quarta-feira, 18 de abril de 2012

PROFECIA



Profetizar significa proclamar ou anunciar a mensagem de Deus. Os profetas falam (ou repetem) o que Deus lhes disse. Um profeta é o porta-voz de Deus para o mundo. Profecia é a mensagem.

A PROFECIA NO VELHO TESTAMENTO
Profecia, com seus termos correlatos (profeta, profetizar e profético) se deriva de um grupo de palavras gregas que, no grego secular, significam proclamar ou anunciar. No grego bíblico, entretanto, estas palavras sempre expressam falar ou anunciar algo sob a influência de inspiração espiritual.
Uma das declarações mais claras e mais significativas sobre a natureza da inspiração profética no Velho Testamento está em Números 12:6-8:
Então (o Senhor) disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós há profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me faço conhecer, ou falo com ele em sonhos. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente, e não por enigmas; pois ele vê a forma do Senhor.
Nesta passagem se encontram muitas idéias importantes sobre a natureza da inspiração profética:
1. O dom profético de Moisés foi único pois só ele recebia revelações diretamente de Deus.
2. Comumente, a revelação profética vinha através de um sonho ou visão.
3. O significado da revelação profética não é sempre totalmente clara; a profecia algumas vezes é ambígua.
Idéias posteriores sobre a natureza da revelação profética encontram-se em Deuteronômio 18:18: "Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhes ordenar." Essa passagem é interessante porque Jesus era identificado como Moisés que veio para preencher o que havia sido predito (Atos 3:22; Atos 7:37). A referência histórica mais imediata é à sucessão de profetas que lideraram Israel de Josué a Malaquias. A frase "Porei as minhas palavras na sua boca" se refere ao processo de divina inspiração e é reminiscência da fórmula profética comum no Velho Testamento: "O Senhor disse a (tal profeta)" (veja exemplos em I Samuel 15:10; II Samuel 24:11, I Reis 19:9; Jonas 1:1; Ageu 1:1; Ageu 2:1; Ageu 2:20; Zacarias 7:1; Zacarias 8:1). Um profeta é alguém que fala (ou repete) tudo o que Deus lhe disse.

MODOS DE INSPIRAÇÃO PROFÉTICA
Sonhos eram um modo reconhecidamente comum de inspiração por todo o mundo antigo, embora se desse mais atenção a eles na Grécia do que em Israel. Os sonhos na Bíblia se dividem em duas grandes categorias: sonhos cujo significado é evidente e sonhos simbólicos que normalmente requerem a competência de um intérprete.
Nos sonhos cujo significado é evidente, normalmente um ser sobrenatural (Deus ou um anjo) aparece ao sonhador e fala com ele de uma maneira direta.
Mais frequentemente, no entanto, os sonhos têm elementos simbólicos que requerem interpretação. Os dois grandes intérpretes de sonhos são José e Daniel; o último é um profeta. Os dois sonhos simbólicos que José teve (Gênesis 37:5-11) tiveram significado suficientemente evidentes de tal maneira que seus irmãos e pai foram capazes de interpretá-los imediatamente. Mais complexos foram os sonhos do mordomo e do padeiro (Gênesis 40:1-19) e do Faraó (Gênesis 41: 1-36), que José foi capaz de interpretar com a ajuda de Deus. Semelhantemente, Daniel foi capaz de interpretar os sonhos de Nabucodonozor (Daniel 2:25-45, Daniel 4: 4-27).

PENTECOSTAIS



VISÃO GERAL
Com apenas cem anos de idade, o movimento moderno pentecostal tem milhões de adeptos no mundo inteiro, que alegam uma experiência mais densa da fé cristã através do batismo do Espírito de Deus e o sinal dado por Deus de falar em línguas. O movimento inclui muitas denominações assim como pequenos grupos e indivíduos dentro das principais denominações. Apesar de criticado por outros crentes, os pentecostais e os carismáticos trouxeram a cristandade uma emoção fervorosa e uma maneira criativa de adoração.
A EXPERIÊNCIA PENTECOSTAL
Uma igreja em Los Angeles convidou um pregador afro-americano chamado William J. Seymour para os liderarem. Seymour estava estudando naquela época com Charles F. Parham, que estava ensinando sobre o batismo no Espírito e línguas. Quando ele chegou a Los Angeles, Seymour começou a ensinar a mesmo doutrina, mas muitos membros da igreja ficaram incomodados com aquilo. Quando foi mandado embora da igreja, Seymour começou a fazer reuniões nas residências. As pessoas arrebanharam-se para essas reuniões por três dias em seguida, até que eles tiveram que se mudar para um prédio antigo em Azuza Street. O reavivamento continuou por três anos.

A notícia se espalhou mundialmente e as pessoas continuavam, vindo, alguns por curiosidade sem dúvida, outros com um desejo genuíno pelo derramamento do Espírito de Deus. Muitos levaram essa experiência de volta pra casa e montaram suas próprias assembléias ao redor do mundo.

Igrejas estabelecidas criticaram o novo movimento pela sua teologia antiortodóxa. O falar em línguas normalmente era acompanhado por tremores, latidos ou risadas ou até mesmo pessoas caindo no chão. As críticas mais duras , ironicamente, vieram das igrejas que eram mais achegadas aos pentecostais. Essas igrejas estavam pregando a necessidade de uma segunda benção depois da salvação, um momento de santificação quando uma pessoa fazia um comprometimento ao discipulado e a santidade. Muitos dos primeiros pentecostais saíram dessa tradição procurando uma experiência nova, uma "terceira benção", uma evidência do batismo no Espírito através de falar em línguas.

Como é de se esperar, nos primeiros anos do movimento pentecostal, foram tão desorganizados quanto energéticos. As pessoas não queriam hierarquia ou estrutura para atrapalhar o trabalho do Espírito. Portanto, qualquer pregador com o dom poderia juntar uma congregação. Qualquer um que alegasse ter o poder de cura poderia fazer cultos. Até hoje existe muitas igrejas pentecostais independentes e pequenas denominações.

O MOVIMENTO CARISMÁTICO
A Segunda onda aconteceu em 1960, numa igreja episcopal. Dennis Bennet, um vigário da Califórnia, experimentou o batismo no Espírito e o falar em línguas e compartilhou isso com a sua congregação. Em semanas, 70 membros de sua igreja estavam falando em línguas. Apesar da atividade carismática não ser permitida durante a missa, formaram-se grupos de oração aonde membros poderiam compartilhar esses dons espirituais. Isso foi uma grande notícia, não só dentro da igreja, mas na mídia secular também.

Isso causou uma tensão dentro da igreja e alguns membros, incluindo Bennet saíram da igreja.

Em 1966 um grupo de estudiosos católicos da Universidade de Duquensne começaram a estudar esse movimento e muitos deles próprios se tornaram carismáticos. O movimento se espalhou através das universidades católicas e de lá para muitas igrejas.
O BÁSICO DA FÉ
O termo pentecostal geralmente se refere a primeira onda, começando em Azuza Street, e gerando denominações como a Assembléia de Deus. Carismático se refere a segunda onda, pessoas que pertenciam a outras denominações, mas adicionaram o batismo no Espírito a sua experiência cristã.

Os pentecostais e os carismáticos também acreditam que todos os dons espirituais mencionados no Novo Testamento ainda são distribuídos entre os que crêem, incluindo o dom da cura, interpretação de línguas e profecia.

POBREZA



Ser pobre significa que algo esta faltando em nossas vidas. Freqüentemente queremos consertar o que esta faltando. A bíblia foca em dois tipos de pobreza - pessoas que não tem as necessidades básicas (como comida e roupas) e pessoas que estão necessitadas de Deus (pessoas que não tem a presença do Espírito Santo em suas vidas). Somos chamados - comandados - a ajudar o máximo que pudermos esses dois tipos de pessoas pobres.

DEUS NÃO LIGA QUE EU SOU POBRE? EU ME SINTO TÃO SÓ QUANDO NOTO QUE TANTAS OUTRAS PESSOAS PARECEM TER TUDO ENQUANTO EU ESTOU AQUI LUTANDO.
Isaias 25:4...Foste a fortaleza do pobre, ...refugio contra a tempestade e a fortaleza contra o calor.
Hebreus 13:5...Seja a vossa vida sem avareza, contentando-vos com o que tendes, pois ele mesmo disse: "Não te deixarei, nem te desampararei."
Romanos 8:35-37... quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?... Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.

DEUS SE IMPORTA REALMENTE COM OS POBRES?
Salmos 35:10É Ó Senhor, quem é como tu, que livras o fraco daquele que é mais forte do que ele? sim, o pobre e o necessitado, daquele que o rouba.
Salmos 40:17... Eu, na verdade, sou pobre e necessitado, mas o Senhor cuida de mim.
Salmos 72:12... Porque ele livra ao necessitado quando clama, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude.
Salmos 102:17... atendendo à oração do desamparado, e não desprezando a sua súplica.
Salmos 113:6-8.. que se inclina para ver o que está no céu e na terra? Ele levanta do pó o pobre, e do monturo ergue o necessitado, para o fazer sentar com os príncipes, sim, com os príncipes do seu povo.

DEUS SE IMPORTA PROFUNDAMENTE COM OS POBRES E TAMBÉM DÁ ORDENS A TODOS OS CRENTES PARA QUE TOMEM CONTA DELES.
QUAL É A MINHA RESPONSABILIDADE PARA COM O POBRE?
Levíticos 25:39... Também, se teu irmão empobrecer ao teu lado e vender-se a ti, não o farás servir como escravo.

Provérbios 19:17... O que se compadece do pobre empresta ao Senhor, que lhe retribuirá o seu benefício.

Provérbios 22:9... Quem vê com olhos bondosos será abençoado; porque dá do seu pão ao pobre.

Isaias 58:10... e se abrires a tua alma ao faminto, e fartares o aflito; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio dia.

Mateus 7:12ÉPortanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas.

Tiago 2:1-9...Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo por isso condenados pela lei como transgressores.

CRISTO SE TORNOU POBRE POR NOSSA CAUSA, PARA QUE NÓS NOS TORNÁSSEMOS RICOS ESPITUALMENTE.
Deus tem compaixão pelos pobres, portanto se nós queremos ser como Deus, nós também temos que ter compaixão por eles. Ajudar os pobres não é meramente uma obrigação mas sim um privilegio que deveria nos dar grande alegria.

2 Coríntios 8:9 ... pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua pobreza fôsseis enriquecidos.

Deus se esvaziou de riquezas celestiais para vir à terra como um bebê. Ele escolheu viver uma vida simples e não cheia de riqueza e prestigio. Sua morte foi como a de um criminoso para que nós herdássemos a vasta riqueza da vida eterna.

PROMESSAS DE DEUS:
Salmos 41:1... Bem-aventurado é aquele que considera o pobre; o Senhor o livrará no dia do mal.

DEUS AJUDA AQUELE QUE AJUDA AO POBRE.
Provérbios 28:27... O que dá ao pobre não terá falta; mas o que esconde os seus olhos terá muitas maldições.

Salmos 72:12... Porque ele livra ao necessitado quando clama, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude.

DEUS LIVRA OS POBRES QUANDO ELES CLAMAM À ELE.
2 Coríntios 8:9É pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua pobreza fôsseis enriquecidos.

QUEDA DO HOMEM




SUMÁRIO
A Queda é o fato que torna os homes maus e pecadores. Quando caímos, deixamos de ser sem pecado e inocentes à vista de Deus e nos tornamos maus aos olhos de um Deus santo. Na história humana, isto aconteceu quando Eva e Adão comeram o fruto que Deus lhes disse que não comessem. A Queda trouxe morte ao mundo; somente criaturas pecadoras podem adoecer, sofrer e morrer.
EVIDÊNCIA BíBLICA
O livro de Gênesis nos mostra que a humanidade foi criada à imagem de Deus para ter amizade e comunhão com Deus.
Foi-nos dado controle sobre a terra para cultivar e usar seus recursos para a glória de Deus. Também nos foi dito para não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal - uma ordem que deu aos homens a habilidade de disobedecer a Deus; sem esta habilidade não seríamos capazes de servir a Deus sem pensar. Obedecendo essas ordens, os homens seriam capazes de aproveitar todas as bênçãos que Deus dá e viver para sempre com Ele.
Satanás, entretanto, usou essa ordem para tentar Adão e Eva a se rebelarem contra Deus. Parece que Satanás queria tornar os homens seus escravos e estender seu reino de trevas para a Terra, arruinando uma parte da criação de Deus. Satanás se aproximou de Eva, tomando a forma de uma serpente, e induziu-a a comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Eva então tentou Adão.
A diferença entre o bem e o mal não foi ocultada do homem antes da queda, embora o conheciemtno experimental do homem se restingisse somente ao bem. Adão receberia instrução sobre a natureza dessa diferença e das consequências de comer ou não comer somente através de Deus. Assim como no início recebeu a vida do seu Criador, agora deveria viver em obediência a toda palavra que procedia da boca de Deus. O objetivo da tentação era apressar a independência de Deus. Satanás questionou a verdade de Deus e desafiou sua autoridade. Ele levou o homem a pensar que poderia determinar por si próprio a diferença entre o bem e o mal e que poderia controlar as consequências de sua própria vantagem. Para o homem era a tentação ser deus de si mesmo.
Rebelando-se contra Deus, Adão e Eva mostraram deslealdade, falta de fé e descrença, tudo num só ato. Dessa maneira, obediência estrita a Deus deu lugar a rebelião total e completa revolta. Dessa forma, a humanidade rejeitou a autoridade de Deus; duvidou da Sua bondade; questionou a Sua sabedoria e se posicionou contra a verdade de Deus. Uma nova maneira de pensar, sentir e reagir se apossou do coração e mente do homem - uma maneira nova e má.

