoas que viviam nesta área antigamente. A bíblia fala dos filisteus muitas vezes porque eles viviam muito perto dos israelitas. Havia guerra entre os israelitas e os filisteus freqüentemente por causa de terra. Em alguns casos, Deus usou os filisteus para conquistar os israelitas como punição pela desobediência de Israel a Deus e por causa de adoração a ídolos.
OS FILISTEUS E ISRAEL
A primeira vez que os filisteus são mencionados na bíblia é em Gênesis 10:14, aonde é dito que os filisteus eram descendentes dos casluins (1Crônicas 1:12). Tanto Abraão como Isaque tiveram contato com os filisteus em Gerar em incidentes paralelos envolvendo suas esposas (Gênesis 20:2; 26). Nessas histórias, no entanto, os filisteus não estão na costa e sim em Gerar (Gênesis 26:33). Nas duas referências, o rei de Gerar tem o nome de Abimeleque, que era um nome comum em Israel. Depois que os israelitas conquistaram Canaã, os filisteus começaram a exercitar a superioridade sobre os eles. Eles eram um povo agressivo que gostava de guerra, e eles tinham armas melhores. Eles usavam o ferro, e eles controlavam completamente a manufatura do ferro naquela área. O seu controle sobre Israel os permitiu proibir os israelitas de fazerem armas de ferro. Isso forçou os israelitas a irem a Filistéia até mesmo quando eles precisavam afiar ferramentas (1 Samuel 13:19-22). Os israelitas eram tão mau armados que só Saul e Jonatás é que tinham uma espada ou uma lança (1 Samuel 13:22). Arqueólogos acharam instalações para fazer ferramentas de ferro em Asdod, Tell Qasile, Tell Jemmeh e Tel Mor.
Quando os israelitas começaram a adorar ídolos, Deus usou os filisteus para punir o seu povo escolhido. Sangar libertou Israel matando seiscentos filisteus com uma aguilhada de bois (Juízes 3:31). As histórias sobre Sansão, mostram que ele teve muitos encontros com os filisteus (Juízes 13:1-16). Essa história também demonstra que havia casamentos entre israelitas e filisteus,o que era contra a lei de Deus para os israelitas no Velho Testamento.
As guerras entre Israel e os filisteus pode ser achada em 1 Samuel. Os filisteus ganharam esse rounde e capturaram a arca da aliança (1 Samuel 4:17), que foi retornado depois de sete meses porque Deus mandou pragas em cima deles (1 Samuel 5:1-6:21). Mais adiante quando Samuel se tornou o líder de Israel, os filisteus começaram um ataque em Mizpá, mas Deus deu a vitória a Israel. Nesta ocasião, Samuel colocou uma pedra memorial e a chamou de Ebenézer, que significa "Até aqui nos ajudou o Senhor" (1 Samuel 7:12). Os filisteus não invadiram Israel de novo durante a vida de Samuel, e Israel pegou de volta cidades que tinham sido tomadas pelos filisteus (1 Samuel 7:14). A maior atividade dos filisteus em território israelita veio durante o reino do Rei Saul, o primeiro rei de Israel. Mais de oitenta referências aos filisteus são relacionadas a aquele período. Os filisteus estabeleceram postos avançados ou fortes em várias partes de Israel (1 Samuel 10:5; 1 Samuel 13:3). Jônatas derrotou os filisteus em Geba (1 Samuel 13:3). Essa vitória ajudou os israelitas a vencerem os filisteus em batalhas posteriores (Gênesis 14:1-5).
Outro confronto entre os filisteus e Israel aconteceu no Vale do Carvalho, aonde os filisteus desafiaram Israel a encontrar um adversário que fosse a altura de seu campeão, Golias, num combate de um a um (1 Samuel 17:1-11). O jovem pastor Davi, matou Golias com a ajuda de Deus. Davi se tornou um herói nacional, mas Saul ficou com inveja e Davi se tornou um homem procurado. Enquanto ele evitava o exército de Saul, os homens de Davi resgataram a cidade de Queila dos filisteus (1 Samuel 23:1-5). Eventualmente, Daví pediu ajuda de Áquis, que era o rei de Gate, que deu a cidade de Ziclague a Daví que usou ali como sua base enquanto ele fazia ataques a Neguebe (1 Samuel 27).
