quinta-feira, 19 de abril de 2012

VIAGEM




VISÃO GERAL
Viajar de um lugar a outro nos tempos antigos era muito diferente do que é hoje. Naqueles tempos as estradas como as auto-estradas e ruas de hoje. Na verdade, muitas vezes havia enchentes nas estradas ou ficavam bloqueadas e as pessoas não podiam viajar por elas de forma alguma.
Viagens marítimas eram feitas em pequenos barcos, e estes eram usados de preferência para comércio e para usos militares. As pessoas tinham que ser muito cuidadosas quando viajavam de navio por causa do perigo causado por tempestades, rochas arriscadas e piratas.
Porque não havia muitos motivos para as pessoas viajarem, a maioria delas nos tempos bíblicos permanecia bem próxima a suas casas. De tempos em tempos, entretanto, grandes grupos de pessoas se mudavam e se fixavam em algum outro lugar. Além disso, as pessoas viajavam por causa de festivais religiosos ou para fugir da guerra ou da fome. Olhando para essas diferentes maneiras de viajar na Bíblia, temos um entendimento melhor de como teria sido viver naqueles tempos.

VIAGEM NOS TEMPOS DO VELHO TESTAMENTO
Muitas histórias do Velho Testamento descrevem o povo de Israel se mudando de um lugar para outro para alimentar seus rebanhos de ovelhas. Os irmãos de José levaram seus rebanhos do sul de Canaã para Siquém e depois para Dotã (Gênesis 37:12-17), uma distância de apenas 96km. Davi viajou pela Palestina, chegando até Moabe (I Samuel 22:3). Além disso, os danitas se mudaram de suas casas a sudoeste de Jerusalém para o norte, bem ao sul das Montanhas do Líbano (Juízes 18:1).
No Velho Testamento, os viajantes normalmente caminhavam, embora jumentos fossem usados para montaria e levar cargas. O boi também era usado para o transporte de cargas pesadas e algumas vezes para transportar pessoas (Gênesis 46:5). Mais tarde, as pessoas começaram a montar camelos quando viajavam (I Reis 10:2; II Reis 8:9). Não sabemos muito sobre lugares para descanso dos viajantes naqueles tempos. Há somente poucas referências de "alojamentos" nas histórias do Velho Testamento (Gênesis 42:27; Gênesis 43:21; Êxodo 4:24).

VIAGEM NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO
O mundo romano conhecia bastante sobre viagem. Os romanos tinham que viajar para cumprir obrigações religiosas durante as épocas de festival, a negócio, para administração governamental e para fins militares. Entre os viajantes do primeiro século, encontramos os primeiros missionários cristãos.
O início da paz e autoridade romana e a construção de estradas de pedra bem feitas tornaram as viagens relativamente seguras e rápidas para as pessoas do tempo do Novo Testamento comparadas às do Velho Testamento. Percorriam-se longas distâncias dentro do Império Romano sobre boas estradas e sob condições razoavelmente seguras. Havia alguns perigos, no entanto, notadamente em viagem marítima, por causa de ventos, tempestades e piratas (Atos 15:39; Atos 18:18-22; Romanos 15:24-25 e II Coríntios 11:25-26). A viagem marítima de Paulo a Roma, por exemplo, foi muito perigosa (Atos 27:1 -28:14).
O Novo Testamento menciona uma quantidade de viagens feitas a pé. Maria viajou da Galiléia para a Judéia para visitar Isabel (Lucas 1: 39-40 e Lucas 1:56). O menino Jesus nasceu em Belém durante o censo (Lucas 2:1-7). Ele e sua família tiveram que viajar para Jerusalém a fim de agir em conformidade com as leis judaicas sobre purificação (Lucas 2:22). Por causa disso, houve três viagens de cerca de 112km de Nazaré a Jerusalém do tempo da concepção de Jesus à purificação de Maria. José e Maria também fizeram a visita anual da Páscoa a Jerusalém (Lucas 2:41-51).


VITÓRIA



VITÓRIAS ESPIRITUAIS LEITURA BíBLICA: 1 Samuel 4:1-22
VERSíCULO CHAVE: "E os filisteus, ouvindo o som da gritaria, disseram: Que quer dizer esta grande vozearia no arraial dos hebreus? Quando souberam que a arca do Senhor havia chegado ao arraial, os filisteus se atemorizaram; e diziam: Os deuses vieram ao arraial. Diziam mais: Ai de nós! porque nunca antes sucedeu tal coisa." (1 Samuel 4:6-7)
VITÓRIAS ESPIRITUAIS VÊM DA FÉ ATIVA
Os Palestinos tinham medo porque eles lembravam das histórias sobre a intervenção de Deus por Israel quando eles deixaram o Egito. Mas, Israel tinha virado as costas para Deus e estavam aderindo a uma única forma de godliness, um símbolo de vitórias passadas.

O povo (e as igrejas) freqüentemente tenta viver na memória das bênçãos de Deus. Os israelitas assumiram erradamente que porque Deus os tinha dado a vitória no passado, ele o faria novamente, mesmo eles tendo estado distante dele. Hoje, assim como nos tempos bíblicos, vitórias espirituais vêm através de um relacionamento com Deus que é renovado continuamente. Não viva no passado. Mantenha o seu relacionamento com Deus novo e fresco.

LEITURA BíBLICA: 1 Samuel 14:1-23
VERSíCULO CHAVE: "Disse Jônatas: Eis que passaremos àqueles homens, e nos descobriremos a eles. Se nos disserem: Parai até que cheguemos a vós; então ficaremos no nosso lugar, e não subiremos a eles. Se, porém, disserem: Subi a nós; então subiremos, pois o Senhor os entregou em nossas mãos; isso nos será por sinal" (1 Samuel 14:8-10)

VITÓRIAS ESPIRITUAIS FREQUENTEMENTE ACONTECEM ATRAVÉS DE PEQUENOS PASSOS DADOS POR DEUS
Jônatas não tinha autoridade para liderar todas as tropas na batalha, mas ele podia começar uma pequena desavença num canto do acampamento do inimigo. Quando ele fez isso, os palestinos ficaram em pânico, os hebreus que tinham sido recrutados para o exército palestino se revoltaram e os homens que estavam escondendo nas colinas retomaram a sua coragem e retornaram para a luta. Quando você esta encarando uma situação difícil que esta fora do seu controle, se pergunte, que passos tomar agora para chegar a uma solução? Pequenos passos pode ser exatamente o que você precisa para desencadear uma série de eventos levando a eventual vitória.
LEITURA BíBLICA: Hebreus 11:1-40
VERSíCULO CHAVE: "E todos estes, embora tendo recebido bom testemunho pela fé, contudo não alcançaram a promessa; visto que Deus provera alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados" (Hebreus 11:39-40)

A FÉ EM JESUS CRISTO NO ASSEGURA UMA VITÓRIA FINAL
O Velho Testamento recorda a vida de várias pessoas que experimentaram grandes vitórias. Jael e Débora conquistaram reinos (o livro de Josué; Juízes 4-5). Daniel foi salvo da boca de leões (Daniel 6). Sadraque, Mesaque e Abdenego, não foram feridos apesar de estarem dentro de uma fornalha quentíssima (Daniel 3). Elias escapou das espadas dos capangas da rainha Jezebel (1 Reis 19:2). Ezequias retomou suas forças depois de uma enfermidade (2 Reis 20). Gideão era poderoso na batalha (Juízes 7). O filho de uma viúva foi ressuscitado pelo profeta Eliseu (2 Reis 4:8-37). Todas essas conquistas foram exemplos da fé em ação. Nós também podemos experimentar a vitória através da fé em Cristo. Nossas vitórias sobre os opressores podem ser iguais aquelas dos santos do Velho Testamento, mas é mais provável que nossas vitórias seja especificamente para o papel que Deus quer que nós façamos. Apesar de nosso corpo deteriorar e morrer, nós viveremos para sempre por causa de Cristo. Na ressurreição prometida, até mesmo a morte será vencida, e a vitória de Cristo será completa.
LEITURA BíBLICA: 1 João 3:1-10
VERSíCULO CHAVE: Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus. (1 John 3:9)