EFEITOS DA QUEDA
Depois disso, os sentimentos de ousadia e confiança de Adão e Eva para com Deus desapareceram. Eles se sentiram envergonhados na presença de Deus e separados dEle. Foram amaldiçoados e expulsos do Jardim do Éden e condenados a morrer.
Estas consequências se estenderam além de Adão e Eva aos seus descendentes - toda a raça humana. Teólogos argumentam sobre a exata natureza do relacionamento entre Adão e Eva e o restante da raça humana, mas há consenso de que o pecado deles faz com que todas as pessoas nasçam com uma natureza pecadora.
As tarefas dadas a Adão e Eva - reproduzirem-se e usarem a terra para a glória de Deus - foram também tornadas dolorosas e difíceis pela queda. Ter filhos, antes uma tarefa fácil, tornou-se algo trabalhoso, e somente com trabalho duro se faz a provisão de alimento, roupas e abrigo. Mas há uma esperança. Adão não só ouviu a maldição de morte, mas também ouviu de Deus a promessa de um Salvador (Gênesis 3:15).
Depois de Gênesis 3, a Bíblia só menciona a queda da humanidade ocasionalmente, mas ela é o início e o fundamento de tudo que se segue. A Bíblia focaliza o futuro - os efeitos multiplicadores do pecado e o desdobramento da solução de Deus para isso.

PROMESSA



Uma promessa é uma declaração de uma pessoa para a outra que alguma coisa vai ou não vai ser feita.
PROMESSA NO VELHO TESTAMENTO
O ponto alto do tema promessas no Velho Testamento pode ser visto na primeira promessa do evangelho feita a Adão e Eva no Jardim do Éden imediatamente após a queda (Gênesis 3:15). Promessas subseqüentes são a aliança que Deus fez com Abraão (Gênesis 12,15 e 17) e com Davi (2 Samuel 7:1) seguida da promessa de uma nova aliança (Jeremias 31:31-40).
A PROMESSA DE UMA NOVA ALIANÇA
Em Jeremias31:31-37, é prometido que em dias futuros o Senhor faria uma nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. O conteúdo dessa aliança reenfatiza e extende as promessas básicas da aliança anterior: "Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: "Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo...pois lhes perdoarei a sua iniqüidade, e não me lembrarei mais dos seus pecados." (Jeremias 31:33-34). Aparentemente, a nova aliança de Jeremias é para ser vista como uma reafirmação da mesma promessa básica incluída nas alianças Abraonicas e Davídicas.

A nova aliança foi inaugurada com a primeira vinda de Cristo, e os que crêem em Cristo são agora recebedores pelo Espírito Santo das bênçãos da nova aliança (Hebreus 8:6-13). A realização final e completa dessas bênçãos espera o retorno de Cristo, o estabelecimento completo do seu reino na sua forma externa e final, e a vida nos novos céus e novas terras.

O TEMA PROMESSA NO NOVO TESTAMENTO
Os escritores do Novo Testamento se referem às promessas Velho Testamento de uma maneira que indica que eles não viam essas promessas como sendo afirmações separadas e isoladas, mas sim porções de uma promessa unitária que são realizadas no final em Cristo (Lucas 1:54-55, 69-73; 2 Coríntios 1:20). Jesus é a realização das promessas feitas aos patriarcas e a Davi, e essas promessas são para ser vistas conseqüentemente como tendo ele como o único ponto focal. Nos livros de Gálatas e Efésios, Paulo desenvolve uma idéia mais detalhada dizendo para os gentios cristãos que são feitos "co-herdeiros e membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho;" (Efésios 3:6). Inclusive, Paulo fala que os gentios que confiavam em Cristo são descendentes de Abraão e herdeiros conforme a promessa (Gálatas 3:29), e ele vai mais longe igualando o evangelho com a promessa dada a Abraão quando ele fala "Ora, a Escritura, prevendo que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou previamente a boa nova a Abraão, dizendo: Em ti serão abençoadas todas as nações." (Gálatas 3:8). Esses e outros textos no Novo Testamento estabelecem a ligação forte entre a vinda de Cristo e o cumprimento da promessa. As promessas de Deus acham o seu ponto de convergência em Cristo e em tudo que ele fez e ainda fará para o seu povo.

Um outro aspecto da promessa particularmente enfatizado no Novo Testamento diz respeito à vinda do Espírito Santo. Paulo se refere aos crentes como sendo selados com o Espírito Santo prometido (Efésios 1:13), e como recebendo a promessa do espírito (Gálatas 3:14). O dom do Espírito Santo não é somente o cumprimento de uma promessa do Novo Testamento (Isaías 32:15), e de Cristo em si (Lucas 24:49), mas é também uma promessa de algo no futuro. Paulo fala da presença do Espírito Santo dentro do que crê como uma garantia da herança (Efésios 1:14). O Espírito Santo é a primícia da glória futura (Romanos 8:23)

Um aspecto final da promessa no Novo Testamento diz respeito a garantia da segunda vinda de Cristo e o estabelecimento dos novos céus e das novas terras (2 Pedro 3:4, 9, 13).

CIDADE



A Bíblia geralmente não faz distinção entre cidade, vila e povoado. A ênfase sobre muros (Levítico 25: 29-31) e fortificações (Josué 19:35), com repetidas referências a torres, portões e sítios, indicam que as cidades providenciaram segurança primária para as vilas e lugares circunvizinhos.

ORIGEM E ANTIGUIDADE PRÉ-REQUISITOS PRÁTICOS
A existência de comunidades estabelecidas dependia do suprimento controlado de alimento. Em contraste com o habitante da cidade, o nômade vivia numa tenda portátil, apropriada para uma incessante busca de alimento. Abraão é exemplo de uma experiência seminômade: "Ele aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador" (Hebreus 11:10).
A PRIMEIRA CIDADE BíBLICA

Em Gênesis 4:17 está a primeira referência a uma cidade. Caim "estava construindo" a cidade, que provavelmente não terminou nem na qual residiu permanentemente, pois tinha sido condenado a uma existência errante (vers.12). A primeira prole humana, Caim e Abel, estava envolvida na produção de alimento (Gênesis 4:2). Caim era lavrador e Abel apascentava rebanhos. Gênesis 4 mostra as diversas atividades dos habitantes daquela cidade: confecção de tendas estava associada a Jabal (vers. 20), música a Jubal (21) e artefatos em metal com Tubalcaim (22).
EVIDÊNCIA ARQUEOLÓGICA

O testemunho da arqueologia geralmente confirma a data de origem das cidades. A cidade mais antiga descoberta em Canaã foi Jericó. Com o uso de carbono-14 para análise de peças de madeira do local, Katheleen Kenyon atribuiu uma data anterior a 7000 AC. Embora menor do que 4 hectares, era uma cidade bem desenvolvida com um impressionante muro de 1,8m de espessura e uma torre redonda de pedra de quase 9m de altura equipada internamente com uma escada da base ao topo. Jericó parece ser 3.000 anos mais antiga que outras cidades cananitas. A maioria das cidades sumerianas tais como Ur, Ish, Lagah e Ereque foram fundadas mais tarde, no quarto ou terceiro milênio AC.
LOCALIZAÇÃO E NOME PRÉ-REQUISITOS TOPOGRÁFICOS

Há quatro considerações básicas na seleção de um local para uma cidade.

1. A situação topográfica da cidade antigamente tinha que contribuir para a sua defesa. Construída numa colina natural, uma cidade tendia a ser menos vulnerável do que num vale. Vantagem substancial era dada aos defensores se um inimigo era forçado a atacar num aclive.

A topografia de Jerusalém ilustra o fator de segurança da seleção de um lugar. Embora rodeada de montanhas mais altas (Salmo 125:2), Jerusalém originalmente foi fundada num cume de calcário protegido a leste pelo Vale de Kidron e a oeste pelo igualmente formidável Vale de Tyropoean. Os dois vales se encontram protegendo Jerusalém ao sul. Para completar a segurança, muros foram construídos em torno da cidade, com ênfase especial ao norte, onde ao contrário Jerusalém não tinha proteção (II Samuel 5:6).

2. Uma nascente de água convenientemente localizada era uma necessidade absoluta para a existência de uma cidade. A fonte da cidade ou poço se tornava o centro das relações sociais, particularmente para as mulheres, incumbidas tradicionalmente de carregar água. São inúmeros os exemplos bíblicos de socialização no poço da cidade (Gênesis 29: 1-12; I Reis 1: 38-39).

Em geral, as nascentes de água se localizavam nos vales, logo a fonte mais próxima à cidade ficava freqüentemente fora de seus muros. Se um inimigo cercasse a nascente de água, a cidade poderia ser forçada a se render quando o suprimento de água estocado na cidade acabasse. Em Jerusalém, o Rei Ezequias construiu um túnel de água para neutralizar o iminente ataque do rei assírio Senaqueribe (II Reis 20:20; II Crônicas 32:30). Sua espantosa façanha de engenharia, com mais de 518m de comprimento e mais de 2.500 anos de construção ainda pode ser vista pelos que visitam Jerusalém.

3. Cada cidade precisava de alimento adequado para seus habitantes. Antigos lavradores moravam numa vila ou cidade e andavam todos os dias para suas fazendas. A existência de uma cidade, portanto, dependia de campos cultiváveis ao seu redor adequados às necessidades da população.

4. Para facilitar a importação de matéria prima e exportação de produtos acabados, era desejável, se não imperativa, a proximidade a estradas locais e internacionais. As importantes cidades da Bíblia se localizavam ao longo de artérias básicas de comércio.

A relativa importância desses quatro fatores mudou através dos séculos. Com o aparecimento de fortes nações-estados como Roma, as cidades poderiam depender de exércitos permanentes e assim desistir da localização inconveniente em topos de colinas. O desenvolvimento de cisternas rebocadas e aquedutos tornou possível a fundação de cidades distantes das fontes de água; Cesaréia, por exemplo, construída por Herodes, o Grande, ficava a 19,3km das nascentes do Monte Carmelo. As rotas comerciais mudaram com a alteração de condições internacionais, causando o desaparecimento de algumas cidades e o desenvolvimento de outras.

CALENDÁRIOS, ANTIGO E MODERNO



VISÃO GERAL
Calendário é uma ferramenta de controle do tempo. Sua importância vem de longa data. Eles ajudam os agricultores a saberem quando chega a próxima estação. Também auxiliam a lembrar da ocorrência dos fatos. No passado, por exemplo, havia várias maneiras de decidir o início de um ano. Diferentes maneiras de decidir quão longo ele seria; diferentes modos de organizar os dias em semanas e meses. Houve muitas mudanças nos calendários antes de tomarem a forma que conhecemos hoje.

DIAS, HORAS, MINUTOS
É fácil saber quando um dia acabou - a escuridão se segue à luz do dia e um outro dia se faz. Assim, os primeiros povos devem ter controlado o tempo simplesmente marcando a passagem dos dias.

Até onde sabemos, os primeiros a dividirem um dia em horas e minutos foram os sumérios, que viveram no Oriente Médio. E também usaram o termo "dia" para se referir ao período da luz do dia, assim como nós.

Os povos antigos mediam a passagem do tempo durante o dia usando um mostrador de sol. Uma história na Bíblia conta como o Rei Acaz usava o movimento da luz do sol sobre degraus para medir o tempo (II Reis 20:9; Isaías 38:8). Naturalmente, mostradores de sol não ofereciam uma maneira exata de medir o tempo como os relógios o fazem.