Quando os filisteus estavam se preparando para a guerra contra Israel, Áquis pediu a Daví que se juntasse às forças filistéias e Daví concordou. Os senhores dos filisteus votaram a favor dessa decisão por que eles tinham medo que Davi se virasse contra eles (1 Samuel 28-29). Nessa batalha, Saul e seus filhos foram mortos no monte Gilboa pelos filisteus (1 Samuel 31:1-7). Os filisteus cortaram a cabeça de Saul, colocaram a sua armadura no templo de Astarote em Bete-sã e penduraram o seu corpo na parede daquela cidade (1 Samuel 31:8-11).
Quando os filisteus viram que Davi tinha se tornado rei, eles tentaram destruí-lo. Davi os venceu de Geba a Gezer (2 Samuel 5:17-25). Ele quebrou completamente o poder dos filisteus, e apesar de eles tentarem fazer uma guerra contra Israel, eles não tiveram sucesso (2 Samuel 21:15-21).
Não há muita referências dos filisteus nos livros proféticos, apesar de haver um capítulo pequeno no livro de Jeremias sobre eles (Jeremias 47:2). Os filisteus se misturaram gradualmente à cultura cananita e desapareceram das páginas da bíblia e da história também. No entanto, o nome Palestina, é uma lembrança de sua presença na terra antigamente.

FARISEUS E SADUCEUS

FARISEUS E SADUCEUS
Os fariseus e os saduceus eram dois grupos religiosos que foram mencionados no Novo Testamento. Ele conheceram Jesus e as vezes tentavam enganá-lo fazendo perguntas difíceis.
Muitas pessoas hoje em dia que estudam a bíblia ainda não sabem tudo sobre os fariseus e os saduceus. Ninguém tem certeza de quando esses grupos começaram. Estudiosos não sabem bem ao certo tudo no que os fariseus e os saduceus criam. Apesar de ser impossível saber tudo sobre eles, quando nós olhamos o que a bíblia nos conta, nós podemos ter um melhor entendimento desses dois grupos e as principais diferenças entre eles.
OS FARISEUS
Os fariseus foram um grupo de líderes religiosos que viveram na Palestina durante o tempo da vida de Jesus e o começo da igreja cristã.
OS FARISEUS NO NOVO TESTAMENTO
Os fariseus são descritos nos evangelhos constantemente como os antagonistas de Jesus. Os fariseus representavam o que a maioria dos judeus acreditava no século um. Eles também não eram pessoas muito morais. Por causo disto, a maioria dos dicionários bíblicos descrevem os fariseus como pessoas gananciosas e hipócritas que só estavam interessados em cumprir os detalhes literais das leis de Deus. Da mesma maneira, muitos cristãos acreditam que o comportamento dos fariseus é uma representação do comportamento de todas as pessoas que seguem o judaísmo.
Há vários problemas com essa percepção comum dos fariseus. Em primeiro lugar, os evangelhos em si não descrevem os fariseus desta maneira. Em segundo lugar há outras escritas judaicas, como a Mishna e o Talmud, que são positivas e louváveis. Em terceiro lugar, ficou claro para os estudiosos, especialmente depois da descoberta dos rolos no Mar Morto, que antes de 70 A.C., os fariseus eram somente um grupo pequeno na sociedade, que era muito heterogenia. Independente de sua popularidade, nós não devemos pensar neles como uma boa representação do judaísmo em geral.
OS SADUCEUS
Assim como os fariseus, os saduceus eram um grupo judeu que é mencionado muitas vezes no Novo Testamento, mas não no Velho Testamento.
OS SADUCEUS NO NOVO TESTAMENTO
Uma grande diferença entre os fariseus e os saduceus começa a aparecer em Mateus 22:23-33 (compare Marcos 12:18-27 e Lucas 20:27-38). Os saduceus, que queriam envergonhar Jesus com suas perguntas, fizeram uma pergunta a Jesus que mostrava a sua dúvida a respeito da ressurreição dos mortos. Os saduceus são descritos neste contexto como pessoas que disseram que não existia ressurreição após a morte. Eles perguntaram a Jesus sobre uma mulher que tinha se casado com sete sucessivamente. "Esposa de quem ela vai ser na ressurreição?" eles perguntaram. Perguntando isso, os saduceus estavam sugerindo que a ressurreição não poderia ser verdade. Jesus respondeu essa pergunta falando que sua visão errada era causada por serem ignorantes a cerca das escrituras e do poder de Deus.