FRANCISCO DE ASSIS



(1182–1226)
Pregador católico e místico que fundou as comunidades monásticas para homens e mulheres devotados à pobreza e ao serviço aos pobres
PREPARAÇÃO
Francisco era filho de Pietro Bernadone e Giovanna (de Pica), nascido em Assis (norte da Itália). Trabalhou com seu pai, um rico comerciante de tecidos, até os vinte anos quando as aventuras militares roubaram sua atenção. Feito prisioneiro por muitos meses depois de uma disputa na fronteira, refletiu em sua vida. Por volta de 1204, no entanto, Francisco se desencantou com sua juventude imprudente e valores materialistas. Começou a travar uma luta interna em oração e meditação.
Essa nova sensibilidade espiritual o preparou para dois acontecimentos que marcaram sua vida profundamente. O primeiro foi uma peregrinação a Roma, onde se ajoelhou ao lado de um leproso para dar-lhe esmolas e beijar suas feridas. O segundo foi a revelação que recebeu nas ruínas de uma pequena igreja em São Damião, nos arredores de Assis. Ali, uma voz vinda de um crucifixo, mandava que ele restaurasse a igreja. Convencido de que Francisco estava louco, seu pai, enfurecido, o denunciou e Francisco começou sua vida como poverello, o pobretão.
A ORDEM FRANCISCANA
São Francisco não pretendia fundar uma ordem religiosa, nem anteviu discípulos. Um grupo diverso de homens e mulheres, entretanto, o procurou. Entre eles estavam Bernardo de Quintravale, um rico comerciante; Sylvester, um clérigo; Giles de Assis, um camponês devoto; e Juniper, um místico levemente perturbado. Eles foram os primeiros membros dos Frades Menores (ou Franciscanos). Além disso, São Francisco ajudou Clare, de dezesseis anos, filha de uma família rica a se tornar a primeira de uma ordem de irmãs mendicantes. No seu Cântico do Irmão Sol, São Francisco e seus primeiros discípulos expressaram musicalmente sua fé e comunhão com Deus através da natureza. Depois de uma outra visão, na igreja de Porciúncula em 1208, os Franciscanos começaram sua missão de pregar o arrependimento, cantar, ajudar os camponeses em seu trabalho e a cuidar dos leprosos.
A menssgem do coração de São Francisco era a pobreza. Renunciar à pobreza era encontrar a verdadeira liberdade para servir a Deus e às pessoas necessitadas. A "primeira regra" estabelecida em 1221 afirmava: "Os frades não devem se apropriar de nada para si mesmos, nem uma casa, nem um lugar, nem algo mais ... eles pedem esmolas confiantemente".
São Francisco, fiel à igreja católica, escreveu que mesmo "se eles me perseguirem, eu me voltarei para eles para ajudar". O conselho Laterano (1215) procurou refrear o "entusiasmo excessivo" dos frades e reorganizar a irmandade sob regras monásticas existentes. A amizade de São Francisco com o poderoso cardeal Ugolino (mais tarde Papa Gregório IX) impediu que a ordem acabasse e ganhou deles o direito de continuar a esmolar. Visto que São Francisco tinha pouca habilidade administrativa, Ugolino dominava cada vez mais as políticas da ordem. São Francisco, por sua vez, se ocupava dos esforços missionários e da liderança espiritual.
Quando a liderança passou ao irmão Elias de Cortona em 1232, a ordem tomou muitas direções, desagradando a São Francisco. Novos frades queriam uma ênfase forte em educação, mas São Francisco sentiu que trairia a simplicidade do evangelho, criaria orgulho e criaria a manutenção de posses (tais como livros). Apesar dos pedidos de São Francisco, os frades por fim entraram na esfera política e na vida intelectual das universidades.
Com a direção da ordem fora de seu controle, São Francisco se afastou para uma vida semi-erética, quando recebeu os estigmas (feridas) de Cristo em seu corpo. Combinadas com o rigor da auto-negação, isso causou o enfraquecimento de sua saúde e depois de um longo período de doença, morreu em 1226. Foi canonizado dois anos depois.

Lateran council (1215) sought to curb the friarsÕ Òexcessive enthusiasmÓ and to reorganize the brotherhood under existing monastic rules. FrancisÕs friendship with the powerful cardinal Ugolino (later Pope Gregory IX) saved the order from dissolution and won them the right to subsist on begging. Since Francis lacked administrative skill, Ugolino increasingly dominated the orderÕs policies. Francis occupied himself, instead, with missionary endeavors and spiritual guidance.
When the leadership passed to brother Elias of Cortona in 1232, the order went in many directions, displeasing Francis. New friars wanted a stronger emphasis on education, but Francis felt this would betray the simplicity of the gospel, create pride, and foster the keeping of possessions (such as books). In spite of FrancisÕs pleadings, the friars eventually entered the political realm and the intellectual life of the universities.
With the direction of the order beyond his control, Francis retired to a semi-eremetic life, at which time he received the stigmata (wounds of Christ) on his body. Combined with the rigors of self-denial, this caused his health to weaken, and after extended illnesses he died in 1226. He was canonized two years later.

SAMUEL



Samuel foi o último dos juízes que governou Israel. O seu nome significa "o nome de Deus" ou "o seu nome é El" (El é nome do Deus da força e poder).

HISTÓRIA PESSOAL
Os pais de Samuel eram comprometidos com Deus e iam todos os anos adorar no santuário de Silo (1 Samuel 1:3). Seu pai, Elcana, era um levita (1 Crônicas 6:26) que vivia em Rama-taim-Zofim, um território de Efraim. Sua mãe, Ana, não podia conceber filhos no início de seu casamento. Elcana tinha uma segunda esposa chamada Penina.

Em uma visita a Siló, Ana orou no santuário (1 Samuel 1:6-11), e prometeu que se o Senhor a desse um filho, ela o dedicaria ele a obra de Deus por toda a vida como um juíz, ou um Nazireu (Números 6:1-21). O Senhor escutou a oração de Ana e concedeu o seu pedido. Ela não teve mais filhos até que completou o seu voto. Quando Samuel foi apresentado a Eli e começou o seu serviço no sanuário, ele se dobrou diante do Senhor e adorou o Senhor ali (1 Samuel 1:28). Três ingredientes formavam a fundação de sua personalidade e de suas realizações futuras: um senso de valor, o conhecimento do amor de seus pais (veja 1 Samuel 2:19) e um senso de propósito.

Em 1 Samuel 2 nós vemos mais provas do valor do treinamento de Samuel. Os filhos de Eli estavam nessa época seguindo práticas de religiões falsas. Eli que agora era um homem idoso, havia permitido que seus filhos se safassem de muitas coisas e agora não tinha o poder de pará-los. Samuel se recusou a seguir os passos dos filhos de Eli, ou mesmo se comportar desrespeitosamente para com ele. Quando Deus disse a Samuel que ele havia decidido julgar Eli e sua família, Samuel respondeu com reverência e respeito. Seu crescimento pessoal e espiritual indicava que ele havia sido marcado para ser um futuro profeta do Senhor. Em tempos em que os israelitas se recusavam a seguir a Deus e faziam o que eles achavam certo aos seus olhos (compare Juízes 17:6 e 21:25), Deus permitiu que nações vizinhas atacassem Israel como uma forma de repreensão, até que um juiz se levantou para libertá-los. Quando os Palestinos invadiram a terra (1 Samuel 4-6), o exército israelita foi derrotado. Eles acreditavam que a arca da aliança garantiria seu sucesso e eles foram até Siló buscá-la. No dia seguinte, os israelitas foram derrotados novamente e a arca foi tomada. Quando essa notícia chegou até Eli, ele caiu de sua cadeira e morreu. Vinte anos se passam antes que o nome de Samuel seja mencionado novamente (1 Samuel 7:2-3). Aparentemente ele vivia em Rama durante esse tempo e viajava pelo país pregando e avisando os israelitas a virarem as costas ao pecado (compare Deuteronômio 16:18-22; 17:8-13). Samuel provavelmente também começou "escolas" de profetas durante esse período. Escolas foram começadas em Betel (1 Samuel 10:5; 2 Reis 2:3), Gigal (2 Reis 4:38), Rama (1 Samuel 19:20) e em outros lugares (2 Reis 2:5), talvez como resultado natural do ministério de Samuel. Depois de vinte anos de ministério, Samuel achou que havia chegado o tempo de ele se mudar para Israel para uma unidade espiritual e nacional. Ele convocou uma reunião em Mizpa (1 Samuel 7). Ali, os israelitas derramaram água no chão, jejuaram e oraram para expressar uma humilhação e um arrependimento profundo.
Os Filisteus não entenderam o que os israelitas estavam fazendo e decidiram atacar os adoradores indefesos, que imploraram que Samuel orasse por eles. Ele ofereceu um sacrifício e o Senhor mandou uma tempestade violenta, que assustou os filisteus invasores, mandando eles embora. Os israelitas os perseguiram e tiveram uma vitória importante em Ebenézer (1 Samuel 7:12).