Diferentes povos antigamente fizeram escolhas diferentes sobre o início de um dia. Uma maneira pela qual Deus mostra que nos ama e quer cuidar de nós é nos dando um mundo organizado para vivermos.

A INFLUÊNCIA DA ASTRONOMIA
Os povos antigos não sabiam como o sistema solar funcionava, mas eram bons observadores das mudanças que aconteciam na natureza e usaram suas observações para desenvolver seus calendários.

Observaram que um dia era o tempo em que a terra faz um giro completo uma vez, passando por um ciclo de luz e um ciclo de escuridão.

Concluíram que um mês é um período baseado no tempo que a lua circunda completamente a terra, cerca de 29 dias e meio, levando-se em conta a sua forma.

Perceberam que um ano é o tempo que a terra leva para dar a volta completa ao redor do sol, o que leva cerca de 365 dias. Observavam as mudanças das estações, o que era muito importante para saberem quando fazer suas plantações.

Para entender porque as estações acontecem, devemos lembrar que a terra gira em torno de seu eixo imaginário que se inclina em relação ao sol, fazendo com que a distância da terra ao sol seja diferente e imprima características climáticas distintas em cada posição.

O CALENDÁRIO JUDEU
Dos povos antigos, talvez nenhum foi mais interessado no seu calendário do que os judeus, que o usavam para controlar seus inúmeros dias santos.

Um fato interessante é que contam os anos desde o tempo em que Deus criou o mundo. Assim o ano 1 judeu aconteceu 3.760 anos antes do ano1 do nosso calendário atual, conhecido como calendário romano.

MESES E SEUS NOMES
O calendário judeu tem doze meses, como o romano. Mas há diferenças entre eles. Os meses não se chamam Janeiro, Fevereiro, etc.. Eles têm nomes adaptados do antigo calendário babilônico e são maiores do que os meses do calendário romano.
A Bíblia contém nome de sete meses que os judeus usam até hoje, que são: 1. Kislev (Neemias 1:1; Zacarias 7:1) 2. Tebeth (Ester 2:16) 3. Shebat (Zacarias 1:7) 4. Adar (Ester 3:7; Ester 8:12) 5. Nisan (Neemias 2:1; Ester 3:7) 6. Sivan (Ester 8:9) 7. Elul (Neemias 6:15)

A Bíblia também menciona quatro nomes antigos que não estão mais em uso e que se relacionavam com agricultura ou plantas:

1. Abib (Êxodo 13:4) 2. Ziv (1 Reis 6:1, 37) 3. Ethanim (1 Reis 8:2) 4. Bul (1 Reis 6:38) Os meses judeus começam com a "lua nova", noite em que no ciclo lunar a lua não está visível no céu. Considerando que a lua nova ocorre a cada 29,5 dias, o ano tinha 354 dias. Não se sabe como os judeus fizeram para ajustar os 11 dias restantes. Mais tarde adicionaram um mês extra (chamado Veadar) sete vezes num período de 19 anos para que seus meses pudessem acompanhar os anos.

Muito importante de se ressaltar é que os meses tinham significados religiosos que marcavam importantes eventos em sua história. Consideravam sagrado o início de cada mês. Para eles, "a lua se levantará para a nação deles e o sol para o Messias" (Malaquias 4;2).

Assim como a lua reflete a luz do sol, era esperado que Israel refletisse a luz do Messias para o mundo. Essa é uma idéia que se aplica aos cristãos também. Podemos nos considerar "luas" que refletem a luz de Jesus para todos ao nosso redor.

Durante o período de 400 anos entre o fim do Velho Testamento e o início do Novo Testamento, alguns líderes tentaram fazer com que Israel mudasse seu calendário, que passou a ter doze meses de trinta dias cada, o último com cinco dias extras adicionados. Esse calendário era mais preciso, embora o antigo ainda continue a ser aceito por eles.

REFERÊNCIAS A DIAS ESPECIAIS
Os antigos judeus não se referiam às datas como fazemos hoje (por exemplo, 21 de agosto). Em vez disso, se queriam se referir a um dia especial contariam quando o evento relevante aconteceu , tal como o ano em que determinado rei começou a reinar. Essa é forma que freqüentemente encontramos no Velho Testamento. Os escritores do Novo testamento mantiveram essa prática. Algumas vezes também relacionavam os dias a algum evento do mundo romano (Lucas 1:5; João 12:1; Atos 18:12).
Somente mais tarde, quando a reforma do calendário de Júlio César começou a ser amplamente aceita, começaram a se referir aos dias de uma maneira mais universal.

FESTAS JUDAICAS
Deus é o inventor da celebração e da adoração. Logo não é motivo de surpresa que desejasse que seu povo aproveitasse as festas. De fato, os judeus celebravam sete festas e festivais cada ano. Esses feriados são marcas espirituais importantes no calendário dos judeus.

1. Páscoa e a Festa dos Pães Asmos. A Páscoa ocorre no 14º de Nisan e a Festa dos Pães Asmos ocorre durante a semana seguinte. O propóstio da combinação dessas festas é relembrar o livramento dos antigos hebreus do Egito (Êxodo 12:15).

2. Pentecostes (Festa das Semanas). Ocorre 50 dias após a Páscoa. É um tempo de alegria que originalmente marcou a colheita do trigo em Israel (Levítico 23:15-17).

3. Rosh Hashanah (Ano Novo Judaico). Ocorre no primeiro dia do mês Tishri. De acordo com os rabinos, este foi o dia em que Deus criou o mundo (mas a Bíblia não confirma isto).

4. Yom Kippur (Dia de Expiação). O décimo dia do mês Tishri não é para celebração, mas é solene e santo. A Bíblia dá regras complexas sobre o que os judeus poderiam fazer nesse dia (Levítico 16).

5. Succoth (Festa dos Tabernáculos). Dura uma semana, indo do 15º ao 22º dia de Tishri. É o tempo dos judeus se lembrarem do cuidado de Deus para com seu povo durante os quarenta anos no deserto (Levítico 23:39-43). Originalmente, também celebravam a colheita do outono.

6. Hanukkah (Festa da Dedicação). Esta celebração também dura uma semana, começando no 25º dia do mês Kislev. Não é mencionada no Velho Testamento porque celebra um evento ocorrido depois que o Velho Testamento foi escrito. Cerca de 150 anos antes de Cristo, os judeus conduzidos por Judas Macabeus foram vitoriosos sobre os sírios liderados por Antioco Epifânio. Hanukkah lembra aquela vitória.

7. Purim. No 14º e 15º dias do mês Adar, os judeus celebram o festival que se reporta ao livro de Ester. Lá lemos como Deus livrou os judeus da destruição quando Mordecai e Ester frustraram o plano de Hamã (Ester 9).

Esse conjunto de festas não deve ser o mesmo que celebramos, mas têm os mesmos propósitos dos nossos feriados religiosos - permitir às pessoas interromperem suas rotinas e lembrarem-se de Deus. Assim como festejamos a Páscoa, o Natal e outros dias especiais, renovamos nossa fé no Senhor de todos os tempos, passado, presente e futuro.

Assim como um relógio marca a passagem de minutos e horas, um calendário marca a passagem de unidades maiores de tempo - dias, semanas, meses, anos e mesmo séculos. Um calendário tem várias funções. Naturalmente é importante para manter controle dos eventos na história. Também regula as atividades humanas diárias tais como negócios, governo, agricultura e práticas religiosas. O calendário que usamos representa uma interação entre um conhecimento crescente do sistema solar e a tradição histórica e religiosa. Para os cristãos, o calendário pode nos lembrar da necessidade de "contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio" (Salmo 90:12).

BATISTAS



É atualmente uma das maiores denominações protestantes no mundo, mas começou como um ramo de religiosos dissidentes. Através dos quatro últimos séculos, a paixão dos Batistas pela fé bíblica, seu espírito missionário e seu senso de separação entre Igreja e Estado têm sido traços marcantes do testemunho cristão no mundo.

ORIGENS
Considerado o primeiro batista, John Smyth se batizou na Holanda em 1608. Era um ministro independente da Inglaterra que sofreu perseguição e se ligou a alguns menonitas holandeses, que seguiam grande parte da tradição dos Anabatistas do século anterior. Smyth desejava se desarraigar da tradição da igreja e ansiava pela simplicidade da igreja do Novo Testamento. Importante entre suas interpretações bíblicas era a necessidade do "batismo do crente", em contra-posição ao batismo infantil das igrejas inglesas. Depois de reunir um pequeno grupo de pessoas que tinham o mesmo pensamento, Smyth morreu, deixando seu companheiro Thomas Helwys retornar à Inglaterra com esse novo "rebanho" de batistas, onde outras pessoas já estavam adotando as mesmas idéias teológicas. As reformas de Oliver Cromwell criaram uma atmosfera de liberdade e influência para Congregacionalistas e Independentes, incluindo os Batistas. Por volta de 1660, havia 300 igrejas batistas no país.

Enquanto isso, na América, Roger Williams meteu-se em dificuldades com os Puritanos: liberdade de consciência era seu tema principal e os líderes das colônias o consideravam um perigoso cismático. Banido de Massachussetts em 1635, Williams foi para o sul, fixando-se num povoado ao qual chamou Providência e estabelecendo a colônia de Rhode Island. Lá fundou uma igreja Batista em 1638, considerada a primeira da América.

CARACTERíSTICAS
Desde o início, independência tem sido a marca da fé Batista. Como resultado, a história organizacional do movimento é um tanto confusa, com várias congregações se autodenominando Batistas sem qualquer conexão oficial. Igrejas locais tinham autonomia, o que significa que nenhum papa ou bispo exercia poder sobre elas. Embora não houvesse um único credo Batista, as igrejas rapidamente começaram a fazer associações entre si, adotando confissões de fé que lhes eram comuns, tal como a Confissão de Londres de 1644.
Com é de se esperar, o batismo se destacou como a principal característica dos Batistas. Como os Anabatistas, que lhe antecederam, os Batistas viam esse rito como uma declaração consciente de fé em Cristo. Não era um banho para tirar o pecado, nem um selo da aliança, mas uma representação simbólica da unidade do crente com Cristo na morte e na ressurreição. Acreditavam que crianças não podiam fazer essa decisão, somente aqueles que tinham maturidade para saber em que criam.

Enquanto a maioria dos batistas hoje pratica o batismo por imersão, devido grandemente a sua força simbólica, os primeiros Batistas costumavam aspergir ou derramar água ocasionalmente.

Da mesma forma que rejeitam os rituais na igreja, eles preservam uma segunda observância junto com o batismo: a Ceia do Senhor. (Muitos Batistas são cuidadosos em chamá-las de duas "ordenanças" da igreja em vez de "sacramentos". Isto é, não têm nenhum valor de salvação em si próprias, mas foram ordenadas no Novo Testamento.) A visão Batista da Ceia do Senhor se assemelha à do batismo - é simbólica. Os Batistas geralmente enfatizam que o poder da Comunhão vem da "lembrança", e não em transubstanciação ou mesmo consubstanciação. Os fiéis relembram o sacrifício de Cristo quando celebram a refeição sagrada.

Ainda mais, a América deve aos Batistas o foco na nova noção de liberdade religiosa.

Eles se comprometeram com uma Igreja independente do controle do Estado.

O CRESCIMENTO DA DENOMINAÇÃO
Depois de um período de estagnação, os Batistas foram despertados pelo movimento das missões. Em 1792, um sapateiro pobre se tornou pastor na Inglaterra e publicou um artigo conclamando para a evangelização das pessoas de outras terras. William Carey pediu a seu rebanho que o mandasse para a índia, onde serviu por quatro décadas. Ele é chamado o "Pai das Missões Modernas", já que seus esforços corajosos provocaram um novo espírito missionário. Os Batistas da América mais tarde enviaram Adoniram e Ann Judson para Burma como missionários pioneiros. Naturalmente a própria América era um crescente campo missionário. A simplicidade da fé Batista, bem como seu espírito independente, se ajustaram perfeitamente com a mentalidade pioneira. A igreja também encontrou guarida no Sul, onde se tornou ponto de apoio da comunidade livre afro-americana depois da Guerra Civil.

Brilhantes pregadores, como Charles Haddon Spurgeon e Billy Graham que se baseavam simplesmente nas verdades bíblicas, compõem a galeria de pregadores batistas que encantava as multidões. Martin Luther King Jr., também pregador batista, tornou-se conhecido por lutar em favor da igualdade racial.