Quando lemos o Novo Testamento, nós temos uma boa idéia sobre as principais crenças dos saduceus, sua posição em Jerusalém e as diferenças entre eles e os fariseus. Josefus, o historiador judeu, escreveu que os saduceus, diferentemente dos fariseus, não acreditavam no poder soberano de Deus. Ao invés disso, eles acreditavam que tudo que acontecia com as pessoas era o resultado do bem e do mal que faziam. Os saduceus disseram, "A alma morre com o corpo".
A outra fonte principal de conhecimento sobre os saduceus é o Mishna, que é a coleção de ensinamentos dos rabinos. O saduceus opunham a muitos regulamentos detalhados que os fariseus queriam que as pessoas seguissem. O Mishna também mostra que os saduceus tinham uma tendência maior a se comprometer com o jeito dos gentios que os grupos religiosos judaicos.

EVANGÉLICOS

EVANGÉLICOS

SUMÁRIO
O termo em si significa simplesmente "o povo das Boas Novas" e é usado para definir um forte grupo de cristãos que acredita na Bíblia e enfatiza a necessidade de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo.
Diz-se que a palavra começou a ser usada por Jesus, que "pregava as Boas Novas". Eram Boas Novas sobre um relacionamento com um Deus amoroso e perdoador. Essa era a mensagem que a igreja primitiva pregava durante o Império Romano. Ela nos chega através do inglês como "gospel", mas a palavra grega é "evangelion", o evangelho. Todos os que crêem nele e o transmitem são portanto chamados evangélicos.
O REAVIVAMENTO EVANGÉLICO
Historiadores falam de um reavivamento evangélico na Inglaterra em meados de 1700. Enquanto o Grande Despertamento estava agitando as colônias americanas, Whitefield e os Wesleys estavam inflamando a pátria-mãe também. Na Inglaterra, a teologia cristã estava se enveredando de um lado para um deísmo impessoal e do outro para um severo hiper-Calvinismo. Ir à igreja era mais um evento social do que um encontro espiritual. E na Inglaterra consciente de suas classes, igreja era para a camada mais alta.
Em seguida veio a pregação fervorosa de George Whitefield, que disseminou um avivamento entre os mineiros em Bristol. Quando partiu para as colônias, John Wesley ocupou o espaço com seu apurado senso de organização. Novos fiéis foram dividios em pequenos grupos para estudo bíblico e assumir responsabilidade. Logo o reavivamento se espalhava pela Inglaterra, com pessoas de todas as classes respondendo à mensagem do evangelho. As igrejas existentes não gostaram disso e novas igrejas foram formadas. Charles Wesley escreveu algumas centenas de hinos para uso desses cristãos na adoração.
Essa energia evangélica deu origem à Igreja Metodista, mas também revigorou muitos outros grupos cristãos e ministérios. No fim dos anos 1700 na Inglaterra, houve uma agitada atividade espiritual. Robert Raikes começou as Escolas Dominicais. Elizabeth Fry começou um ministério na prisão. William Carey iniciou as missões modernas. Um movimento para abolir a escravidão começou a ganhar força. Adicionalmente, alguns historiadores interpretam o Avivamento Evangélico como um fator que preveniu uma guerra de classes sangrenta tal como a que a França experimentou em 1789. O Avivamento Evangélico teria dados às classes pobres algo por que viver e motivado todas as classes a uma integração mútua.