Israel rejeitou a liderança de Samuel, que estava ficando mais velho, e pediu um rei (1 Samuel 8). Depois de muita oração, o Senhor deu direção a Samuel e ele concedeu o pedido de Israel por um rei. Pouco tempo depois ele ungiu Saul com óleo e declarou que ele era um príncipe sobre o povo de Deus. Samuel, então convocou os israelitas a Mizpa onde a escolha de Deus foi oficializada e Saul foi saudado como rei. Depois da vitória de Saul sobre os Amonitas (1 Samuel 11), Samuel confirmou o reinado de Saul em Gigal. Samuel então se aposentou em Rama para treinar homens para continuar o seu ministério. Samuel reprovou Saul duas vezes. A primeira vez foi pela impaciência e a desobediência de Saul (1 Samuel 13:5-14) e a segunda vez foi pela desobediência de Saul a uma ordem direta do Senhor (15:20:23), quando o Senhor o rejeitou como rei. Samuel foi então mandado para a casa de Jessé em Belém onde ele ungiu Davi como o rei escolhido por Deus (16:1-13). Primeiro Samuel 25 nos fala vagamente sobre a morte de Samuel, quando toda Israel se juntou para lamentar a sua morte. Ele foi enterrado em Rama. A única outra menção a Samuel está em 1 Samuel 28. Quando invocado pela feiticeira de En-Dor a pedido de Saul, o espírito de Samuel apareceu e anunciou que no dia seguinte Saul e seus filhos morreriam na batalha.
CARÁTER
Samuel superou vários problemas através de perseverança e dedicação a obra do Senhor. Ele se preocupava com o bem de seu povo. Sábio e corajoso, ele criticou o rei, os anciãos e outras pessoas quando necessário, sempre do ponto de vista da vontade revelada de Deus. Apesar de Samuel servir como juíz e sacerdote, ele era primeiramente um profeta. Através de seu ministério, a vida espiritual dos israelitas melhorou. Ao nomear um rei, ele liderou o povo de Israel de uma desunião tribal a uma unidade nacional.
Samuel merece um lugar entre os grandes homens da fé (Hebreus 11:32). Ele foi o último dos juízes (1 Samuel 7:6, 15-7) e o primeiro dos profetas (3:20; Atos 3:24; 13:20).

SAMARIA



Samaria era a capital do reino do norte de Israel. Ela foi sempre identificada pelo monte onde fica o vilarejo de Sebastie.

O monte foi comprado de Semer, o povo que ali vivia, pelo rei Onri. O Rei Onri construiu a sua nova capital ali (1 Reis 16:24). O monte se tornou o centro do reino do norte e tinha prestígio por causa da família do Rei Onri. No entanto, também estava aberto a ataques. Ben-Hadade, o rei da Síria, fez uma aliança com 32 reis e atacou Samaria (1 Reis 20), mas os israelitas conseguiram tirá-los dali. Durante o reino do filho do Rei Ahab, Jorão, Ben-Hadade atacou novamente (2 Reis 6:24-7:20) e quase conquistou a cidade com um assédio que durou muito tempo.

Depois de uma série de guerras e os esforços do Rei Jeú para se livrar dos sacerdotes de Baal em Samaria (2 Reis 10:18-28), a cidade começou a adorar novamente ao Deus verdadeiro durante o reinado dos descendentes de Jeú. No entanto, as pessoas que adoravam o falso deus Asherah ainda viviam em algumas partes de Samaria debaixo da liderança de Jeoás (2 Reis 13:6). Nessa época, a Síria continuou atacando a cidade "e os tinha feito como pó" (2 Reis 13:7).

Durante o século 8 A.C., a balança de poder mudou a favor de Israel (2 Reis 13:14-25), e debaixo do reinado do Rei Jeroboão II, Samaria desfrutou de uma grande prosperidade (2 Reis 14:23-28; Amós 3:10, 15; 4:1 e 6:1, 4-6). No entanto, no final do século 8 A.C., brigas internas em Israel permitiu que o reino ficasse vulnerável aos ataques assírios (2 Reis 15). Samaria foi finalmente conquistada pelo Rei Salmaneser (2 Reis 18:9-12). Durante as décadas seguintes, exilados de outros países eram mandados para Samaria pelos Assírios.

Durante o reinado dos persas dos séculos 6 ao 4 A.C., Samaria era o centro de um distrito administrativo governado por uma dinastia de governadores que incluía membros da família Sambalate (Neemias 2:10). O povo que vivia em Samaria durante esse período eram chamados de samaritanos. Apesar de eles se considerarem parte de Israel, eles eram rejeitados pelo povo de Judá (Esdras 4:1-3). No entanto quando os judeus de Elephantine queriam reconstruir o templo no Egito, eles pediram a ajuda dos samaritanos. O historiador Josefos, escreveu que quando Alexandre o Grande veio a Levant em 331 A.C., os samaritanos caíram nas suas boas graças (Antiquities 11.8.4). Mais tarde, no entanto, eles se rebelram contra ele e assassinaram o seu governador. Os líderes samaritanos nessa época se refugiaram na caverna de Wadi Dalieh, onde eles ficaram presos com seus documentos pessoais escritos em papiro. Esses líderes eventualmente sufocaram na caverna. Samaria foi tomada em 108-107 A.C. por John Hyrcanus, que destruiu a cidade. Ela foi reconstruída por Pompeu e mais tarde restaurada por Gabinius. O Rei Herodes mudou o nome da cidade para Sebaste em homenagem a César Augusto e construiu um templo enorme à César ali. Durante a primeira guerra Judaica, o povo de Sebaste foi conquistado e escravizado pelos romanos.

SALOMÃO



O terceiro rei de Israel e o segundo filho de Davi e Bate-Seba, Salomão governou Israel por quarenta anos (970-930 A.C.).

ESCOLHIDO PARA O TRONO
Como os outros filhos de Davi, Amnon e Absalão, não faziam questão do trono, Salomão e Adonias pareciam ser os que herdariam o trono. Mas o reinado tinha sido prometido a Salomão (1 Crônicas 22:9-10). Perto do fim da vida de Davi, Adonias tomou algumas providências para se tornar rei. Com a ajuda de Joabe, um general do exército, e Abiatar o sacerdote, Adonias foi proclamado rei. Salomão, o profeta Natã e Benaías não foram convidados para a cerimônia. Natã contou a Bate-Seba sobre o plano de Adonias, e Bate-Seba perguntou a Davi quais eram os seus planos. Davi mandou que Salomão fosse proclamado rei sobre Israel. Ele foi ungido por Zadoque enquanto tocavam as trombetas e o povo gritava "Viva o rei Salomão" (1 Reis 1:34). Adonias percebeu que a sua tentativa de se tornar rei havia desmoronado e assim ele pediu que tivessem misericórdia prometendo que seria fiel ao novo rei.

Salomão trabalhou rápido para assegurar o seu poder (1 Reis 1-2). Quando Adonias pediu para se casar com Abisague, a mulher que havia sido companheira de Davi na sua velhice (1 Reis 1:1-4), Salomão recusou o pedido e mandou que matassem Adonias (1 Reis 2:22-25). Como Abiatar tinha se unido com Adonias, ele foi despedido de seu emprego de sacerdote. Enquanto isso, Joabe - o general do exército de Davi que também tinha se juntado a Adonias - fugiu para o altar. O rei ordenou que Benaías o matasse. Benaías se tornou então comandante chefe do exército.