A independência dos Batistas possibilitou a formação de pequenos grupos que ministram a seus semelhantes conforme a etnia, nacionalidade ou grupo cultural, o que gerou uma diversidade na interpretação de alguns aspectos teológicos e sociais.

HISTÓRIA DE ISRAEL



Deus chamou Israel para ser seu povo escolhido. Ele os desviou da adoração de ídolos e lhes mostrou a verdade. Os israelitas experimentaram muitos altos e baixos como povo. Foram forçados à escravidão no Egito, mas Deus os resgatou. Foram uma nação bem sucedida sob o comando do Rei Davi, mas quando os reis subsequentes desobedeceram as leis de Deus, toda a nação foi punida. O povo de Israel foi conquistado por muitos grupos de pessoas, incluindo assírios, babilônios, persas e romanos. Entretanto, mesmo quando Deus permitiu que Israel fosse conquistado por essas outras nações, nunca os esqueceu e foi sempre misericordioso para com eles.
A ERA PATRIARCAL
A história de Israel começa com Abraão, que Deus chamou em Ur (Atos 7:2-4). Deus disse a Abraão que deixasse a Mesopotâmia e fosse para uma terra para a qual o conduziria. Ao chamar Abraão, Deus fez com ele uma aliança (Gênesis 12:1-3) na qual lhe prometia terra para seus descendentes, bênção divina especial e o privilégio de ser um canal de bênção para o mundo inteiro. Deus prometeu a Abraão "abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra." (12:3). Em 12:4-8 Deus confirmou essa aliança incondicional prometendo a Abraão que ele teria uma nova terra que seria passada para sempre aos seus descendentes. Em 15:1-21, Deus confirmou sua aliança com Abraão novamente, mas advertiu que nem todas as gerações de Abraão necessariamente ocupariam a terra. Deus também especificou os limites da Terra Prometida: "do rio do Egito ao grande rio, o Eufrates", o que era cerca de 800 a 960km. Uma confirmação da aliança de Deus com Abraão aparece em 17:6-8. Ela garantia a terra de Canaã aos descendentes de Abraão e acrescentava que da sua linhagem familiar se levantariam reis. Esta promessa antevia o reinado do Rei Davi em Israel. A aliança de Deus foi confirmada para o filho de Abraão, Isaque, e seu neto, Jacó.
Este período é conhecido como o período dos patriarcas na história hebréia. Os patriarcas eram Abraão, Isaque e Jacó. Chamaram-se patriarcas porque eram pais não só de suas próprias famílias mas também das famílias expandidas dos hebreus, sobre as quais tinham autoridade paterna. Esses três homens atuaram como chefes políticos, jurídicos e espirituais de suas comunidades nômades. Eles cuidavam dos interesses comerciais de todos e também os conduziam na adoração. Periodicamente construíam altares sobre os quais ofereciam sacrifícios a Deus. Esta comunidade era muito grande -Gênesis 14:4 nos conta que Abraão tinha 318 homens armados em seu acampamento. Se imaginarmos que a maioria dos homens era casada e tinha filhos, a família expandida de Abraão poderia incluir mais de 1.000 pessoas.
Houve outros eventos na família de Abraão e Jacó que afetaram a história do mundo. Quando Abraão ficou frustrado por não ter um herdeiro, aceitou a sugestão de sua esposa, Sara, e dormiu com Hagar, escrava de Sara. Esta prática era comum nos tempos bíblicos. Hagar e Abraão tiveram um filho a quem chamaram Ismael. Os descendentes de Ismael continuariam a formar a nação árabe e eventualmente os países muçulmanos do mundo. Por causa disso, Abraão é reverenciado pelos árabes e muçulmanos tanto quanto pelos judeus e cristãos. Ele é o patriarca dos judeus através de seu filho Isaque, o filho que Deus lhe prometera. Abraão também ocupa um lugar especial no Cristianismo porque é um exemplo de Cristo, através de quem todas as pessoas obtêm sua salvação.
O neto de Abraão, Jacó, foi no princípio um oportunista. Ele vagueou no exílio ao norte da Mesopotâmia por vinte anos na casa de seu tio Labão. Enquanto esteve lá, casou-se com Lia e Raquel (e duas concubinas) e foi pai de filhos que eventualmente formariam as doze tribos de Israel. Na sua volta para a Palestina, Jacó encontrou-se com Deus nas margens do Rio Jaboque (Gênesis 32) e Deus mudou o seu nome para Israel.


GRANDE DESPERTAMENTO




VISÃO GERAL
Uma explosão espiritual sacudiu as igrejas americanas nos idos de 1740 quando os cristãos se tomaram de um novo entusiasmo por sua fé. A religião morta deu lugar a um comprometimento sério nesse avivamento que ficou conhecido como o Grande Despertamento.
As datas específicas normalmente dadas para o Grande Desperatmento são 1740 a 1743, aproximadamente o tempo da turnê de pregações de Whitefield, embora o caminho tivesse sido preparado por pregadores avivados que lhe antecederam e os efeitos subsequentes continuado por algumas décadas. Alguns historiadores associam o Grande Despertamento Americano com o Reavivamento Evangélico na Inglaterra, que ocorreu, no tempo de Wesley, por quase um século.

EDWARDS E WHITEFIELD
Jonathan Edwards tomou a iniciativa da ação. Este brilhante estudioso analisou completamente o reavivamento, dando-lhe sua aprovação geral. Ele presenciara um movimento semelhante e menor por volta de 1730 e sua própria esposa foi tomada de um fervor emocional. Assim quando George Whitefield trouxe seu novo reavivamento para Massachussets em 1740, Edwards o acolheu.
Whitefield viera da Inglaterra, onde deixou em Bristol um reavivamento em curso nas mãos capazes de seu amigo John Wesley. Chegando em Delaware, iniciou uma turnê de pregações pela costa rumo ao norte tomando a direção de New England e para o sul de novo para a Geórgia. Os colonos não haviam jamais ouvido tal pregação.
A vos possante e a performance dramática desse inglês levou alguns às lágrimas e muitos ao arrependimento. "Você deve nascer de novo!" era sua mensagem principal. Para muitos americanos, a igreja tinha se tornado somente um assunto social em vez de espiritual. As pessoas falavam, cantavam os hinos e tomavam o pão e o vinho, mas seus corações estavam distantes de qualquer ligação com Cristo. Whitefield chamou atenção sobre isto e muitos se decidiram por seguir a Jesus com seriedade.
Muitas igrejas receberam Whitefield em seus púlpitos. Algumas fecharam suas portas, mas isso não foi problema. Whitefield atraiu grandes multidões em áreas abertas. Cristãos de todas as denominações se ajuntavam para ouvi-lo.
Seria difícil exagerar o papel de Jonathan Edwards no Grande Avivamento. Sua pregação calma e cuidadosa era um grito longínquo da pregação de Whitefield, mas Edwards era amplamente respeitado como teólogo e filósofo. Quando muitas igrejas conservadoras recuaram diante dos métodos de Whitefield, a aprovação de Edwards equilibrou a balança - e o Grande Despertamento continuou. Intitulando-se "Antigas Luzes", um número de críticos conservadores temiam o emocionalismo exacerbado e a desordem desse reavivamento. Mas uma força especial emergiu das "Novas Luzes", edificando sobre os esforços de Whitefield - incluindo líderes como Theodore Frelinghuysen e William e Gilbert Tennent nas colônias do centro do Atlântico.

O DESPERTAMENTO E A REVOLUÇÃO
Que efeito teve o Grande Despertamento sobre a Revolução Americana? Isso é tema para debate, mas o reavivamento contribuiu muito para unir as colônias religiosa e espiritualmente. De repente congregacionais, presbiterianos, batistas, quakers e anglicanos tinham uma causa em comum. O Grande Despertamento trouxe uma consciência de que pessoas de diferentes denominações podiam seguir o mesmo Senhor. E essa idéia ajudou a unificar a cooperação entre a Pensilvânia quaker e a Rhode Island batista, entre a Massachussetts congregacional e a Virgínia anglicana. Isso também contribuiu para assegurar liberdade de religião na nação emergente. E talvez tenha havido um novo senso de moralidade e missão que incendiou o espírito revolucionário.
As igrejas americanas precisaram de outros chamados de despertar ao longo da história. Historiadores falam do Segundo Grande Despertamento e outros despertamentos podem ser identificados no trabalho de Finney, Moody, dos Pentecostais, dos Fundamentalistas, dos Evangélicos ou dos Carismáticos. No entanto, foi o Grande Despertamento de 1740-43 que colocou o Cristianismo Americano no caminho certo.

tion? ThatÕs up for debate, but the revival did a great deal to unite the colonies religiously and spiritually. Suddenly Congregationalists and Presbyterians and Baptists and Quakers and Anglicans had a common cause. The Great Awakening brought an awareness that people of different denominations could follow the same Lord. And that idea helped to undergird the cooperation between Quaker Pennsylvania and Baptist Rhode Island, between Congregationalist Massachusetts and Anglican Virginia. It also went a long way toward securing freedom of religion in the emerging nation. And perhaps there was a new sense of Christian morality and mission that fueled the revolutionary spirit.
American churches needed other wakeup calls as history went on. Historians speak of the Second Great Awakening, and you might identify other awakenings in the work of Finney, Moody, the Pentecostals, the Fundamentalists, the Evangelicals, or the Charismatics. Yet it was the Great Awakening of 1740–43 that put American Christianity on the right track.

IGREJA



VISÃO GERAL
Igreja é um grupo de pessoas que se reúnem para aprender sobre Deus e adorá-Lo. sempre No tempo do Novo Testamento era um termo novo, que aparece só em dois versículos dos Evangelhos (Mateus 16:18 e Mateus 18:17). Lucas o usou bastante no livro de Atos tornando-o mais comum. Paulo também escreveu sobre a igreja na maioria de suas cartas; e João, no Apocalipse.

O QUE É IGREJA?
No Velho Testamento Israel era simplesmente "a congregação". A palavra era também usada pelos primeiros cristãos. Com freqüência os cristãos se referiam a si próprios como a igreja ou a congregação. De fato, este é o real significado da palavra "igreja", que se aplicava tanto a todos os fiéis no mundo como para qualquer grupo local. Significava a presença total de Deus num dado local. O Novo Testamento freqüentemente usa o singular "igreja" mesmo quando muitos grupos de fiéis se reúnem (Atos 9:31; II Coríntios 1;1). O termo "igrejas" é raramente encontrado (Atos 15:41; 16:5). Cada grupo era o lugar onde Deus estava presente (Mateus 16:18; 18:17). Deus comprou a congregação com o sangue de seu Filho (Atos 20:28). No mundo grego, "igreja" designava uma assembléia de pessoas ou reunião. Podia ser um grupo político ou simplesmente um ajuntamento de pessoas. A palavra é usada com esse sentido em Atos 19:32, 39, 41.

Os usos cristãos específicos dessa palavra variam amplamente no Novo Testamento.

1. Algumas se referem a uma reunião de igreja. Paulo diz aos cristãos em Corinto: "...quando vos reunis como igrejaÉ"(I Coríntios 11:18). Isso significa que os cristãos são o povo de Deus, especialmente quando se juntam para adoração.

2. Em textos como Mateus 18:17, Atos 5:11, I Coríntios 4:17 e Filipenses 4:15, "igreja" se refere a todo o grupo de cristãos morando num lugar. Com freqüência, se refere à localização específica de uma congregação cristã. Observe as frases "a igreja em Jerusalém" (Atos 8:1), "em Corinto" (I Coríntios 1:2), "em Tessalônica" (I Tessalonicenses 1:1).

3. Em outros lugares, reuniões de cristãos nas casas são chamadas igrejas. Por exemplo, alguns se reuniam na casa de Priscila e Áquila (Romanos 16:5, I Coríntios 16:19).

4. Através do Novo Testamento, "a igreja" se refere à igreja universal. Todos os fiéis pertencem a ela (Atos 9:31; I Coríntios 6:4; Efésios 1:22; Colossenses 1:18). A primeira palavra de Jesus sobre o fundamento do movimento cristão em Mateus 16:18 tem esse sentido mais amplo: "Edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela".
A igreja é uma realidade universal. Mas em sua expressão local, Paulo a ela se refere como "a igreja de Deus" (I Coríntios 1:2; 10:32) ou "as igrejas de Cristo" (Romanos 16:16). Dessa forma um termo grego comum recebe seu significado cristão distinto. Ela faz uma distinção entre a assembléia/ajuntamento/comunidade cristã e todos os outros grupos seculares ou religiosos.