FUNDAMENTALISMO
Depois daquele período excitante, o termo evangélico perdeu sua força por um tempo, até que começou a aflorar na América em torno de 1900. Houve reavivamentos periódicos na América nos anos 1800, mas nas últimas décadas daquele século surgiram forças que desafiaram a igreja. A Revolução Industrial estava transformando os fazendeiros ingleses numa força de trabalho urbana. Novas invenções estavam apresando o passo da vida. Cientistas estavam desmistificando a Bíblia, especialmente a estória da criação. Mesmo os teólogos estavam questionando antigos dogmas da igreja. Alguns pregadores estavam reduzindo o Cristianismo a uma reforma social, sugerindo que não importava no que se acreditava, se fosse mostrado amor pelos necessitados. Os melhores colégios da Inglaterra, muitos dos quais fundados por cristãos, agora ensinavam aos jovens que a Bíblia era somente um conjunto de mitos.
Várias vozes se levantaram contra essa posição doutrinária, mas a mais poderosa reação veio impressa. Em 1990 dois homens de negócio de Los Angeles fundaram a publicação "Os Fundamentais" - primeiro uma série de 9 artigos, depois um conjunto de doze livretos estabelecendo os "fundamentos da fé". A inspiração da Escritura, o nascimento virginal, a deidade de Cristo, a ressurreição - esses temas estavam entre as doutrinas pelas quais valia a pena lutar.
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ESPIRITO SANTO

ESPIRITO SANTO
O Espírito de Deus é Deus em ação dentro de nós, sobre nós ou em torno de nós. É Deus operando, fazendo coisas acontecerem no mundo. Não podemos ver o Espírito, mas podemos ver os resultados do seu poder. O Espírito de Deus estava presente quando o mundo foi criado. Deus enviou seu Espírito para fazer coisas poderosas entre seu povo, Israel. Mais tarde, Deus enviou seu Espirito quando Jesus viveu na terra e desde então o Espírito tem estado presente com os cristãos.
O ESPíRITO NO VELHO TESTAMENTO
A Bíblia usa a palavra "espírito" de três maneiras diferentes. É um vento de Deus, o sopro da vida e um espírito que enche uma pessoa com emoção forte e poder.
DESCRIÇÕES
No livro de Gênesis, foi o vento de Deus que fez com que as águas do Dilúvio parassem de subir (Gênesis 8:1). Este mesmo vento de Deus soprou gafanhotos por todo o Egito (Êxodo 10:13) e enviou codornizes para os israelitas comerem (Êxodo 14:21). Deus soprou vento de suas narinas para abrir as águas do Mar Vermelho de tal maneira que os israelitas pudessem atravessar em terra seca.
Em Gênesis 2:7, lemos que Deus criou o homem soprando Seu Espírito dentro dele. Os seres humanos só têm vida por causa do sopro da vida , ou espírito que está dentro deles. Através do seu Espírito, Deus é a fonte de toda a vida, tanto animal quanto humana.
No Velho Testamento o Espírito de Deus algumas vezes enchia as pessoas, fazendo com que elas dissessem ou fizessem coisas que normalmente não poderiam fazer, de modo a atender os propósitos de Deus. As pessoas cheias do Espírito passavam a ter grande responsabilidade por causa do Espírito que estava dentro delas. Líderes eram reconhecidos por causa do Espírito dentro deles. Em Juízes 3, O Espírito de Deus encheu um homem chamado Otniel. Ele se tornou juiz e foi capaz de vencer uma guerra e manter a paz em Israel durante quarenta anos. O Espírito de Deus também encheu outros juízes tais como Gideão e Jefté. Por causa do Espírito de Deus, eles foram capazes de conquistar seus inimigos. Algumas vezes, como no caso de Saul, Deus mandaria um espírito mau para preencher alguém a fim de que seus planos se cumprissem (I Samuel 16:14-16; Juízes 9:23; I Reis 22:19-23).
O ESPíRITO ATUANDO ENTRE OS PROFETAS
Os profetas no Velho Testamento tinham a tarefa de entregar mensagens do Espírito de Deus para o povo. Era importante para o povo saber a diferença entre um falso profeta e o verdadeiro profeta de Deus. O termo "Espírito Santo" é usado nos Salmos e em Isaías para separar o Espírito de Deus de qualquer outro espírito, tanto de homem quanto de Deus (Salmo 51:11; Isaías 63:10-11). Um falso profeta não tinha o Espírito Santo. Um profeta que tinha uma mensagem do Espírito Santo deveria ter o caráter de uma pessoa obediente a Deus. O povo poderia reconhecer o falso profeta pela avaliação de seu caráter bem como pela mensagem que ele entregava. Os profetas escreveram sobre o Espírito de duas maneiras significativas. O Espírito inspirava profecia que seria conhecida novamente no futuro, quando Jesus estivesse na terra. Os últimos profetas, como Ezequiel, Ageu e Zacarias, proclamaram que o Espírito era o inspirador da profecia. Isto significa que o Espírito lhes deu as palavras que proclamaram e registraram. O Espírito de Deus era responsável por tudo que os escritores da Bíblia registraram.