Uma das primeiras ações escritas de Salomão foi ir até Gibeão e sacrificar mil ofertas queimadas a Deus. Na noite seguinte, o Senhor apareceu em sonho ao rei e perguntou qual era a coisa que ele mais queria. Salomão pediu sabedoria para ser um bom rei para Israel e Deus se agradou de seu pedido (1 Reis 3:1). O rei de Israel teve o seu pedido realizado juntamente com vida longa, riquezas e fama.
AS REALIZAÇÕES DE SALOMÃO
SEU GOVERNO
Daví havia juntado as doze tribos de Israel, mas Salomão organizou todo o estado com a ajuda de muitos oficias (1 Reis 4:1). O país inteiro foi dividido em doze distritos principais. Cada distrito tinha que pagar pelas despesas da corte do rei durante um mês do ano. O sistema era justo e distribuía o peso dos impostos igualmente por todo o país.
SUAS CONSTRUÇÕES
Um dos primeiros projetos de Salomão era construir o templo, que Daví tinha sonhado em construir. Hirão, rei de Tiro, forneceu cedro do Monte Líbano para o templo (1 Reis 5:1-12), e ele foi pago com comida. Para ter trabalhadores para esse projeto, os cananitas foram feitos escravos (1 Reis 9:20-21). Os israelitas também foram forçados a trabalhar em grupos de 10,000 (1 Reis 5:13-18; 2 Crônicas 2:17-18). Levou 7 anos para acabar de construir o templo, que para parâmetros modernos, era uma construção pequena: 27.4 metros de comprimento, 9.1metros de largura e 13.7 metros de altura. Porém, a cobertura de ouro colocada nas paredes e os mobília fez dela uma construção muito valiosa.

No décimo primeiro ano do reinado de Salomão, foi celebrada a dedicação do templo (1 Reis 6:38, 1 Reis 8:1-5). A presença do Senhor encheu o templo e Salomão fez uma grande oração dedicando o templo (1 Reis 8:23-53). Depois disso ele ofereceu 22,000 bois e 120,000 ovelhas juntamente com outras ofertas. O povo estava muito alegre porque um grande rei tinha substituído Davi.

Salomão construiu muitos outros prédios. Levou treze anos para construir a sua casa, que era grande o suficiente para abrigar muitas esposas, concubinas e servos. Um grande forte também foi construído para proteger o templo (1 Reis 9:24).
SUA SABEDORIA
Salomão escreveu 3,000 provérbios e mais de 1,000 cânticos (1 Reis 4:32). A maior parte do livro de Provérbios é atribuído a ele (Provérbios 25:1), assim como Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e os Salmos 72 e 127.

A rainha de Sabá veio ver e ouvir se os relatos sobre a sabedoria e fama de Salomão eram verdade. Depois de ver tudo o que ele tinha em Jerusalém e ouvir a sua sabedoria, ela abençoou o Senhor Deus de Israel por levantar uma pessoa tão sábia para sentar num trono tão magnífico (1 Reis 10:1).

SUA QUEDA
Apesar de sua sabedoria, Salomão fez alguns julgamentos errados durante o seu reinado. O seu maior erro foi casar com muitas mulheres e ter muitas concubinas. Ele também construiu templos pagãos para que elas pudessem adorar os seus muitos deuses (1 Reis 11:1-8). O Senhor puniu a Salomão, permitindo que Israel fosse atacada por todos os lados. Apesar de o reino não ter sido destruído durante a vida de Salomão, o seu filho viu o reino dividido. Não há nenhum registro falando do arrependimento de Salomão, mas o livro de Eclesiastes mostra a culpa que Salomão sentia pelas suas decisões erradas.

SACERDOTES, LEVITAS



INTRODUÇÃO
Em tempos atuais, a palavra "sacerdote" é usada para uma pessoa que lidera uma igreja. A palavra "sacerdote" é usada também quando falamos de todos os cristãos, Por exemplo, Pedro escreveu que a igreja era um "sacerdócio real" (1 Pedro 2:9). Mas quando que os sacerdotes começaram a fazer a obra de Deus? O que significa ser um sacerdote? Para encontrar as respostas para essas perguntas, precisamos dar uma olhada na bíblia e nos eventos históricos que ajudaram moldar os sacerdotes de hoje. No Velho Testamento, havia três classes de obreiros religiosos: os profetas, os mestres e os sacerdotes e levitas.

Os profetas eram servos da relação de Deus com Israel. O seu trabalho normalmente envolvia chamar pessoas desobedientes de volta para Deus durante períodos difíceis. Apesar dos profetas terem um trabalho muito importante, eles não eram profissionais, e eles não eram pagos pelo seu trabalho. Os profetas faziam esse trabalho especificamente por que Deus os tinha chamado para isso.

Os mestres eram líderes do governo e professores. A maioria das classes que eles ensinavam eram sobre moral e comportamento divino, mas eles também faziam outras tarefas que não envolviam religião ou adoração.

Os sacerdotes e os levitas preenchiam várias tarefas religiosas e tinham muito em comum com os sacerdotes de hoje. Os sacerdotes e os levitas eram homens profissionais que eram pagos pelo seu trabalho religioso em tempo integral. Eles lideravam serviços religiosos e ajudavam os israelitas a tentarem ter um bom relacionamento com Deus. Era um trabalho muito digno e poucas pessoas eram qualificadas para fazê-lo.

OS SACERDOTES
As pessoas não decidiam se tornar sacerdotes. Elas se tornavam sacerdotes pela virtude da descendência sacerdotal. Em razão disso, os primeiros sacerdotes foram os quatro filhos de Arão: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Esses quatro foram ordenados ao mesmo tempo em que Arão foi ordenado sumo sacerdote (Êxodo 28:1). Assim como Arão, os sacerdotes tinham roupas especiais que eram basicamente parecidas, apesar de faltar peças de roupa distintas do sumo sacerdote (o ephod especial, chestpiece e a coroa). Depois que os sacerdotes morriam, seu trabalho era passado para seus filhos e netos.

Deus queria que todos os sacerdotes fossem santos, então ele deu aos israelitas leis específicas para os sacerdotes. O homem teria que ser descendente de Arão para ser sacerdote, mas ele também tinha que ter várias outras qualificações. Ele não poderia ser casado a uma mulher divorciada ou uma ex-prostituta (Levíticos 21:7). Se ele tivesse algum tipo de doença ou defeito de nascença, ele não poderia se tornar um sacerdote. Isso incluía cegueira, deficiência física, mutilação, ou ser corcunda ou anão (Levítico 21:16-23). Os princípios para escolher um sacerdote eram parecidos com os princípios para escolher um animal que seria sacrificado. Somente animais (e sacerdotes) que estivessem livres de defeitos ou falhas serviam para o serviço divino.
A bíblia nos dá alguma informação sobre as tarefas específicas dos sacerdotes antigamente em Israel. Por exemplo, Eleazar era responsável pelo tabernáculo e suas ofertas (Números 4:16). Ele também assistia Moisés em várias tarefas, tais como um censo dos israelitas e dividir e terra (Números 26:1-2; 32:2). Mais adiante, Eleazar também serviu como conselheiro a Josué. Itamar era responsável pela construção do tabernáculo (Êxodo 38:21) e supervisionava as famílias dos gersonitas e dos meraritas (Números 4:28-33). A bíblia não nos fala muito sobre Nadabe e Abiú, porque eles morreram logo após sua ordenação por causa de um ato pecaminoso, que pode ter sido embriagueis (Levítico 10:1-9).

As tarefas sacerdotais, em geral, tinham três áreas (Deuteronômio 33:8-10). Primeiro, os sacerdotes eram responsáveis, juntamente com o sumo sacerdote, por declarar a vontade de Deus ao povo. Segundo, eles tinham que ensinar as ordenanças e as leis de Deus ao povo de Israel (Deuteronômio 33:10). E por último, eles tinham que ser servos do tabernáculo e participar nos sacrifícios e adorações de Israel. Havia várias outras tarefas que os sacerdotes podem ter tido, mas em geral eles devem ter dividido isso com os levitas.