A comunidade cristã se aceitou como a comunidade dos tempos finais. Ela se viu como um povo chamado para cumprir os propósitos de Deus em enviar Jesus de Nazaré e sua divina presença. Assim, Paulo diz aos cristãos de Corinto que eles são aqueles "sobre quem os fins dos séculos têm chegado" (I Coríntios 10:11). Isto é, Deus chamou de novo povo tanto o judaísmo como o mundo gentio. Eles receberiam o poder do Espírito Santo. Compartilhariam as Boas Novas (Evangelho) do amor absoluto de Deus pela sua criação (Efésios 2:11-22). Os Evangelhos nos relatam que Jesus escolheu 12 discípulos que se tornaram base desse novo povo. Entendia-se que a igreja era o preenchimento da intenção de Deus em chamar Israel para ser "luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra" (Isaías 49:6; Romanos 11:1-5). Nessa nova comunidade as velhas barreiras de raça, posição social e sexo seriam derrubadas. "Não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher, porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gálatas 3:28). Essa entidade é chamada "corpo de Cristo". Paulo é o único dentre os escritores do Novo Testamento a falar da igreja como corpo de Cristo (Romanos 12:5; Efésios 1:22-2, 4:12; I Coríntios 12:12-13). O pensamento de Paulo pode ter duas explicações:

1. A experiência da estrada de Damasco. Conforme relatos no livro de Atos, Jesus se identifica com seus discípulos perseguidos (Atos 9:3-7, 22:6-11, 26:12-18). Na perseguição aos primeiros cristãos, que formavam um corpo, Paulo estava de fato lutando contra o próprio Cristo.

2. O conceito hebreu de solidariedade. Paulo era hebreu de hebreus (Filipenses 3:5) e nesse contexto, o indivíduo é totalmente considerado parte de uma nação, não tendo via real isolada do todo. Ao mesmo tempo, todo o povo pode ser representado por um indivíduo.

A realidade dessa íntima relação entre Cristo e sua igreja é vista por Paulo como análoga à unidade e conexão do corpo físico (Romanos 12:4-8, I Coríntios 12:12-27). Assim, todas as funções do corpo têm seu lugar exato. Divisão no corpo (isto é, na igreja) revela que há algo doente nele. Por diversas vezes Paulo exortou o "corpo de Cristo" à unidade.

REUNIÕES DA IGREJA

A palavra grega ecclesia é normalmente traduzida como "igreja". O Novo Testamento algumas vezes fala de uma assembléia grega secular (Atos 19:32,41). Em muitas passagens, como em I Coríntios 14: 19, 28, 35, Paulo se refere a igreja como uma reunião de fiéis que formam uma congregação local. Igreja também pode significar todos os fiéis (passados, presentes e futuros) que formam a igreja universal, o completo corpo de Cristo.

Há muitas igrejas citadas no Novo Testamento, às quais os apóstolos escreveram cartas de exortação, aconselhamento e instrução (Romanos 16: 3-5, 14, 15: I Coríntios 1:1; I Coríntios 16: 19-20; Colossenses 4: 15-16; Filemom 1: 1-2).

ADORAÇÃO
Quando a igreja se iniciou em Jerusalém, os fiéis se reuniam nos lares para comunhão e adoração. Atos 2: 42-47 nos conta que os primeiros cristãos se reuniam nos lares para ouvir os ensinamentos dos apóstolos e para celebrar a Comunhão ("o partir do pão"). Nesses encontros, também compartilhavam refeições (II Pedro 2:13; Judas 1:12), recitavam as Escrituras, cantavam hinos e salmos e alegremente louvavam ao Senhor (Efésios 5:18-20, Colossenses 3: 16-17). Também se reuniam nos lares para orar (Atos 12:12), ler a Palavra e para ouvir a leitura de uma carta dos apóstolos (Atos 15:30, Colossenses 4:16).

HUMANIDADE




VISÃO GERAL
Todos os homens e mulheres de diferentes países, heranças e períodos de tempo constituem a humanidade.
Quando pensamos sobre nossa vida na terra, nos deparamos com muitas perguntas difíceis de serem respondidas. Por exemplo, de onde os homens e mulheres vieram? De que maneira homens e mulheres são diferentes das outras coisas que Deus criou? O que Deus quer que homens e mulheres façam enquanto estão vivos na terra? Para que respondamos estas perguntas e entendamos nosso lugar no universo, é importante sabermos o que a Bíblia nos fala sobre humanidade. Podemos encontrar respostas a todas essas perguntas na Bíblia.
A Bíblia nos fala que é importante entendermos quem Deus é antes de começarmos a fazer perguntas sobre nós mesmos. Se as pessoas tiverem um bom entendimento sobre quem Deus é e o que tem feito, então é mais fácil entenderem de que maneira nos encaixamos no Seu maravilhoso plano. Mas se não temos uma boa compreensão sobre quem Deus é, torna-se muito difícil para nós entendermos quem somos. Por causa disto, devemos começar nosso estudo do homem tentando entender o Criador do universo, Deus. Uma vez que tenhamos uma boa compreensão do plano de Deus para todas as pessoas, podemos responder muitas das difíceis perguntas que temos sobre vida na terra.
HOMEM
Quando a Bíblia se refere a "homem", está falando de todos os seres humanos, machos e fêmeas. A Bíblia nos diz que Deus considerou o homem uma criação muito especial, superior a todas as outras coisas que criou. O principal fato que nos faz criação especial é que somos capazes de ter um relacionamento pessoal com Deus e Jesus.
ORIGEM DO HOMEM
A Bíblia afirma que o Deus eterno criou o homem, e ele é a mais significativa das obras criadas por Deus. Muitos cientistas que crêem que a terra surgiu por acaso não concordam com isso. Enquanto é importante para todos os cristãos crerem que Deus é responsável pela Criação, não é necessário que todos concordem com todos os detalhes sobre a criação de Deus. Por exemplo, muitos cristãos discordam sobre quanto tempo Deus levou para criar o mundo. Alguns cristãos, como o arcebispo James Ussher, crêem que a Bíblia ensina que o mundo foi criado em exatos seis dias de 24 horas (Gênesis 1:5,8,13). Essa crença é algumas vezes chamada "ciência da criação". Se a ciência da criação é verdadeira, então repentinamente o homem apareceu sobre a terra cerca de 6.000 anos atrás. Entretanto, alguns cristãos que crêem que Deus criou o mundo em seis dias pensam que o homem foi criado há 10.000 anos atrás porque é difícil saber exatamente quanto tempo se passou entre os eventos do versículo 5 e os do 11.
Alguns outros cristãos acreditam que Gênesis 1 e 2 não deveriam ser entendidos literalmente e que os seis dias na história da criação não são dias de 24 horas. Essas pessoas crêem que a criação do homem aconteceu há milhões de anos atrás. Outras argumentam que algumas formas do processo evolucionário, sob o completo controle e direção de Deus, podem ter desempenhado um papel significativo no soberano plano de Deus para a Criação. Esse ponto de vista é às vezes chamado "criacionismo progressivo". Não deve ser confundido com "evolução teísta" que afirma que Deus iniciou o processo de evolução mas teve pouco envolvimento enquanto esses processos ocorriam. Para as pessoas que acreditam no criacionismo progressivo, o termo hebreu "dia" em Gênesis 1 pode estar realmente falando de um período de tempo expandido. Para elas, quando a Bíblia descreve a Criação do mundo acontecendo em seis dias sucessivos, está usando um recurso literário para apresentar diferentes cenas no processo criativo de Deus que realmente aconteceram há milhões de anos.
A maioria dos cristãos se posiciona em algum lugar entre os cientistas da criação e as pessoas que acreditam no criacionismo progressivo. Entretanto, embora os cristãos divirjam nesse tópico por causa de suas preferências pessoais, a Bíblia é clara sobre o fato de que todos os cristãos devem acreditar que Deus foi responsável por criar o mundo, se forem entender o que a Bíblia nos diz sobre o homem. Em muitas igrejas, quando os cristãos declaram sua fé em Deus, começam dizendo "Creio em Deus Todo Poderoso, Criador do céu e da terra..." Se os cristãos não crêem nisso, é impossível entender a posição do homem no universo.
A Bíblia nos fala que o homem não é somente criação de Deus, mas é também o ápice do trabalho criativo de Deus. Mesmo antes dos modernos avanços da biologia, antigos cientistas eram conscientes de que o homem era anatomicamente semelhante a alguns membros do reino animal. Ainda que seja verdade que as pessoas têm algumas coisas em comum com alguns animais, a Bíblia nunca coloca o homem no mesmo plano dos animais. O Homem é distinto. Ele é o ponto alto da obra criadora de Deus e o apogeu de seu artesanato. A história da Criação em Gênesis nos leva a um clímax da Criação do homem por Deus (Gênesis 1:26). Toda a obra criadora de Deus culmina na criação do homem.

HERESIA



Heresia é qualquer ensino que se afasta dos ensinamentos normais de uma tradução religiosa. Em particular, isto se refere a grupos dentro do Cristianismo que ignoram alguns de seus elementos básicos - tal como a idéia de que Cristo foi divino. A palavra grega (hairesis), que literalmente significa "escolha", é usada no Novo Testamento para designar uma seita ou facção, Por exemplo, os saduceus eram uma seita dentro do Judaísmo (Atos 5:17), assim como eram os fariseus (15:5). Quando inicialmente muitos judeus creram que Jesus de Nazaré era o Messias, eram conhecidos como "a seita dos Nazarenos" (24:5). Em cada um desses versos, a palavra hairesis não é usada para insultar - ela significa meramente uma seita, um pequeno grupo dissidente que se separou do Judaísmo. Depois que a igreja cresceu e se desenvolveu, qualquer grupo faccioso dentro de uma igreja local foi chamado de heresia - isto é, era uma seita que detinha certas opiniões contrárias às verdades estabelecidas pelos apóstolos. Em vista disso, Paulo disse à igreja em Corinto que seitas deveriam se desenvolver entre eles como uma forma de separar o falso do verdadeiro (I Corintios 11:19).
Eventualmente, a palavra "heresia" veio a significar o ensino particular que causava a separação de alguns do Cristianismo ortodoxo. Assim, Pedro exortava os cristãos sobre vários falsos mestres que tentariam demover os fiéis com seus ensinos heréticos (II Pedro 2:1). Na era moderna, eta é a forma como a palavra "heresia" é normalmente entendida;
é incomum e/ou falso ensinamento aquele que prejudica a fé de certos fiéis e também causa facções distintas dentro da igreja. Algumas heresias famosas incluem o Gnosticismo, a perda de um corpo de idéias que normalmente incluem o ensino de que um ser maligno criou o mundo físico; Docetismo, que ensinava que Cristo não era humano de verdade; e muitas outras, frequentemente tendo a ver com a identidade de Cristo ou com a Trindade (dois tópicos muito polêmicos na história da igreja).

HETEUS



Os heteus eram um povo antigo que desempenhou um amplo papel na estória dos descendentes de Abraão e sua terra prometida. Sendo desconhecidos da história secular e tidos como um povo mítico por alguns críticos da história bíblica, informações sobre os heteus têm sido descobertas por arqueólogos e historiadores e agora se sabe que tiveram um império localizado na Ásia Menor. Tinham força militar suficiente para desafiar os exércitos do Egito sob Ramsés II e lutaram contra eles em Kadesh até derrotá-los.
Em sua maioria, as referências bíblicas sugerem que os heteus eram um pequeno grupo, mas sabe-se que eram um povo de grande determinação. A associação dos reis heteus e do Egito com o comércio de cavalos de Salomão e o envolvimento deles nos conflitos da Síria e Israel na monarquia dividida lhes deu grande influência.
GEOGRAFIA
O império heteu tinha seu centro em Anatólia (Ásia Menor, moderna Turquia) com sua capital em Hattusas (hoje Bangcoc) às margens do rio Halys (atual Kizil Irmak).
Por vezes o império se estendeu por uma área mais ampla, sem fronteiras definidas, uma vez que incluía cidades-estados que eram dependentes do reino de Anatólia (relacionadas a ela por tratados mas sem ser parte dela). Por causa de sua presença na Palestina-Síria, a influência dos heteus se fez sentir no Egito e são bem conhecidos da arte e inscrições daquele país. Sua presença na Palestina é amplamente atestada na Bíblia e seu poder sobre as cidades palestinas como Hebron é notada nos tempos patriarcais.
HISTÓRIA
Os heteus eram um dos muitos grupos de pessoas, que não eram nem semitas nem indo-europeus, que ocupavam o planalto de Anatólia no terceiro milênio AC. Na última parte desse milênio os indo-europeus invadiram a área e assumiram o poder político.
A história dos heteus, baseada somente em registros escritos, começa em Anatólia cerca de 1900 AC com a chegada dos comerciantes assírios. Esses comerciantes se estabeleceram em várias cidades e se correspondiam com sua pátria usando placas cuneiformes. Inúmeros desses registros foram encontrados perto de Kayseri. As placas mencionam a luta entre os principais dos heteus pela supremacia em Anatólia e se referem ao Rei Anitas, conhecido através de fontes hetéias muito antigas.
Durante o século XV AC, a predominância dos hurrianos foi quebrada pelas campanhas do rei egípcio Thutmose III, mas um outro rei hurriano, Mitanni, logo se tornou proeminente na Ásia Ocidental. Mitanni se constituiu uma ameaça para os heteus, mas com a chegada de um monarca ambicioso e enérgico, Suppiluliuma I (cerca de 1380-1340 AC), houve um ressurgimento da vitalidade dos heteus e da força do império. Nesse tempo foram escritas as cartas de Amarna, com seu testemunho da situação confusa na Palestina-Síria.