Os profetas também escreveram que Deus mostraria seu poder através do Espírito no futuro. Isaías profetizou que o Espírito viria outra vez para ungir um homem que traria salvação para todas as pessoas (Isaías 11:2; Isaías 42:1; Isaías 61:1). Ele estava falando de Jesus, o Messias. O Messias era o rei que os judeus estavam esperando. Através de Jesus, o Espírito teria liberdade sobre Israel (Ezequiel 39:29; Joel 2:28-29; Zacarias 12:10) como parte de uma nova aliança entre Deus e o homem (Jeremias 31:31-34; Ezequiel 36:26-27). A aliança era uma promessa de Deus de que mandaria seu Espírito para dirigir seu povo. Os israelitas haviam quebrado sua antiga aliança com Deus porque continuaram a desobedecê-lo. Sob a nova aliança, Deus prometeu perdoá-los.
Entre o tempo do Velho e do Novo Testamento, acreditava-se que o Espírito não estava mais presente em Israel. Durante aquele tempo a voz do Espírito não era mais ouvida através da voz dos profetas. Mas o Espírito foi conhecido de novo quando o Messias, Jesus Cristo, veio à terra.

ENCARNAÇÃO

ENCARNAÇÃO
A palavra "encarnação" significa literalmente "em carne". Teologicamente falando, a encarnação é a doutrina em que Deus, através de Jesus Cristo de Nazaré, se tornou Deus em forma de ser humano. A encarnação explica o mistério da identidade de Deus. A encarnação de Jesus é o centro do Cristianismo e também o centro de muitos debates tanto em tempos antigos quanto modernos.
TESTEMUNHO DO NOVO TESTAMENTO
OS LIVROS DE MATEUS, MARCOS E LUCAS
Em cada livro há uma imagem diferente de Deus. No livro de Marcos, que foi o primeiro a ser escrito, a encarnação não é discutida abertamente; este livro é mais focado em Jesus como ser humano. Como resultado disto, algumas pessoas presumiam que Marcos não acreditava na encarnação e também que os primeiros cristãos não acreditavam que Jesus era Deus. Mas, de fato, a divindade de Jesus é um aspecto muito importante no livro de Marcos, apesar de não ser muito ressaltado. Por exemplo, no batismo e na transfiguração de Cristo quando uma voz celestial o chamou de "Filho amado" (Marcos 1:11; 9:7). Demônios o chamam de Divino (Marcos 3:11; 5:7), assim como fez também um centurião romano (Marcos 15:39). As orações "Abba" de Jesus (Marcos 14:36; veja também Matheus 26:39; Lucas 22:42) nos mostra que ele chamava Deus de seu pai. Em seu julgamento ele foi acusado de reivindicar o título de "Filho do Deus Bendito" (Marcos 14:61-62).
A idéia de encarnação é claramente exposta nos livros de Matheus e Lucas. O livro de Matheus enfatiza que Jesus é o messias, o salvador prometido aos judeus. Ele também enfatiza o senhorio de Jesus (Matheus 23: 6-10). O evangelho de Lucas, por outro lado, se concentra em Jesus como o Redentor - o que salve toda raça humana, não só os judeus. A encarnação então é o meio em que o divino é feito humano (Lucas 1:23; 18:20; 24:14, 28:18-20). Dentre os três escritores dos evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas), Lucas é o que mostra interesse na vida terrena de Jesus. Ele retrata Jesus primeiramente como o Salvador divino que adentrou a história humana (Lucas 2:11, 4:16-30). Ele mostra que o Filho de Deus encarnado sofreu e foi exaltado para que os seres humanos fossem trazidos à Deus. AS ESCRITURAS DE JOÃO João escreve mais claramente sobre a doutrina de encarnação do que qualquer outro. No evangelho de João , nós aprendemos que Jesus não era só o Deus-homem, mas também o Verbo através do qual foi feito o mundo (João 1:1-18). Jesus e Deus Pai são um (João 10:29-30; 14:8-11; 1 João 2:23). Ele veio para revelar Deus ao seu povo (João 1:4-5, 14, 18). No entanto, João tem a apresentação mais balanceada sobre a Encarnação. Ele se "se fez carne" (João 1:14) para instruir seu povo (João 1:5,9) e gerar "vida eterna" no meio deles (João 3:14-18, 1 João 1-3; 4:9).