Os sacerdotes, juntamente com os outros levitas, não possuíam nenhuma terra como as outras tribos tinham. O seu trabalho era pra ser completamente dedicado a servir a Deus. No entanto, por que eles não possuíam nenhuma terra, eles não podiam plantar comida para comer. Por causa disso, a lei de Deus decretava que todos os israelitas tinham que sustentar os levitas pelos seus serviços. Quando o povo adorava no tabernáculo, eles traziam porções de animais, milho, vinho, óleo e lã para os sacerdotes.
OS LEVITAS
O termo "Levitas", inclui todas as pessoas descendentes de Leví, incluindo aqueles que eram sacerdotes. Todos os sacerdotes eram levitas, no entanto nem todos os levitas eram sacerdotes. Quando o termo "levita" é usado juntamente com" sacerdote" se refere aos membros da família de Levi que não eram sacerdotes. Como os sacerdotes, os levitas serviam no tabernáculo, apesar de eles serem subordinados aos sacerdotes. Eles também eram profissionais e eram pagos pelos seus serviços. Apesar de eles não herdarem seus próprios territórios (nenhum levita podia ser dono de uma propriedade), a bíblia diz que havia várias cidades que eram separadas para o seu uso (Número 35:1-8). Pastos também eram separados para os animais dos levitas. Os levitas eram divididos em três famílias principais, os descendentes de Coate, Gérson e Merari e cada uma dessas famílias tinha uma responsabilidade particular envolvendo o cuidado e o transporte do tabernáculo (Números 4). Os filhos de Coate carregavam os móveis do tabernáculo (depois que havia sido coberto pelos sacerdotes). Os filhos de Gérson eram responsáveis por cobrirem as telas. Os filhos de Merari carregavam e montavam a moldura do tabernáculo.
Esses levitas só podiam ser servos do tabernáculo entre seus 25 a 50 anos (Números 8:24-26). Apesar de as tarefas dos levitas serem de certa forma mundanas, eles também tinham um papel religioso muito significativo. A lei exigia que todos os primogênitos, fossem entregues a Deus, o que lembrava os israelitas do tempo em que Deus matou todos os primogênitos egípcios antes do Êxodo. O papel dos levitas na religião era de serem aceitos por Deus como substitutos pelos primogênitos de Israel (Números 3:11-13). Do mesmo modo, o gado dos levitas substituía o gado primogênito dos israelitas. No entanto, num censo feito no tempo de Moisés, o número de primogênitos israelitas excedia o número de levitas, e uma taxa de redenção tinha que ser paga por cada pessoa em excesso (Números 3:40-51). A lei escrita em Deuteronômio especifica vários deveres que devem ter recaído tanto sobre os levitas como sobre os sacerdotes (apesar da bíblia não ser totalmente clara). Esses deveres incluíam a participação na atividade dos tribunais como juízes, talvez com referência especial a crimes religiosos (Deuteronômio 17:8-9), tomar conta do Livro da Lei (Deuteronômio 17:18), controlando as vidas e saúde de leprosos (Deuteronômio 24:8) e participando diretamente em cerimônias para a renovação da aliança de Israel com Deus (Deuteronômio 27:9).

SABEDORIA



VISÃO GERAL
A sabedoria é a habilidade de direcionar a mente de uma pessoa ao entendimento completo da vida humana e a sua realização moral. A sabedoria é uma capacidade especial, necessária para a vivência humana completa; pode ser adquirido através da educação e aplicação da mente.

A SABEDORIA DIVINA
Apesar do termo "sabedoria" ser usado primeiramente no Velho Testamento tendo como referência os seres humanos, toda sabedoria vem de Deus. A sabedoria forma uma parte central da natureza de Deus. Deus criou o universo com sabedoria (Provérbios 3:19) e os seres humanos (Salmos 104:24). Desta maneira, a sabedoria, na sua conotação positiva, é algo que é inerente em Deus, refletida na criação e parte da razão da existência humana.

A sabedoria na criação é refletida na forma e na ordem como emergiu do caos primitivo. A sabedoria de Deus é expressa na criação da humanidade o que significa que a vida humana também pode ser marcada pela forma e pela ordem e que o sentido da vida pode ser encontrado no mundo criado, o qual contém marcas da sabedoria divina. A sabedoria de Deus é criativa, proposital e boa; não é a mera atividade intelectual de Deus. O potencial para a sabedoria humana está enraizado na criação da humanidade. Criado pela sabedoria divina, os seres humanos têm dentro deles uma capacidade de sabedoria dada por Deus. Assim, é importante entender a sabedoria humana sem antes entender o seu antecedente necessário, a sabedoria divina.
A SABEDORIA HUMANA
O tipo positivo e especial de sabedoria dos seres humanos não pode ser entendido à parte de Deus. Primeiro, a sabedoria humana só é possível por causa da sabedoria divina presente na criação; o potencial para sabedoria existe somente porque Deus o criou. Segundo, se a sabedoria for desenvolvida no ser humano, o ponto de partida tem que ser Deus - especificamente, Deus tem que ser temido e reverenciado. Esse conceito hebraico de sabedoria é bem diferente do conceito grego.

A sabedoria humana, na concepção hebraica, é desta maneira, um desenvolvimento da mente, uma expansão de conhecimento e um entendimento tanto do significado da vida quanto como essa vida tem que ser vivida.

Os sábios não são os mais inteligentes da sociedade israelita, mas como o livro de Provérbios deixa claro, eles eram aqueles cujas vidas eram caracterizadas pelo entendimento, paciência, diligência, confiabilidade, autocontrole, modéstia e virtudes similares. Em uma palavra, o homem sábio era o homem temente a Deus. A partir desta concepção geral de sabedoria, emergiu uma categoria especial de homens na Israel antiga, os homens sábios. Apesar da sabedoria não ser limitada para eles, eles eram responsáveis pelo crescimento e pela comunicação da sabedoria em Israel. Os homens sábios formavam uma das três classes existentes de pessoas religiosas. Primeiro tinham os sacerdotes e os levitas, cuja as responsabilidades eram primeiramente dentro do contexto da religião estabelecida. Eles eram servos do templo e líderes de adoração e também tinham algumas responsabilidades na área da educação religiosa. Depois tinha os profetas, os porta-vozes de Deus para o povo de Deus. Logo em seguida tinham os homens sábios. De uma certa perspectiva, eles possuíam a tarefa mais secular dos três grupos. Eles estavam envolvidos em uma variedade de tarefas, desde administração governamental até educação moral e secular. Como educadores morais, eles instruíam as pessoas jovens de seus dias, não em como ganhar a vida, mas em como vivê-la.

SÁBADO




VISÃO GERAL
A palavra ÒSábadoÓ vem da palavra hebraica que significa "cessar" ou "parar". O Sábado era um dia (da noite de sexta-feira até a noite de Sábado no tempo de Jesus) quando todo o trabalho comum parava. As Escrituras nos contam que Deus deu a seu povo o Sábado como uma oportunidade de servi-lo e como lembrança de duas grandes verdades na Bíblia: Criação e Redenção. O Sábado deveria ser um dia de descanso e adoração - um dia separado para restauração espiritual, mental e física.
Depois da ressurreição de Jesus, os fiéis cristãos começaram a adorar no Dia do Senhor, o primeiro dia da semana, o dia da ressurreição do Senhor (I Coríntios 16:1-2). Mas o modelo para o Dia do Senhor era o Sábado.

O SÁBADO NO VELHO TESTEAMENTO
A relação entre a Criação e o Sábado foi primeiramente expressa em Gênesis 2:2-3. Deus "terminou" sua obra da Criação depois de seis dias e então "abençoou" o sétimo dia e "o declarou santo". No quarto mandamento (Êxodo 20:8-11), a "bênção" e "separação" do sétimo dia depois da Criação formam a base de sua exigência para que os israelitas lembrem do sétimo dia como um dia de descanso sabático.

O DESCANSO DE DEUS
A idéia de Deus descansando de seu trabalho é um ponto de partida. Ela aparece ainda mais vívida em Êxodo 31:17, quando Deus conta a Moisés quão restaurado ele foi pelo seu dia de descanso. Essa imagem do Criador como um artífice é sempre descrita na Bíblia. Não há dúvida de que Deus fala sobre o Sábado dessa maneira para mostrar às pessoas que devem seguir o modelo que o Criador lhes estabeleceu. Um dia de descanso é necessário para indivíduos, famílias, serviçais e mesmo animais (20:10).
O estabelecimento do Sábado no relato bíblico da Criação dá a entender que esta é uma das regras do Velho Testamento que se aplica a todas as pessoas e não somente a Israel. Quando Deus incluiu a lei do Sábado nos Dez Mandamentos, enfatizou sua importância. Os Dez Mandamentos tinham uma posição especial na lei do Velho Testamento. Foi a única lei transmitida pela voz de Deus (Êxodo 20:1), escrita pelos seus dedos (31:18) e colocada na arca da aliança, que era uma parte muito importante dos cultos de adoração de Israel (25:16). O Novo Testamento também enfatiza o fato de que os Dez Mandamentos descrevem princípios importantes para todas as pessoas em todos os lugares em todos os tempos. Se o Domingo é ou não reconhecido como o Sábado cristão, os cristãos deveriam aceitar a importância do Sábado descrita na Bíblia. As instruções de Deus requerem que todas as pessoas observem uma parada semanal do trabalho.