HÁBITOS




EVITANDO MAUS HÁBITOS
LEITURA BíBLICA: Números 33:50-56
VERSíCULO CHAVE: Porém se não desapossardes de diante de vós os moradores da terra, então os que deixardes ficar ser-vos-ão como espinho nos vossos olhos, e como aguilhões nas vossas ilhargas, e vos perturbarão na terra em que habitardes. E será que farei a vós outros como pensei fazer-lhes a eles. (Números 33:55-56)
TROCANDO MAUS POR BONS HÁBITOS
Deus disse a Moisés que antes que os israelitas se estabelecessem na Terra Prometida, deveriam expulsar os habitantes maus e destruir seus ídolos. Em Colossenses 3, Paulo nos encoraja a viver como cristãos da mesma maneira: abandonando nosso antigo modo de vida e seguindo em frente para nossa nova vida de obediência a Deus e fé em Jesus Cristo. Como os israelitas rumando para a Terra Prometida, podemos destruir a fraqueza de nossa vida ou podemos estagnar e viver com ela. Para ir adiante e possuir a vida nova, devemos nos desviar dos pensamentos e práticas pecaminosas para abrir espaço para os novos.
LEITURA BíBLICA: Deuteronômio 12:1-32
VERSíCULO CHAVE: Destruires por completo todos os lugares, onde as nações que ides desapossar serviram os seus deuses, sobre as altas montanhas, e sobre os outeiros, e debaixo de toda árvore frondosa; deitareis abaixo os seus altares, e despedaçareis as suas colunas, e os seus postes-ídolos queimares a fogo, e despedaçareis as imagens esculpidas dos seus deuses, e apagareis o seu nome daquele lugar. (Deuteronômio 12:2-3)

MAUS HÁBITOS NÃO MERECEM PERDÃO
Quando dominavam uma nação, os israelitas deveriam destruir cada altar pagão e ídolo na terra. Deus sabia que seria fácil para eles mudar suas crenças se começassem a usar aqueles altares, logo nada que pudesse tentá-los a adorar ídolos deveria ficar. Nós também devemos descobrir e retirar de maneira implacável qualquer centro de falsa adoração na nossa vida. Podem ser atividades, atitudes, posses, relacionamentos, lugares ou hábitos - qualquer coisa que nos tente a desviar nosso coração de Deus e agir mal. Nunca devemos nos adular pensando que somos muito fortes para sermos tentados. Israel aprendeu essa lição.
LEITURA BíBLICA: I João 3:1-24
VERSíCULO CHAVE: Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. (I João 3:9)

PODER DE DEUS
Todos nós temos áreas onde a tentação é forte e hábitos difíceis de dominar. Essas fraquezas dão ao diabo um ponto de apoio, logo devemos lidar com nossas áreas de vulnerabilidade. Se estamos lutando com um pecado específico, no entanto, esses versos não se aplicam a nós, mesmo se agora parece que continuamos pecando. João não está falando sobre pessoas cujas vitórias ainda estão incompletas; está falando sobre pessoas que praticam pecado e procuram meios de justificá-lo.

AJUDA DE DEUS
São necessários três passos para sermos vitoriosos sobre o pecado: (1) buscar o poder do Espírito Santo e a Palavra de Deus; (2) manter-se afastado de situações tentadoras; e (3) buscar a ajuda do corpo de Cristo - estar aberto para seu desejo de manter-se responsável e orar por você.


GNOSTICISMO



SUMÁRIO
"Gnosticismo" é o nome dado a um grupo de idéias religiosas relacionadas que eram populares nos primórdios do Cristianismo. Em geral, os gnósticos dizem possuir conhecimento que outros não têm e enfatizam o conhecimento em detrimento da fé. (A palavra grega gnosis significa "conhecimento".)
Os pontos de vista dos estudiosos da Bíblia a respeito de Gnosticismo sofreram algumas mudanças. Até meados do século XX, o Gnosticismo era considerado uma heresia cristã. Isto é, pensava-se ser uma distorção do Cristianismo produzida pela combinação da experiência cristã com a filosofia grega. Mais recentemente, entretanto, muitos estudiosos começaram a definir Gnosticismo de modo mais amplo, como uma visão religiosa que absorvia idéias de muitas tradições religiosas, não somente do Cristianismo. Os gnósticos tomaram termos religiosos e práticas de outros e os modelaram em seus próprios mitos sobre salvação através do conhecimento.
O Gnosticismo teve seu ápice de popularidade no século II DC, fazendo maiores incursões na igreja cristã. Líderes cristãos ativos naquele tempo viam o Gnosticismo como uma ameaça e argumentaram fortemente contra ele. É mesmo possível que alguns dos livros do Novo Testamento, escritos no primeiro século DC, são em parte reações contra as primeiras crenças do tipo-gnósticas (embora alguns estudiosos não pensem assim).
A batalha cristã contra o Gnosticismo pode ser um lembrete para nós da nossa luta incessante contra o falso ensinamento. As idéias realmente interessam e as idéias religiosas que vão contra o ensino bíblico são perigosas para o bem-estar espiritual das pessoas. Devemos cuidar para que nossa fé se alinhe com a Bíblia. Devemos ajudar outros a entender a verdade e evitar atalhos religiosos.

GNOSTICISMO COMO HERESIA
Embora o Cristianismo não fosse a única religião da qual os gnósticos absorviam as idéias, era certamente uma das principais. Os primeiros pensadores cristãos se apressavam em reconhecer a natureza herética do Gnosticismo e a reagir a ele. No entanto, antes do século XX, a maioria da informação disponível sobre os gnósticos vinham dos primeiros escritores cristãos que condenavam os gnósticos (e no processo descreviam algumas das crenças e práticas).
Escritores cristãos como Irineu, Tertuliano e Hipólito viam os gnósticos como deturpadores do Cristianismo. Os gnósticos desenvolveram muitas interpretações confusas da Bíblia, especialmente sobre a Criação e sobre o Evangelho de João. Na verdade, os escritores gnósticos Heráclito e Ptolomeu são os primeiros comentaristas conhecidos do quarto evangelho.
A indignação dos apologistas cristãos é bem sintetizada por Irineu quando compara o intérprete gnóstico a alguém que rasga uma bela pintura de um rei e depois a recompõe sob a forma de uma raposa. Esta é a maneira como Irineu sentia que os gnósticos tinham distorcido e degradado a fé cristã.
A despeito do ataque que sofriam, uma quantidade de gnósticos aparentemente continuava como membros das igrejas cristãs locais e alguns até mesmo atuavam nos cultos. Na realidade, o gnóstico Valentino foi considerado como candidato a bispo em Roma. Um outro membro de igreja, o gnóstico Marcion, reinterpretou Paulo de tal forma que o Deus do Velho Testamento se transformou no deus do mal e Cristo se tornou o mensageiro do bom Deus da graça. Muitas tendências gnósticas heréticas têm sido associadas a Marcion, que desenvolveu sua própria lista reduzida de livros aceitáveis do Novo Testamento. Suas atividades forçaram os cristãos a esclarecer seu próprio cânon da Bíblia.
O antigo historiador cristão Eusébio (morto em 339 DC) preservou partes de alguns dos primeiros livros perdidos de escritores cristãos contra a heresia. Essas citações preservadas propiciaram vislumbres da hostilidade dos cristãos contra os gnósticos como Marcion, Basilides, Tatian, Satornil, Dositheus e o assim chamado pai de todas as heresias, Simão, o feiticeiro.


HEBRAICO




VISÃO GERAL
O hebraico era a língua do povo judeu, na qual quase todo o Velho Testamento foi escrito. No tempo do exílio dos judeus na Babilônia (séc VI AC), o povo judeu adotou o aramaico como sua principal língua. E nos tempos do Novo Testamento, muitos judeus falavam grego. Mas séculos após séculos, os estudiosos judeus continuaram a aprender e transmitir o hebraico das Escrituras. De fato, um tipo de hebraico é ainda falado hoje pelos judeus.
A língua hebraica se originou do povo que a falava. Mas o Velho Testamento não usa o termo "hebreu" para descrever a língua no qual foi escrito. (Usa "hebreu" somente para se referir ao povo hebreu). Em vez disso, o Velho Testamento se refere à "lingua de Canaã" (Isaías 19:18) ou "língua de Judá" (Neemias 13:24). O Novo Testamento, entretanto, usa a expressão "língua hebraica").
A forma de construção da língua e os termos que emprega ajudam a dar forma aos pensamentos do povo que a falam. Estudiosos da Bíblia aprendem hebraico para serem capazes de entender realmente o que Deus estava dizendo através dos escritores do Velho Testamento. Devemos lembrar que a Bíblia não foi escrita na nossa língua. Por trás das traduções em Português que lemos - embora sejam muito boas - estão os manuscritos originais da Bíblia e o texto escrito em hebraico e grego. Foram aquelas palavras que Deus inspirou, não as das nossas versões.
Dedicar-se a entender as linguagens bíblicas é uma tarefa nobre. É uma maneira de chegar mais próximo ao verdadeiro sentido da Escritura de tal forma que possamos "pensar os pensamentos de Deus" e obedecer cada palavra Dele.

ORIGEM E HISTÓRIA
Nossa compreensão de onde a língua hebraica veio e como se desenvolveu através do tempo tem sido melhor do que de costume. Mas ainda há muito a ser aprendido sobre ela.
Na Idade Média, acreditava-se que o hebraico era a língua primitiva da humanidade. Mesmo na América colonial, o hebraico ainda era mencionado com "a mãe de todas as línguas". Pesquisas sobre as línguas, no entanto, provaram que essa teoria era falsa.
Na verdade, o hebraico é um dos diversos dialetos cananitas que incluíam o fenício, o ugarítico e o moabita. Existiram outros dialetos cananitas (amonita, por exemplo), mas temos muito poucos exemplos deles para que seja feita uma investigação apropriada. Tais dialetos já existiam na terra de Canaã antes de sua conquista pelos israelitas.
Até cerca de 1974 DC, os mais antigos exemplos da língua cananita eram encontrados nos documentos de Ugarit e Amarna datados dos séculos XIV e XV AC. Umas poucas palavras e expressões cananitas apareceram nos primeiros documentos egípcios, mas a origem do cananeu era incerta. Entre 1974 e 1976, entretanto, perto de setecentas mil lápides foram desenterradas em Tell Mardikh (antiga Ebla) no norte da Síria, escritas num dialeto semita desconhecido anteriormente. Provavelmente por serem datados de 2400AC (e mesmo até antes), muitos estudiosos pensam que a língua devia ser o "antigo cananeu" que deu origem ao hebraico.
Naturalmente o hebraico não permaneceu o mesmo através do período bíblico. Todas as línguas mudam com o tempo. Por exemplo, o inglês usado no tempo de Alfredo, o Grande (séc. IX DC), mais parece uma língua estrangeira para os que falam inglês hoje. E embora o hebraico tenha se mantido estável por muitos séculos, não foi exceção para o princípio geral da alteração da língua. Poemas como a Canção de Débora (Juízes 5) tendeu a preservar a forma mais antiga da língua. Mudanças que ocorreram mais tarde na longa história da língua são mostradas pela presença de palavras em desuso (frequentemente preservadas na linguagem poética) e pela diferença de estilo. Por exemplo, o livro de Jó reflete um estilo mais antigo do que o livro de Ester.