AS EPíSTOLAS DE PAULO
Nós vemos que todos os escritores do Novo Testamento tem um trabalho diferente a cumprir; Marcos - apresenta a pessoa de Jesus; Lucas - apresenta Jesus o Redentor ; e João - apresenta Jesus como Deus em carne. O apóstolo Paulo enfatiza que a encarnação foi um processo - o caminho de Jesus para o sofrimento e redenção. Em Gálatas 4:4-5, a encarnação ("nascido de mulher") veio na "plenitude dos tempos", para "resgatar os que estavam debaixo da lei". Em Filipenses 2:6-11, a encarnação é descrita como um processo em três partes: Jesus começa "na forma de Deus", é humilhado e obedece. O objetivo da encarnação era a Cruz, e seu resultado foi a exaltação de Cristo. A vida humana de Jesus foi um esvaziamento - ele não tomou posse de sua divindade, mas se esvaziou de si próprio.
HEBREUS
A carta aos Hebreus fala muito sobre a encarnação. Hebreus enfatiza a relação entre a encarnação e a necessidade dos seres humanos de ter um Salvador. O propósito da carta de Hebreus é mostrar que Jesus é maior que os sacrifícios do Velho Testamento e ao mesmo tempo enfatizar sua obra de salvação. A encarnação foi o caminho de Cristo para a expiação final e vitória sobre o pecado (Hebreus 7:28; 9:26).

FESTAS E FESTIVAIS DE ISRAEL

FESTAS E FESTIVAIS DE ISRAEL
Deus desejava que seu povo tivesse dias especiais em que o trabalho seria interrompido e o tempo gasto em se lembrar Dele. Então, deu-lhes feriados especiais. Na Bíblia, esses feriados são mencionados como "festas" ou "festivais". Isto não significava necessariamente que havia uma quantidade de comida ou que tinham uma grande festa, embora alguns desses feriados os incluíssem. Quase sempre o feriado tinha a função de ser uma lembrança especial do que Deus tinha feito para ajudar Israel no passado.
AS FESTAS E SUAS FUNÇÕES
Com exceção de celebrações particulares, tais como casamentos ou nascimentos, toda a nação de Israel participava das festas ou festivais. Frequentemente a festa comemorava um evento particular ou celebrava um importante ideal da nação. As pessoas conversavam sobre Deus e sobre o que Ele esperava de Seu povo e também aproveitavam aquela oportunidade para contar aos seus filhos o que Deus havia feito. As pessoas não tinham livros que pudessem ler, então as crianças ouviam estórias para aprender de Deus. Os feriados davam às pessoas a oportunidade de contar as grandes estórias da fidelidade de Deus por elas. As celebrações de Israel constantemente faziam-nas relembrar de seu relacionamento com Deus.
As festas do antigo Israel eram celebrações alegres. Usualmente suas festas comemoravam tempos específicos quando Deus os alcançou poderosamente para intervir por seu povo ou tempos em que cuidou deles durante grande dificuldade e perigo. Cada vez que a nação inteira celebrava junto dessa forma, eles se uniam espiritualmente e isto era uma grande fonte de força para a nação.
OS FESTIVAIS NO VELHO TESTAMENTO
FESTIVAIS HABITUAIS
O s israelitas tinham uma série de celebrações - o que pode parecer surpreendente quando se pensa quão duro o povo tinha que trabalhar para sobreviver. No entanto talvez essas celebrações fossem uma bem-vinda parada nesse trabalho.