A LEI DE DEUS
Significativamente, a segunda idéia por trás do ensino bíblico sobre o Sábado - a idéia de redenção - também está contida nos Dez Mandamentos. A lei de Deus sobre o Sábado, já descrita em Êxodo 20:8-11, reaparece em Deuteronômio 5: 12-15. Entretanto, nessa passagem, Deus dá ao povo uma razão diferente para guardar o Sábado: "porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão poderosa, e braço estendido: pelo que o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado" (5:15).
As diferenças entre estes dois relatos do Sábado são importantes. O primeiro (Êxodo 20) é endereçado através de Israel para todas as pessoas como seres criados. O segundo (Deuteronômio 5) é dirigido a Israel como uma nação de pessoas redimidas por Deus. Por causa disso, o Sábado é o marco de Deus. Ele aponta não somente para a sua bondade para com todas as pessoas como seu Criador, mas também para sua graça para com seu povo escolhido como seu Redentor.

ROMA

ROMA

VISÃO GERAL
Roma era uma cidade na Itália fundada em 753 A.C.. Roma não é mencionada no Velho Testamento, no entanto foi muito importante para as histórias do Novo Testamento.

HISTÓRIA
A república romana foi estabelecida em 510 A.C.. Esse estabelecimento marcou o começo da expansão memorável para se tornar um império mundial. A população que estava espalhada nas montanhas e nos vales, se uniu e solucionou problemas políticos sem derramamento de sangue. O termo república não significa que Roma era um tipo de democracia, muito pelo contrário, as famílias mais antigas dominavam o senado e eles fizeram uma pequena aristocracia. Esse arranjo era muito útil para Roma naquela época. A pequena cidade logo saiu de sua área confinada e conquistou os Etruscos e dominaram as cidades gregas no sul. Os romanos, então, procuravam expandir o seu território ainda mais.

As muitas conquistas trouxeram muitas riquezas. Por causa da mudança geográfica, houve mudanças sociais na Itália. Durante o século 2 A.C., ricos proprietários de terra compraram as terras dos fazendeiros independentes, que tiveram então que se mudar para Roma sem terra e sem trabalho. Casas enormes superlotadas começaram a surgir e viraram curtiços. Ao lado dessa pobreza havia evidência da vasta riqueza das conquistas de Roma em terras estrangeiras. Surgiram prédios bonitos na capital.

A cidade de Roma era a capital do império e a casa do imperador, dos senadores, dos administradores, dos militares e dos sacerdotes. Augusto, o primeiro imperador, trouxe a paz a Roma depois de um século de guerra e restabeleceu a cidade e a adornou. Ele se gabava dizendo que encontrou Roma construída de tijolos e a deixou construída de mármore. Seu esforço em restaurar a antiga religião de Roma levou a construção de muitos templos.

OS CRISTÃOS EM ROMA
Paulo foi escoltado até Roma em março de 59 D.C. Ele viu que a igreja cristã já havia sido estabelecida ali. De fato ele já havia se comunicado com os cristãos na sua carta aos romanos em 57 D.C.. Havia uma grande colônia judaica em Roma no século um D.C. Essas pessoas eram descendentes de um grande número de escravos judeus trazidos a cidade por Pompeu, depois da captura de Jerusalém em 63 D.C.. O imperador Claudius expulsou os judeus de Roma em 49 D.C., possivelmente quando Jesus foi proclamado o Messias na sinagoga. Não se sabe quem eram os pregadores, mas eles eram provavelmente viajantes e comerciantes cristãos. A carta de Paulo aos romanos era uma explicação da obra de Cristo para com as igrejas gentio que vieram a existência independentemente dele. O seu primeiro contato com o povo de Roma, que nós temos conhecimento, foi quando ele conheceu Priscila e Áquila em Corinto (Atos 18:2). Esse casal foi expulso de Roma nos tempos de Caludius. No seu fechamento, Paulo menciona um circulo considerável de cristãos em Roma (Romanos 16).
Durante o período em que estava em cativeiro, Paulo era prisioneiro de autoridades romanas, mas ele conseguiu conhecer o líder local dos judeus, contar suas experiências e explicar o evangelho pessoalmente a eles (Atos 28:16-31).

ROBOÃO



Roboão foi um rei (930-913 A.C.) especialmente lembrado por manter a separação entre o reino hebreu e por ser o primeiro rei do reinado separado do sul de Judá. Roboão tinha 41 anos quando ele subiu ao trono, e ele reinou por quarenta anos.

A SEPARAÇÃO DO REINADO
Quando Salomão morreu (930 A.C.), seu filho Roboão subiu ao trono. Talvez como concessão aos eframitas, que geralmente ficavam chateados com o seu status inferior, Roboão concordou em manter a sua coroação na sua cidade de Siquém ao invés de em Jerusalém, um lugar tradicional (1 Reis 12:1).

Na assembléia, os líderes das tribos do norte, acompanhadas de Jeroboão, aproximaram-se do rei para fazer concessões. Jeroboão - um oficial da administração de Salomão que fugiu para o Egito quando Salomão suspeitou que ele o estivesse traindo - retornou a Israel para assumir uma posição de liderança. Jeroboão estava destinado a governar Israel por causa do pecado de Salomão (1 Reis 11). Os inúmeros projetos de prédios e a extravagância de Salomão levaram o reino à falência resultando numa sobrecarga intolerável de impostos. A população em geral queria um alívio desses impostos altíssimos.

O novo rei pediu um período de três dias para estudar a proposta. Os conselheiros mais velhos da época de Salomão aconselharam o rei a se compromissar com o povo; os mais jovens o encorajaram a não ter moderação alguma e aumentar ainda mais a carga de impostos. Seguindo o conselho de seus conselheiros mais jovens, Roboão ameaçou arrogantemente a colocar impostos ainda mais altos. As tribos do norte impacientemente de desvencilharam para formar um reino separado de baixo da liderança de Jeroboão. As tribos de Judá e Benjamim eram as únicas fiéis a Roboão. A existência de um reino do norte separado não era novidade. Depois da morte de Saul, o norte havia seguido o seu próprio caminho enquanto Davi reinava em Hebrom. Uns 30 anos mais tarde, apoiou brevemente Sebá numa revolta contra Davi. Agora, debaixo da liderança de Jeroboão, a ruptura se tornou permanente.
Não aceitando o sucesso da separação, Roboão enviou a Adorão, o seu tesoureiro, para tentar desfazer a separação. Os Israelitas do norte, porém, o apedrejaram até a morte, e Roboão conseguiu fugir para Jerusalém. Imediatamente, Roboão tentou dominar as tribos rebeldes. Ele juntou um exército de 180,000 homens das tribos de Judá e Benjamim e se preparou para marchar para o norte, mas o profeta Semaías trouxe a palavra de Deus para abandonar o projeto pois o rompimento do reino era parte do julgamento de Deus sobre Israel por causa de sua conduta pecaminosa durante o reino de Salomão. Roboão abandonou seus esforços militares prontamente, mas alguns acontecimentos bombardearam a relação entre Roboão e Jeroboão durante seus reinados.