GIDEÃO



Gideão foi um importante juiz ou libertador de Israel. Foi filho de Joás, do clã de Abiezer e da tribo de Manassés. Dos doze juízes de Israel, Gideão é o que mais informações possui na Bíblia. A narrativa na qual ele é o personagem principal ocorre no séc XII AC.
Estando sete anos sob cruel opressão dos midianitas, Israel clamou ao Senhor por alívio (Juízes 6:6). Um profeta desconhecido informa aos israelitas que as condições miseráveis em que estão vivendo se devem ao fato de terem esquecido de se dedicar exclusivamente ao único Deus verdadeiro. Deus envia Seu anjo a Gideão. A saudação do anjo contém um toque de humor. Um "homem valente" (6:12) está malhando trigo secretamente com medo dos midianitas. Contudo Deus ordena a Gideão que execute o que o Seu poder era capaz de realizar através dele (6:14-16,34). Gideão estava consciente de sua própria fraqueza e da difícil tarefa diante de si. É um exemplo ideal de como Deus opera os livramentos (I Coríntios 1:27; II Coríntios 12:10).
A primeira tarefa de Gideão era destruir o altar que seu pai fizera para Baal e o poste-ídolo que ficava ao lado (Isaías 42:8). Sabendo que o povo resistiria a isso, Gideão e seus servos destruíram essas imagens à noite. No dia seguinte os homens de Ofra confrontaram Gideão e o perseguiram revoltados pelo que havia feito. Joás aderiu à missão de seu filho, convidando Baal a contender por si mesmo, se fosse deus de verdade. Como consequência dessa confrontação o nome de Gideão foi mudado para Jerubaal ("Baal contenda contra ele") (Juízes 6:32).
No entanto, Gideão tinha uma fé inconsistente. Seu desejo por segurança posterior não foi contestado. Em vez disso, Deus graciosamente honrou seus pedidos referentes ao orvalho e à lã de carneiro (6:36-40). Mais tarde, Gideão foi informado de que a vitória não estava assegurada com um contingente grande. Não devia existir dúvida sobre o verdadeiro autor da libertação de Israel (7:2). De 32.000 homens, as tropas de Gideão ficaram reduzidas a 300 homens por um método incomum de seleção (7:3-7). Uma missão secreta aos limtes dos campos do inimigo fortaleceu Gideão. Ele e seu servo Pura ouviram um soldado midianita revelar seu sonho, que indicava a aproximação da vitória de Israel (7:13-14). Em resposta, encorajado pelo que ouviu, adorou o Senhor (7:15; 6:24).
Divididos em três companhias, o exército de Gideão se colocou de prontidão à noite fora do arraial dos midianitas. A um sinal de Gideão cada homem tocou uma trombeta (feita de chifre de animal) e quebrou um jarro vazio contendo uma tocha, gritando "Uma espada pelo Senhor e por Gideão!" (Juízes 7:20). O efeito do barulho foi esmagador. Pensando que os inimigos estavam em maior número, os confusos e atordoados midianitas fugiram para o leste cruzando o Jordão. Na perseguição acalorada, aos homens de Gideão se juntaram isrealitas de Naftali, Aser e Manassés. Os homens de Efraim, cuja ajuda foi solicitada pela primeira vez, capturaram e mataram dois dos líderes midianitas. Ficaram zangados com Gideão por não ter solicitado sua ajuda antes. Mas se satisfizeram com as respostas que Gideão deu às suas indagações. (8:1-3)
O altruísmo de Gideão se sobressaiu quando declinou do desejo do povo de fazê-lo rei (Juízes 8:22-23). No entanto, recebeu uma enorme fortuna pessoal dos despojos da guerra (8:24-26). O infeliz desfecho da estória de Gideão conta que ele fez uma estola sacerdotal com o ouro ganho depois da batalha. Talvez essa estola tenha sido uma réplica da usada pelo sumo-sacerdote. Talvez fosse um modelo diferente. Em qualquer dos casos, o objeto tornou-se uma armadilha para o povo que o adorou em Ofra (8:27). Em II Samuel 11:21 o nome alternativo de Gideão, Jerubaal, foi mudado para Jerubesete. "Baal" se refere à palavra hebraica para "vergonha".
Gideão foi exaltado no livro de Hebreus como um herói da fé cuja confiança em Deus trouxe glória ao Senhor (Hebreus 11:32). Desde o tempo de Isaías, "o dia de Midiã" tem significado livramento concedido pela mão de Deus independente da força humana (Isaías 9:4).

SELO



Um pequeno objeto esculpido usado para produzir imagens na argila ainda mole.

ORIGEM
A origem exata dos selos não pode ser determinada. O primeiro selo foi desenvolvido provavelmente de um amuleto, e o seu propósito era para dar proteção ao seu usuário ou para repelir o mal. Por um tempo acreditou-se que um selo tinha algum tipo de poder mágico que traria uma maldição ou dano se uma pessoa não autorizada ousasse quebrá-lo para obter o conteúdo que ele protegia. Os selos primitivos eram um pouco mais que pequenas bobinas arranhadas com galhos para obter desenhos ou figuras simples.

TIPOS DE SELO SELOS CARIMBO
Os selos eram produzidos em muitos formatos e tamanhos. O mais antigo é o selo carimbo, uma gema ou conta esculpida que quando pressionada contra a argila mole reproduzia a si mesma. Ele foi substituído por volta do ano de 3000 A.C. na Mesopotâmia pelo selo cilíndrico e começou a ser usado de novo somente no século oito A.C.; ao chegar os tempos Helenísticos ele já tinha substituído totalmente os selos cilíndricos.

SELOS CILíNDRICOS
Símbolos e desenhos eram esculpidos na parte de fora do cilindro para que ele deixasse sua impressão quando fosse rolado sobre a argila ainda mole. Alguns dos primeiros símbolos eram desenhos geométricos ou representações de algum símbolo mágico. Posteriormente os símbolos retratavam desde mitologia (divindades conversando uns com os outros, recebendo adoradores em audiência, dentro de um barco ou charrete ou lutando com algum inimigo) até cenas da vida cotidiana (caçada, casamentos, banquetes, alimentando os animais, oferendas para as divindades, etc) e também representações de animais, flores e aves. A escrita (ex: o nome do dono ou uma declaração de lealdade a um deus ou rei) começou a aparecer nos selos no terceiro milênio A.C.. Esses selos são inestimáveis, pois um grande número e variedade foram encontrados e eles revelam muitas coisas sobre as pessoas antigamente - como elas se vestiam, como eram seus cabelos, móveis, utensílios e crenças religiosas.

USO USOS FUNCIONAIS
Desde a sua primeira criação como amuletos, os selos continuavam servindo como proteção. Um selo não violado provava que o conteúdo não tinha sido mexido, tanto num documento, quanto numa porta de celeiro ou mesmo numa jarra de vinho.

USO SIMBÓLICO
O uso simbólico de um selo é achado tanto na literatura não bíblica quanto numa literatura bíblica. Uma oração babilônica fala, "Que os meus pecados sejam rasgados como um selo." O Velho Testamento diz, "Ata o testemunho, sela a lei entre os meus discípulos." (Isaías 8:16). Deus disse a Zopobabel que ele o faria como um anel de selar (Ageu 2:23).

A palavra é usada simbolicamente no Novo Testamento para designar a propriedade pessoal de Deus. Por exemplo, as escrituras dizem que o selo de Deus está em Jesus, seu Filho (João 3:33; 6:27). Isso significa que Jesus carrega o nome pessoal de Deus; Jesus é a expressão pessoal de Deus. As escrituras também dizem que o Espírito Santo sela os que crêem (2 Coríntios 1:22; Efésios 1:13; 4:30). Isso significa que o Espírito é a marca de posse de Deus nos que crêem e também significa que o Espírito protege e preserva os que crêem por toda suas vida.

SEPULTAMENTO, COSTUMES



VISÃO GERAL

A Bíblia fala com freqüência sobre maneiras pelas quais várias culturas enterravam seus mortos, o que revela as diferentes visões sobre a morte e a vida futura. Os antigos egípcios achavam que a vida diária simplesmente continuava após a morte e preparavam seus túmulos com itens práticos e necessários como comida. Os antigos hebreus tinham uma idéia mais espiritual da morte, acreditando que o espírito da pessoa morta iria viver com os fantasmas das gerações anteriores.

SEPULTURAS E TÚMULOS

Entre os hebreus, a pessoa era enterrada onde estava sua família (Gênesis 15:15; I Reis 13:22). A caverna de Macpela em Efrom foi um exemplo de túmulo familiar, negociado por Abraão quando Sara morreu (Gênesis 23). Quando Abraão morreu, Isaque e Ismael colocaram seu corpo no mesmo túmulo (25:9). Lá Jacó enterrou seus pais, Isaque e Rebeca, e também Léa (49:31). José, filho de Jacó, fez seus parentes prometerem que seus restos mortais seriam preservados até que pudessem ser levados para sua terra natal e enterrados junto de sua família (50:25). Samuel foi enterrado em sua casa em Ramá, como uma referência clara a uma área de túmulo familiar (I Samuel 25:1). Joabe foi enterrado em sua própria casa no deserto (I Reis 2:34). O Rei Manassés foi enterrado no jardim do seu palácio (II Reis 21:18) e Josué em sua propriedade particular em Timnate-Sera (Josué 24:30). Os reis tomavam o cuidado de manter sua memória viva através do enterro em cemitérios especiais, frequentemente na cidade de Davi. O Rei Josias determinou antecipadamente o local de seu sepultamento num jazigo (II Reis 23:30). Os corpos eram enterrados em túmulos, isto é, cavernas naturais ou sepulcros feitos na rocha, tal como o que pertencia a José de Arimatéia onde foi posto o corpo de Jesus (Mateus 27: 59,60). Eram também enterrados em sepulturas rasas cobertas com pilhas de pedras que marcavam os túmulos e evitavam que fossem destruídos por animais.

Outros eram marcados por monumentos construídos por amor (Gênesis 35:20) ou honra (II Reis 23:17); pedras eram também amontoadas em lugares de sepultamentos indignos, como no caso de Acã (Josué 7:26) e Absalão (II Samuel 18:17). Os túmulos eram decorados, algumas vezes pintados de branco, de acordo com o prescrito na lei de Moisés. Jesus falou desses "sepulcros caiados" numa referência aos fariseus (Mateus 23:27).
TRATAMENTO DO CADÁVER
Quando Deus assegura a Jacó que a "mão de José fechará teus olhos" (Gênesis 46:4), provavelmente estava fazendo uma referência ao costume de que um parente próximo fechava os olhos do que morreu. Esses parentes também deviam literalmente abraçá-lo e beijá-lo. O corpo era lavado e vestido com as roupas do falecido. Brincos e outros adereços encontrados nas tumbas escavadas são evidência de que eram enterrados completamente vestidos. Soldados eram enterrados totalmente uniformizados, com escudos cobrindo ou protegendo seus corpos armados, a espada debaixo de suas cabeças (Ezequiel 32:27).

Embora os costumes e procedimentos não tenham mudado muito dos tempos do Velho para o Novo Testamento, encontramos neste alguns detalhes adicionais. Por exemplo, em Atos 9:37 menciona-se que os corpos eram lavados, ungidos e envoltos em tecidos de linho com especiarias (Marcos 16:1; João 19:40). Depois as extremidades eram fortemente atadas e a cabeça coberta com uma peça de linho separada (João 11:44).

Depois da preparação, o corpo era carregado num esquife, sem caixão, e colocado num buraco feito na parede de uma câmara escavada na rocha ou diretamente numa cova rasa cavada no chão. O ataúde e o caixão não entravam na cova com o cadáver. As especiarias eram usadas como perfume e para evitar a decomposição rápida do corpo (Marcos 16:1).

Como lemos nos Evangelhos sobre o sepultamento de Jesus, alguns túmulos tinham um selo na entrada, que podia ser uma porta de madeira com dobradiça ou uma pedra lisa moldada de tal forma que podia ser rolada. Esse selo requeria muito esforço para ser reaberto (Marcos 15:46; 16:3-4). Nos tempos do Novo Testamento, os judeus economizavam dinheiro em sepultamentos colocando os ossos secos de seus ancestrais em caixas. Os romanos usavam cofres para guardar as cinzas de um corpo depois de sua cremação.