Um casamento era uma das ocasiões mais óbvias para celebrar. Frequentemente uma cidade inteira era convidada (Gênesis 29:22). Algumas festas de casamento duravam uma semana (Juízes 14:17). O aniversário de uma pessoa era outra ocasião para celebração, frequentemente muito festiva, mais ainda se uma pessoa da realeza estivesse envolvida (Gênesis 40:20). Outras celebrações mencionadas na Bíblia incluem festas para os servos quando o rei assim o desejava (I Reis 3:15), um enorme festival quando Salomão dedicou o templo (I Reis 8:65), festas feitas por reis e rainhas para marcar certas ocasiões ou para mostrar benevolência aos outros (Ester 1:3; 2:18; 5:4, 14; 7:2,7; Daniel 5:1). Mesmo a tosquia da primeira ovelha era motivo para festa (Deuteronômio 18:4).
FESTIVAIS CELEBRADOS ANTES DO EXíLIO
Deus deu esses festivais a Israel e ordenou que fossem celebrados (Levítico 23:1-2). Eles se concentravam na pessoa de Deus. Tinham o propósito de lembrar o povo do que Deus fizera por eles no passado e a ajudá-los a saber que bênçãos contínuas e proteção de Deus dependiam de sua obediência à vontade Dele.
SÁBADO
Primeira na lista de celebrações encontradas em Levítico 23:1 é a ordem para que o povo observasse o Sábado. É o sétimo dia no qual Deus descansou do seu trabalho de criação (Gênesis 2:3). Entre os Dez Mandamentos de Moisés, o quarto é lembrar do Sábado "para o santificar" (Êxodo 20:8-11). Isso significava que o povo não devia trabalhar naquele dia. Lembrava-lhes que Deus descansou da criação (31:17) e que livrou seu povo da escravidão no Egito (Deuteronômio 5:12-15).

Aliança, Nova Aliança



Aliança é um acordo entre duas pessoas que se comprometem a fazer certas coisas em benefício mútuo. É um compromisso extremamente sério que requer confiança, fidelidade e lealdade. Quando cada pessoa envolvida cumpre sua parte, é abençoada com uma relação profunda e maravilhosa. Quando os acordos não são mantidos, as conseqüências são extremamente severas.
Alianças são um tema importante na Bíblia, tendo Deus feito com Noé a primeira aliança relatada nas Escrituras. Deus também fez alianças com Abraão, com o Rei Davi e os israelitas. Entretanto a mais importante de todas foi feita com todas as pessoas através da missão de Seu Filho, Jesus Cristo.
A aliança de Deus dá a cada pessoa a oportunidade de ter uma relação íntima com Ele, o que dá significado à nossa vida e nos proporciona diretrizes de conduta. Se aceitarmos Sua aliança, Ele nos abençoará aqui na terra e viveremos com Ele no céu eternamente.
DIFERENTES TIPOS DE ALIANÇAS
Uma aliança não é um relacionamento comum. É um compromisso de responsabilidade e ação assumido entre duas pessoas ou entre Deus e Seu povo. Na Escritura, as alianças proporcionam um quadro exato do relacionamento da espécie humana com Deus e uma boa maneira de entender esse relacionamento é entender as alianças entre pessoas.
ALIANÇAS HUMANAS
A aliança é um pacto de confiança, responsabilidades e benefícios que une duas pessoas. Isto se aplica tanto a amizades pessoais como a acordos internacionais de comércio. Há três formas diferentes de alianças interpessoais: entre amigos, consigo mesmo e políticas. ALIANÇAS ENTRE AMIGOS
A aliança entre Davi e Jônatas (I Samuel 18:3) não só selou para sempre aquela amizade, mas deixou claro que poderiam ser leais um com o outro independente das circunstâncias. O Rei Saul, pai de Jônatas, tinha ciúme de Davi e queria matá-lo. Por causa da aliança que fizeram, Jônatas salvou a vida de Davi aconselhando-o a correr e se esconder.