O REINADO DE ROBOÃO
O reino do sul experimentou um avivamento espiritual e militar. Por causa do estabelecimento de uma nova religião falsa no reino do norte, sacerdotes e levitas se mudaram para o sul, aonde eles fortificaram muito a fibra espiritual do reino de Judá. Aparentemente, eles ajudaram a manter a estabilidade de Judá por três anos. No entanto, o povo construiu santuários pagãos pela terra. Eles começaram a se envolver em práticas de religiões corruptas das nações pagãs em volta deles. Logo, o próprio Roboão abandonou a lei do Senhor e toda Israel o seguiu (2 Crônicas 12:1). Roboão era filho de Salomão, um pai preocupado que se tornou negligente sobre coisas espirituais. A mãe de Roboão se chamava Naamá, uma princesa amonita pagã que não parecia ter nenhuma percepção espiritual (1 Reis 14:21). O exemplo que seu pai deixou tendo um harém e inúmeros filhos tiveram um grande impacto nele. Roboão tinha 18 esposas, 60 concubinas, 28 filhos e 60 filhas. Ele gastava bastante tempo provendo lugar para eles morarem na cidade de Judá (2 Crônicas 11:21-23). Com o passar do tempo, a apostasia de Judá se tornou tãogrande que Deus trouxe o julgamento sobre a nação na forma de invasão de estrangeiros. No quinto ano de Roboão (por volta de 926 A.C.), Sisaque I do Egito invadiu a Palestina com 1,200 carros e 60 mil homens (2 Crônicas 12:2-3). Depois do sucesso inicial de Sisaque, o profeta Semaías deixou claro ao rei e a nobreza que a invasão era uma punição direta por causa de seus pecados. Quando eles se arrependeram, Deus prometeu moderar a sua punição. Eles foram sujeitados a impostos pesados ou a um saque de sua cidade. O tesouro nacional e o tesouro do templo foram esvaziados para satisfazer as demandas dos egípcios. A invasão de Sisaque continuou no reinado do norte adentro. O arrependimento de Roboão só foi temporário. Os anos seguintes foram caracterizados como maus (2 Crônicas 12:14) e seu filho e sucessor Abias, "andou em todos os pecados que seu pai tinha cometido antes dele;" (1 Reis 15:3). Provavelmente os pecados de seu pai não seriam condenados se os últimos 12 anos de Roboão tivessem sido um bom exemplo para o seu filho que estava amadurecendo.

REINO DE DEUS, REINO DOS CÉUS



Apesar de o reino de Deus não aparecer em nenhum mapa, é um lugar real. É um lugar aonde a vontade de Deus é realizada inteiramente. É perfeito e com muita paz. A primeira vez que Deus trouxe o seu reino a luz foi quando ele veio a terra como homem. Ele curou os doentes e ressuscitou os mortos. Nós veremos e entenderemos o reino por completo quando Jesus vier novamente glorioso. Jesus reinará num reino que durará para sempre. Ele destruirá Satanás e o seu reinado para sempre.

ENTENDENDO O REINO
De acordo com o testemunho dos primeiros três evangelhos, a proclamação do reino de Deus era a mensagem principal de Jesus. Mateus resume o ministério de Jesus na Galiléia quando ele diz: "E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo" (Mateus 4:23). O Sermão da Montanha fala sobre a justificação que qualifica a pessoa a entrar no reino de Deus (5:20). A coleção de parábolas em Mateus 13 e Marcos 4 ilustram o mistério do reino de Deus (Mateus 13:11; Marcos 4:11). A ceia do Senhor pede pelo estabelecimento do reino de Deus (Mateus 26:29; Marcos 14:25).

O Novo Testamento fala de duas formas diferentes da expressão: "o reino de Deus" e "o reino dos céus". Vemos isso mais adiante só no evangelho de Mateus, mas Mateus também fala do reino de Deus quatro vezes (Mateus 12:28; 19:24; 21:31; 43). O reino dos céus seria significativo para os judeus mas não para os gregos. Os judeus, por reverência a Deus, evitavam pronunciar o nome divino. (veja Lucas 15:18). A chave para entender o reino de Deus é entender a afirmação original sobre ele. O significado básico da palavra grega basiléia, juntamente com a palavra hebraica malkut, significa reinar, reino e domínio. Nós achamos freqüentemente no Velho Testamento a expressão "no ano do reino de ..." que significa no ano do reinado de um certo rei (1 Crônicas 26:31; 2 Crônicas 3:2; 15:10; Esdras 7:1; 8:1; Ester 2:16; Jeremias 10:7; 52:31). Nós lemos que o reino de Salomão estava firmemente estabelecido (1 Reis 2:12) e entendemos que ele estabeleceu a sua autoridade para reinar. Para "transferir o reino de Saul...(para Davi)" (1 Crônicas 12:23) indica que a autoridade que havia sido dada a Saul foi dada a Davi. Como resultado de ter recebido autoridade legal, Davi se tornou rei. Quando a palavra malkut descreve Deus, quase sempre se refere a sua autoridade ou ao seu reinado como o Rei celestial. "Falarão da glória do teu reino, e relatarão o teu poder, para que façam saber aos filhos dos homens os teus feitos poderosos e a glória do esplendor do teu reino. O teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura por todas as gerações" (Salmos 145:11-13).
Além disso, um rei tem que reinar sobre um reinado específico. Isso também é chamado de malkut. "Assim o reino de Jeosafá ficou em paz; pois que o seu Deus lhe deu repouso ao redor" (2 Crônicas 20:30; veja Deuteronômio 9:1; 11:9; Ester 3:6; Jeremias 10:7). No

Quando Jesus disse "o meu reino não é deste mundo" (João 18:36), ele não queria dizer que o seu reinado não tinha nada com esse mundo. O seu reino, o seu domínio não vem de homens, mas de Deus. No entanto ele rejeita o uso de violência para que as coisas sejam feitas do seu jeito. Nós somos cidadãos do reino celestial com uma perspectiva eterna. Muitas pessoas se escravizam para conseguir o ideal mundano. Nós valorizamos o que é eterno - o reino de Deus. Aqueles que estão fora do reino valorizam o que tem existência temporária na terra. Nós temos que entender o significado central de basiléia para que possamos entender muitas coisas ditas nos evangelhos. "Venha o teu reino" (Mateus 6:10). A vontade de Deus tem que ser feita "na terra como nos céus". De acordo com Jesus, nós recebemos o reino de Deus como criança (Marcos 10:15). Temos que abrir nosso coração e as nossas vidas para o reinado de Deus como uma criança obediente. O Novo Testamento também fala sobre estar no reino ou entrar no reino (Mateus 8:11; Marcos 9:47; 10:23-25; Lucas 13:28). Primeiro precisamos entender "o reino de Deus" como sendo um reino ou um reinado divino.

REFORMA



A REFORMA

A reforma começou como um protesto religioso contra algumas práticas e ensinamentos da igreja católica romana no século dezesseis. Essa reforma resultou em vários grupos de protestantes (aqueles que protestavam contra a igreja católica) através da Europa que se desvencilharam da igreja mãe, por estarem fartos da a sua corrupção e controle e por descordarem em pontos chave da teologia.

SEMENTES DE MUDANÇA

Idéias de reforma estavam flutuando pela Europa por alguns séculos. John Wycliffe na Inglaterra, Jan Huss em Bohemia, Savonarola na Itália e outros que ousaram falar contra as regras da igreja. No entanto, Martin Lutero começou verdadeiramente o conflito quando em outubro de 1517, martelou as suas noventa e cinco teses (discordâncias de regras da igreja) na porta de todas as igrejas católicas em Wittenberg, Alemanha. A porta da igreja era uma espécie de quadro de avisos, então isso não foi vandalismo - mas poderia ter sido considerado como tal por causa do grande estrago que as críticas de Lutero causaram.

Qual eram os temas? A igreja estava vendendo indulgências. Grandes doadores podiam comprar perdão para eles próprios ou para aqueles amados que já haviam partido. O dinheiro arrecadado pagaria as dívidas que o novo bispo tinha acumulado quando comprou a sua nova posição. A igreja estava encobertando o esquema pois parte deste dinheiro foi para construir uma nova basílica em Roma. Para Lutero isso só somava a um padrão de corrupção e a uma liderança nada espiritual. Além de achar isso corrupção, Lutero também discutia dizendo que esse era um sistema de obras contrario a mensagem da bíblia de redenção e graça. Naquele tempo, ele não tinha a intenção de deixar a igreja católica ou começar uma nova religião, mas a resposta nada produtiva da igreja o forçou a fazer exatamente isso.
OS PRINCíPIOS DA REFORMA

Alguns anos antes de começar essa aventura, Lutero estava estudando o livro de Romanos. Foi nessa época que ele finalmente enfrentou a graça de Deus pessoalmente. A igreja não estava ensinando muito sobre graça naquela época: a salvação era merecida por boas obras e observância religiosa, e aparentemente podia-se obter o perdão através de troca. Quando Lutero descobriu o ensinamento bíblico que dizia que "o justo viverá pela fé", a sua vida mudou e conseqüentemente o mundo também.

Esse princípio - justificação pela fé - formou a base do pensamento reformista. Como era a fé individual de cada pessoas que o ligava com Deus, não havia necessidade de ter um sacerdote ou um papa para mediar o relacionamento. Daí que surgiu o conceito do "sacerdócio do que crê".