Embalsamar os corpos não era usual em Israel. Quando Jacó e José foram embalsamados no Egito, foi uma exceção. De acordo com Heródoto, historiador grego, os egípcios começavam as técnicas de embalsamamento retirando o cérebro através das narinas, peça por peça, usando um gancho curvo e longo. Depois a cavidade do cérebro era lavada com uma mistura de resinas e especiarias. O cadáver era limpo e os órgãos colocados em quatro jarras. O corpo era mergulhado numa solução por um período de 40 a 80 dias, dependendo do custo do funeral. Quando pronto para o enterro, era embrulhado da cabeça aos pés em tiras de linho fino e posto num caixão. As jarras colocadas no túmulo junto com o corpo simbolizavam a ressurreição da personalidade depois de sua morte.

A cremação do corpo de Saul e de seus filhos (I Samuel 31:12-13) também foi uma exceção à prática normal. Tácito, historiador romano, escreveu que a piedade dos judeus requeriam o sepultamento em vez da cremação de corpos mortos. Sob a lei mosaica tal ato era feito somente como castigo ou julgamento (Levítico 21:9; Josué 7;25).

Também de acordo com a lei de Moisés, uma pessoa ficava cerimonialmente impura se tocasse num cadáver ou estivesse de luto. Não era permitido a um sacerdote fazer luto e não deveria se contaminar se aproximando de uma pessoa morta, mesmo se fossem seu pai ou sua mãe. Ele não deveria profanar o santuário do seu Deus ausentando-se dele para ir ao funeral de um parente, porque era considerado santo pela unção do óleo do seu Deus (Levítico 21:10-12)

SIQUÉM



VISÃO GERAL
Siquém era uma cidade no centroeste da Palestina. Muitos eventos bíblicos ocorreram na Palestina. O lugar era localizado 64.4 kilometros ao norte de Jerusalém. Samaria, que mais tarde seria a capital de Jerusalém, ficava a uns 12.9 kilometros ao noroeste. Siquém ficava perto do lugar aonde as águas que correm para o Rio Jordão se separam daquelas que correm para o Mar Mediterrâneo. A localização da cidade era estratégica. Ela controlava todas as estradas que passavam pelo centro da Palestina. Porém não tinha nenhuma defesa natural e precisava de suporte extensivo e muros para se proteger quando era atacada.

REFERÊNCIAS BíBLICAS
Siquém aparece primeiramente na bíblia como um lugar aonde Abrão acampou depois que ele entrou em Canaã, um nome mais antigo para a Palestina. Deus prometeu a ele a terra de Canaã e ali Abrão construiu o seu primeiro altar (Gênesis 12:6-7). Depois que Jacó passou vinte anos no norte da Mesopotâmia (um país antigo do sudoeste da Ásia), ele retornou a Siquém e comprou um pedaço de terra. Nessa época a cidade já era murada e tinha um portão (Gênesis 34:20,24). Depois que sua irmã foi profanada, Simeão e Levi massacraram a população masculina de Siquém como vingança. Anos mais tarde, quando a sua família estava morando em Hebrom, José foi a Siquém para procurar os seus irmãos (Gênesis 37:12-14). Depois que Israel tomou a terra, a cerimônia de benção e maldição no Monte Gerizim e no Monte Ebal, respectivamente, se cumpriu nas proximidades de Siquém (Josué 8:30-35). Na conquista e distribuição da terra, Siquém se tornou uma das cidades de refugio (Josué 20:7; 21:21). Os ossos de José foram enterrados na terra que Jacó havia comprado ali (Josué 24:32).
Durante os dias instáveis dos juízes, Abimeleque, filho de Gideão, se estabeleceu ali como rei de Israel. A princípio ele tinha o apoio dos habitantes, mas uma revolta contra ele algum tempo depois destruiu a cidade (Juízes 9:1-7, 23-57). Roboão foi coroado ali antes da divisão do reino (1 Reis 12:1). Jeroboão, o primeiro rei no reino do norte, reconstruiu a cidade e fez dela a primeira capital do reino.

HISTÓRIA
Escavações revelam que os assentamentos mais antigos naquele local são datados no quarto milênio A.C.. Porém o primeiro assentamento significativo ocorreu durante a primeira metade do segundo milênio, quando os Amoritas e os Hyskos se assentaram ali. Os Hyskos cercaram a cidade com um imenso aterro em declive. Ali eles construíram uma parede de tijolo. Havia dois portões de entrada ao leste e três portões de entrada no lado noroeste. Eles construíram o que tem sido interpretado como um templo forte. Foi reconstruído várias vezes e finalmente destruído pelos egípcios por volta de 1550 A.C.. Por volta de um século mais tarde, os cananitas reconstruíram Siquém numa escala menor. Um novo templo forte foi construído nas ruínas do antigo. Ele tinha três pedras sagradas ao lado de um altar no pátio. Acredita-se que esse templo era a casa de Baal-berith. Esse templo foi destruído por Abimeleque por volta de 1150 A.C. (Juízes 9:3-4, 46). Aquela área sagrada nunca foi reconstruída. Antes disso, no entanto, não há nenhuma evidência arqueológica de destruição por uns trezentos anos. Os Hebreus provavelmente não tomaram a cidade ao mesmo tempo em que Israel conquistou a terra. Os habitantes viveram pacificamente entre os hebreus.

Evidentemente, Salomão reconstruiu Siquém como uma capital provincial. Porém, ela sofreu grande destruição no século dez, provavelmente nas mãos de Sisaque do Egito, quando ele invadiu a Palestina em 926 A.C. (1 Reis 14:25). Pouco tempo depois, JeroboãoI tornou-a a capital do reino de Israel novamente. Siquém encontrou o seu fim nas mãos do rei assírio Shalmaneser V em 724 A.C., um pouco antes da destruição de Samaria. A cidade não foi habitada por mais ou menos quatrocentos anos. No século quatro, Alexandre o Grande estabeleceu um camping no local para os seus soldados. Mais tarde, os samaritanos se mudaram de Samaria e se assentaram ali. Eles construíram um templo no Monte Gerizim. Siquém foi destruída pela última vez por volta de 128 A.C.

TEIMOSIA



LEITURA BíBLICA: Êxodo 8:1-19
VERSíCULO CHAVE: Então disseram os magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus. No entanto o coração de Faraó se endureceu, e não os ouvia, como o Senhor tinha dito:.(Êxodo 8:19)

TEIMOSIA PODE LEVAR AO SOFRIMENTO
Depois de muitos avisos, o Faraó ainda se recusava a obedecer a Deus. O coração dele era endurecido cada vez que havia um tempo entre uma praga e outra. Sua teimosia em desobedecer trouxe sofrimento a ele próprio e a seu país inteiro. Ao mesmo tempo em que a persistência é uma coisa boa, a teimosia é egocentrismo. Teimosia com Deus é sempre desobediência. Evite a desobediência, pois as conseqüências podem causar sofrimento para outras pessoas também.

TEIMOSIA FAZ COM QUE SEJA MAIS DIFíCIL DE ACREDITAR
Algumas pessoas pensam "Se pelo menos eu pudesse ver um milagre, eu acreditaria em Deus.". Deus deu essa oportunidade a Faraó. Quando o Egito foi infestado por piolhos, até mesmo os mágicos concordaram que isso era um feito de Deus ("o dedo de Deus") - e mesmo assim o Faraó se recusava a acreditar. Ele foi teimoso e a teimosia pode cegar uma pessoa para a verdade. Quando você se livra da teimosia, você pode se surpreender com o quanto Deus trabalha na sua vida.

LEITURA BíBLICA: Salmos 81:1-16
VERSíCULO CHAVE: Mas o meu povo não ouviu a minha voz, e Israel não me quis.

Pelo que eu os entreguei à obstinação dos seus corações, para que andassem segundo os seus próprios conselhos.
TEIMOSIA PODE SE TORNAR UMA CONDIÇÃO PERMANENTE
Deus deixou que os Israelitas ficassem cegos, teimosos e egoístas, quando na verdade eles deveriam estar obedecendo e satisfazendo os desejos de Deus. Às vezes Deus nos deixa continuar em nossa teimosia para que nós voltemos ao nosso bom senso. Ele não nos impede de nos rebelarmos pois quer que a gente aprenda as conseqüências do pecado. Ele usa as experiências para que as pessoas se afastem do pecado e se virem para ele.

LEITURA BíBLICA: Marcos 2:18-22
VERSíCULO BíBLICO: E ninguém deita vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo romperá os odres, e perder-se-á o vinho e também os odres; mas deita-se vinho novo em odres novos.

TEIMOSIA PODE IMPEDIR UMA MUDANÇA EM NÓS QUE PRECISMOS DESESPERADAMENTE
Os fariseus tinham se tornado muito duros. Eles não conseguiam aceitar uma fé em Jesus que não fosse contida ou limitada por idéias e regras humanas. Seu coração pode se tornar rígido e impedir você de aceitar a vida nova que Cristo oferece. Deixe seu coração flexível e aberto a aceitar as verdades de Cristo que causam mudanças de vida.

LEITURA BíBLICA: João 20:24-31
VERSíCULO CHAVE: Diziam-lhe, pois, ou outros discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém, lhes respondeu: Se eu não vir o sinal dos cravos nas mãos, e não meter a mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei. (João 20:25)

TEIMOSIA PODE SER O RESULTADO DE DÚVIDAS ENDURECIDAS
Jesus não foi duro com Tomé por causa de suas dúvidas. Apesar de cético, Tomé ainda era fiel aos crentes e a Jesus em si. Algumas pessoas precisam duvidar antes de acreditar. Se as dúvidas levam a perguntas, perguntas levam a respostas e as respostas são aceitas, então a dúvida fez um bom trabalho. É quando a dúvida se torna teimosia e a teimosia se torna um estilo de vida que a dúvida causa dano a fé. Quando você duvida, não pare por ai. Deixe que a sua dúvida aprofunde a sua fé enquanto você procura respostas.

TOMÁS DE AQUINO



(1225–1274)
Notável teólogo e filósofo medieval
O físico volumoso de Tomás lhe valeu o apelido de "Boi Estúpido", mas não havia nada de estúpido nele. Ele ensinou a Igreja Medieval a pensar, valendo-se da antiga filosofia e da nova lógica para explicar e codificar os ensinos da igreja.

INíCIO DE ATIVIDADE
Nascido na cidade de Aquino, (Itália) cerca de 128 km a sudeste de Roma, Tomás foi educado nas Universidades de Nápoles, Paris e Colônia e se juntou à ordem dos pregadores dominicanos. Ensinou em Paris, Roma e outros lugares, e atuou entre os dominicanos com liderança teológica e organizacional. Os teólogos tradicionais de seu tempo deram tanto desprezo ao seu uso da filosofia de Aristóteles, que alguns de seus ensinos foram condenados pela igreja por cerca de cinquenta anos. Mas sua causa logo se transformou na causa de toda a Ordem Dominicana, resultando na adoção de sua teologia (conhecida como Tomismo"), ao passo que os Franciscanos seguiram os ensinos de Bonaventure e Duns Scotus.

RESPOSTAS PARA TOMÁS
Em 1879 uma encíclica do Papa Leão XIII, Aeterni Patris, precipitou um maior reavivamento da influência tomística na igreja Romana chamando para um retorno aos ensinos de Aquino no combate ao modernismo e agnosticismo daqueles dias. Assim, várias escolas tomistas cresceram, dominando a teologia e filosofia Católica Romana até os anos 1960, quando a autoridade de Aquino foi moderada pela influência da fenomenologia e da teologia bíblica européia. Embora o tomismo não seja a posição católica oficial, Aquino é visto com o maior respeito, é diligentemente estudado, e tem tido um efeito estabilizador profundo no pensamento católico através dos séculos.
As avaliações protestantes variam. Alguns protestantes são tomistas. Luteranos e teólogos da Reforma se inclinam em outras direções - os luteranos estando mais próximos do nominalismo de William de Ockham e os pensadores da Reforma, de João Calvino. Aquino é criticado porque tentou sintetizar a filosofia aristoteliana e a teologia bíblica, que no julgamento de alguns, comprometia doutrinas como a soberania de Deus e a total depravação do homem.
Como centro do descontentamento protestante estava a percepção de Aquino da relação entre filosofia e teologia e do papel da razão em cada uma delas. A filosofia, segundo ele sustentava, é serva da teologia, que é tida como a "rainha das ciências". A filosofia estabelece o que a teologia assume, a existência de Deus e a imortalidade da alma. Mas a atitude filosófica é religiosamente neutra no fato de que suas premissas são verdades universalmente acessíveis sobre natureza, tal como a ciência aristotélica proveu, e seu método é estritamente lógico e argumentativo, em vez de depender de revelação bíblica. A "autonomia da razão natural" é o que alguns estudiosos consideram como não-bíblico e é associado com outros problemas doutrinários.