ALIANÇAS CONSIGO MESMO
É comum as pessoas tomarem resoluções no Ano Novo fazendo uma aliança consigo mesmas. Quando pecam, elas prometem que não farão aquilo de novo. Jó prometeu a si próprio agir de maneira mais divina (Jó 31:1). ALIANÇAS POLíTICAS
As alianças também podem ser feitas entre um governante e seu povo ou entre duas nações. Quando Davi se tornou rei de Israel, prometeu governar de maneira justa e de acordo com a lei de Deus. O povo prometeu submeter-se à autoridade de Davi. As alianças entre as nações no Velho Testamento eram semelhantes aos modernos tratados e acordos. O Rei Salomão fez um acordo comercial com Hiram, rei de Tiro (I Reis 5:12).
ALIANÇAS COM DEUS
À semelhança das alianças entre os homens, a aliança feita com Deus, além de ser mais séria e significativa, contém promessa e obrigações a serem cumpridas. As bênçãos de Deus são grandes e as consequências por não manter a aliança são mais duras.
AS ALIANÇAS NO VELHO TESTAMENTO
O Velho Testamento conta sobre o envolvimento de Deus na trajetória dos israelitas, com os quais fez alianças em diversos momentos cruciais da história, dirigindo-os e abençoando-os. Essas alianças mudavam quando o relacionamento do povo com Deus se modificava. Deus fez alianças com diversas pessoas, mas a idéia central implícita era que Ele queria estabelecer um relacionamento profundo com seu povo para que O glorificasse através de suas vidas. A primeira aliança que Deus fez foi com Adão e Eva no Jardim do Éden (Gênesis 3:3). A desobediência deles gerou enormes consequências. O povo foi separado de Deus pelo pecado e não era capaz de restabelecer o relacionamento por si próprio. Desse episódio em diante cada aliança feita resultava da graça de Deus pelo homem pecador.
As desobediências continuaram e Deus quis dar uma nova chance. Noé construiu uma arca e ocupou-a junto com sua família, escapando do dilúvio (Gênesis 9:11). O sinal dessa aliança foi o arco-íris. Gênesis 15 conta sobre a visita de Deus a Abrão, a quem prometeu fazer pai de uma grande nação (Gênesis 17:5) e conduzi-lo a terras maravilhosas (Gênesis 12:2). Apesar de algumas situações improváveis a olhos humanos, Abrão confiou em Deus, teve o seu nome mudado para Abraão, foi obediente a Deus a ponto de levar seu filho para ser sacrificado, atendendo a ordem de Deus. Foi recompensado pelo cumprimento da aliança com Deus que lhe deu milhares de descendentes. No Monte Sinai foi feita a aliança mais importante de Deus com o povo de Israel, através de Moisés. Ali o povo recebeu os Dez Mandamentos, diretrizes de vida que durariam por um longo tempo. Recebeu também uma lista mais extensa de leis registrada em Êxodo 21: 1-23, que lhes lembrava que estando num relacionamento com Deus deveriam ser íntegros e totalmente obedientes e fiéis. "Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa"(Êxodo 19:6). Quando Davi se tornou rei de Israel, Deus fez nova aliança com o povo e prometeu que os descendentes de Davi seriam também reis (II Samuel 23:5), o que aconteceu até que Israel foi conquistada pela Babilônia. Mesmo assim a promessa se cumpriu, pois foi desse povo formado por exilados e escravos, que nasceu Jesus, Rei para toda a eternidade.
A NOVA ALIANÇA
A "nova aliança" se refere à obra redentora de Jesus Cristo através da sua morte e ressurreição, estendendo a graça de Deus incondicionalmente a todas as pessoas. Apesar da constante desobediência do povo, através dos profetas, Deus demonstrou sempre o desejo de restaurar o relacionamento proporcionando completo perdão para todos os pecados. O profeta Jeremias, que foi testemunha de um dos piores períodos da história de Israel, foi um dos que falou ao povo sobre essa nova aliança prometida por Deus. "Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá" (Jeremias 31:31).
A REALIZAÇÃO DA NOVA ALIANÇA
Jesus nasceu para tornar real essa nova aliança. Sua morte e ressurreição trouxeram mudanças radicais à aliança feita no Velho Testamento. Ela foi escrita não em tábuas, mas no coração das pessoas. A antiga aliança requeria o sacrifício de animais; na nova aliança, a morte de Jesus proporcionou o perfeito sacrifício para todos os pecados em todos os tempos.