E se cada um que cresse pudesse ficar diante de Deus pessoalmente, então todos poderiam escutar a palavra de Deus e interpretá-la. Nesse caso a bíblia se tornava a autoridade e não as autoridades da igreja. O ato de traduzir o latim empoeirado da igreja para uma linguagem mais atual, se tornou algo muito importante para os reformistas.

E, como o pão e o vinho não podiam salvar uma pessoa, o conceito da ceia do Senhor mudou para os reformistas. Apesar de diferentes grupos de protestantes terem visões diferentes nesse ponto, todos concordaram que tomar a comunhão não tinha o efeito salvador; era a fé em Cristo que deu o seu corpo e o seu sangue por nós que poderia salvar.

O IMPACTO DA REFORMA
A reforma protestante mudou completamente a paisagem religiosa do mundo ocidental. A hegemonia católica romana foi quebrada. Os protestantes desafiaram com sucesso um regime opressivo repleto de corrupção. Por outro lado , eles abriram as portas para todos tipos de novas heresias e grupos de vanguarda. Não é de se estranhar que o numero de denominações protestantes continua crescendo ao mesmo tempo em que as novas igrejas se desvinculam das velhas igrejas. A ênfase num relacionamento individual com Deus e a capacidade de interpretação das escrituras criaram um ambiente de vitalidade e criatividade, mas também tinha o potencial para um caos e divisão.

A reforma também instigou revoluções políticas, acadêmicas, cientifica e filosóficas. Não é por acaso que a reforma veio logo depois da renascença. Em muitos aspectos elas eram o mesmo movimento - uma nova liberdade para as pessoas interagirem com a sua própria verdade. O Humanismo, o individualismo, o nacionalismo e muitos outros "ismos" têm ligações reformistas.

O mundo não contestou muita coisa entre os anos de 480 e 1480, porém, por volta do ano de 1580 estava irreconhecível.

REBELIÃO



LEITURA BíBLICA: Deuteronômio 31:1-29
VERSíCULO CHAVE: Porque conheço a vossa rebeldia e a vossa dura cerviz; eis que, vivendo eu ainda hoje convosco, rebeldes fostes contra o Senhor; e quanto mais depois da minha morte! (Deuteronômio 31:27)

A REBELIÃO É UMA PARTE BÁSICA DE NOSSA NATUREZA
Moisés sabia que apesar do povo israelita ter visto Deus trabalhando eles tinham rebeldia no coração. Eles mereciam o castigo de Deus apesar de, na maioria das vezes, receber sua misericórdia. Nós também somos teimosos e rebeldes por natureza. Nós lutamos com o pecado no decorrer de nossas vidas. Arrependimento uma vez por mês ou mesmo uma vez por semana não é o suficiente. Constantemente temos que largar o pecado e nos virar para Deus para que ele, na sua misericórdia, nos salve.
LEITURA BíBLICA: Josué 24:1-33
VERSíCULO CHAVE: Mas, se vos parece mal o servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor. (Josué 24:15)

A REBELIÃO É UMA ESCOLHA
O povo tinha que decidir se eles iam obedecer ao Senhor, que já havia se mostrado digno de confiança, ou se eles iam obedecer aos deuses locais, que eram apenas ídolos humanos. È muito fácil entrar numa rebelião silenciosa - seguir pela vida do seu modo. Mas chega um tempo em que você precisa escolher quem ou o que vai te controlar. Essa escolha é sua. Será Deus, sua própria personalidade limitada ou outro substituto imperfeito? Uma vez que você escolheu ser controlado pelo Espírito de Deus, reafirme essa escolha todos os dias.

LEITURA BíBLICA: Judas 1:1-25
VERSíCULO CHAVE: Ora, quero lembrar-vos, se bem que já de uma vez para sempre soubestes tudo isto, que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram (Judas 1:5)

A REBELIÃO LEVA AO JULGAMENTO
Judas deu três exemplos de rebelião:
(1) os filhos de Israel - que, apesar de terem sido libertados do Egito, se recusaram a confiar em Deus e entrar na Terra Prometida (Números 14:26-39);
(2) os anjos - apesar de um dia eles terem sido puros, santos e viverem na presença de Deus, alguns deles abriram mão disso para se juntarem a Satanás e se rebelarem contra Deus (2 Pedro 2:4); e
(3) as cidades de Sodoma e Gomorra - os habitantes de lá eram tão cheios de pecados que Deus os eliminou da face da terra (Gênesis 19:1-29).

QUEDA DO HOMEM




SUMÁRIO
A Queda é o fato que torna os homes maus e pecadores. Quando caímos, deixamos de ser sem pecado e inocentes à vista de Deus e nos tornamos maus aos olhos de um Deus santo. Na história humana, isto aconteceu quando Eva e Adão comeram o fruto que Deus lhes disse que não comessem. A Queda trouxe morte ao mundo; somente criaturas pecadoras podem adoecer, sofrer e morrer.
EVIDÊNCIA BíBLICA
O livro de Gênesis nos mostra que a humanidade foi criada à imagem de Deus para ter amizade e comunhão com Deus.
Foi-nos dado controle sobre a terra para cultivar e usar seus recursos para a glória de Deus. Também nos foi dito para não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal - uma ordem que deu aos homens a habilidade de disobedecer a Deus; sem esta habilidade não seríamos capazes de servir a Deus sem pensar. Obedecendo essas ordens, os homens seriam capazes de aproveitar todas as bênçãos que Deus dá e viver para sempre com Ele.
Satanás, entretanto, usou essa ordem para tentar Adão e Eva a se rebelarem contra Deus. Parece que Satanás queria tornar os homens seus escravos e estender seu reino de trevas para a Terra, arruinando uma parte da criação de Deus. Satanás se aproximou de Eva, tomando a forma de uma serpente, e induziu-a a comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Eva então tentou Adão.
A diferença entre o bem e o mal não foi ocultada do homem antes da queda, embora o conheciemtno experimental do homem se restingisse somente ao bem. Adão receberia instrução sobre a natureza dessa diferença e das consequências de comer ou não comer somente através de Deus. Assim como no início recebeu a vida do seu Criador, agora deveria viver em obediência a toda palavra que procedia da boca de Deus. O objetivo da tentação era apressar a independência de Deus. Satanás questionou a verdade de Deus e desafiou sua autoridade. Ele levou o homem a pensar que poderia determinar por si próprio a diferença entre o bem e o mal e que poderia controlar as consequências de sua própria vantagem. Para o homem era a tentação ser deus de si mesmo.
Rebelando-se contra Deus, Adão e Eva mostraram deslealdade, falta de fé e descrença, tudo num só ato. Dessa maneira, obediência estrita a Deus deu lugar a rebelião total e completa revolta. Dessa forma, a humanidade rejeitou a autoridade de Deus; duvidou da Sua bondade; questionou a Sua sabedoria e se posicionou contra a verdade de Deus. Uma nova maneira de pensar, sentir e reagir se apossou do coração e mente do homem - uma maneira nova e má.

EFEITOS DA QUEDA
Depois disso, os sentimentos de ousadia e confiança de Adão e Eva para com Deus desapareceram. Eles se sentiram envergonhados na presença de Deus e separados dEle. Foram amaldiçoados e expulsos do Jardim do Éden e condenados a morrer.
Estas consequências se estenderam além de Adão e Eva aos seus descendentes - toda a raça humana. Teólogos argumentam sobre a exata natureza do relacionamento entre Adão e Eva e o restante da raça humana, mas há consenso de que o pecado deles faz com que todas as pessoas nasçam com uma natureza pecadora.
As tarefas dadas a Adão e Eva - reproduzirem-se e usarem a terra para a glória de Deus - foram também tornadas dolorosas e difíceis pela queda. Ter filhos, antes uma tarefa fácil, tornou-se algo trabalhoso, e somente com trabalho duro se faz a provisão de alimento, roupas e abrigo. Mas há uma esperança. Adão não só ouviu a maldição de morte, mas também ouviu de Deus a promessa de um Salvador (Gênesis 3:15).
Depois de Gênesis 3, a Bíblia só menciona a queda da humanidade ocasionalmente, mas ela é o início e o fundamento de tudo que se segue. A Bíblia focaliza o futuro - os efeitos multiplicadores do pecado e o desdobramento da solução de Deus para isso.